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O teatro municipal de Almada estreia hoje uma peça para a infância, em que se misturam óperas de Giuseppe Verdi, fantoches, passos de dança e cozinha italiana, tudo com gestos largos e toscos, para rir até a barriga doer.
No fundo de Verdi que te quero Verdi há um pano de veludo vermelho, grosso. À volta, a fazer eco, há os primeiros acordes da Traviata e uma voz: «Esta é a história de Violeta Valéry. A sua vida em Paris era cheia de bailes e festas, e como ela gostava muito de camélias, as pessoas começaram a chamar-lhe A Dama das Camélias ».
A história segue com fantoches. Cores garridas, movimentos fortes. Depois Aída, um bailado de dança tosca, aos saltos, com roupa preta e saia de tule. O Trovador dança-se na cozinha, de chapéu alto, bata branca, com requinte e exagero, para disfarçar o tom sério da história original e aproveitar o balanço alegre da melodia.
«Assim fica pelo menos um bocadinho de som das três óperas de Verdi nos ouvidos das crianças. Tenta-se transmitir-lhes o gosto pela música, por este tipo de música com que a maioria das crianças não tem contacto», diz à Lusa Teresa Gafeira, encenadora.
Este não é o primeiro espectáculo baseado em óperas que a companhia faz. «Desta vez a escolha foi Verdi porque tem uma série de árias que são extraordinariamente bonitas e que toda a gente conhece de ouvido, que toda a gente sabe trautear, mesmo que não saiba de quem são».
A preocupação foi «praticamente uma única: que a criança ficasse presa ao espectáculo».
«Eu penso sempre se ela vai desligar ou não vai desligar [em determinado momento]. Porque a partir do momento em que uma criança desliga de um espectáculo para crianças o espectáculo está arruinado», acrescentou.
Verdi que te quero Verdi é uma história em três partes para «divertir e transmitir sensações»; para «confrontar a criança com aquilo que é a arte e treinar o ouvido». Um espectáculo que agarra, «sem ser infantilinho, com coisas loucas mas não propriamente fáceis».
A peça está em cena na sala de ensaios do Teatro Municipal de Almada de 5 a 20 de Março e há espectáculos especiais para as escolas nos dias 11, 15, 16, 17 e 18 de Março, às 10h30 e às 14h.
Lusa/SOL
No fundo de Verdi que te quero Verdi há um pano de veludo vermelho, grosso. À volta, a fazer eco, há os primeiros acordes da Traviata e uma voz: «Esta é a história de Violeta Valéry. A sua vida em Paris era cheia de bailes e festas, e como ela gostava muito de camélias, as pessoas começaram a chamar-lhe A Dama das Camélias ».
A história segue com fantoches. Cores garridas, movimentos fortes. Depois Aída, um bailado de dança tosca, aos saltos, com roupa preta e saia de tule. O Trovador dança-se na cozinha, de chapéu alto, bata branca, com requinte e exagero, para disfarçar o tom sério da história original e aproveitar o balanço alegre da melodia.
«Assim fica pelo menos um bocadinho de som das três óperas de Verdi nos ouvidos das crianças. Tenta-se transmitir-lhes o gosto pela música, por este tipo de música com que a maioria das crianças não tem contacto», diz à Lusa Teresa Gafeira, encenadora.
Este não é o primeiro espectáculo baseado em óperas que a companhia faz. «Desta vez a escolha foi Verdi porque tem uma série de árias que são extraordinariamente bonitas e que toda a gente conhece de ouvido, que toda a gente sabe trautear, mesmo que não saiba de quem são».
A preocupação foi «praticamente uma única: que a criança ficasse presa ao espectáculo».
«Eu penso sempre se ela vai desligar ou não vai desligar [em determinado momento]. Porque a partir do momento em que uma criança desliga de um espectáculo para crianças o espectáculo está arruinado», acrescentou.
Verdi que te quero Verdi é uma história em três partes para «divertir e transmitir sensações»; para «confrontar a criança com aquilo que é a arte e treinar o ouvido». Um espectáculo que agarra, «sem ser infantilinho, com coisas loucas mas não propriamente fáceis».
A peça está em cena na sala de ensaios do Teatro Municipal de Almada de 5 a 20 de Março e há espectáculos especiais para as escolas nos dias 11, 15, 16, 17 e 18 de Março, às 10h30 e às 14h.
Lusa/SOL