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Recorrendo a um conjunto de materiais fáceis de encontrar, e que de outra forma iriam para o lixo, propomos a construção de um forno solar onde poderás confeccionar saudáveis cozinhados só com o recurso directo à energia solar.
Antes de meteres mãos à obra, é importante que percebas o seguinte:
Como sabes, do sol vem a luz que ilumina o nosso planeta.
Parte dessa luz, ao atingir a superfície terrestre transforma-se em calor. Normalmente, uma parte desse calor liberta-se para a atmosfera, mas quando se está no interior de uma estufa o ambiente continua quente, aumentando à medida que o tempo vai passando, uma vez que as paredes da estufa não permitem que ele se dissipe.
Dentro deste princípio, o forno solar funciona da mesma forma, especialmente quando se usam dois vidros que acabam por aumentar a temperatura que irá permitir a cozedura dos alimentos que lá colocarmos.
Material:
. 1 tampa de cartão de uma caixa de resmas de papel A4;
. 1 embalagem plástica (se encontrares de alumínio, tanto melhor) funda, onde normalmente se vendem alimentos acondicionados;
. Desperdícios planos de esferovite*;
. Película de alumínio;
. Cola branca de madeira;
. Cola tudo;
. Guache líquido (várias cores);
. Dois vidros (um da dimensão da tampa de cartão e o outro da dimensão da boca da embalagem de plástico).
Passo um:
No interior da tampa de cartão, coloca ao centro a embalagem.
Passo dois:
Pega em desperdícios de esferovite e recorta quatro bocados. As medidas deverão estar de acordo com as da base da embalagem (comprimento e largura) e do topo da caixa (comprimento e largura), tendo em atenção que quando colocados na caixa, deverão ficar inclinados de forma a servir de "almofada" à embalagem.
Passo três:
Com cola branca adere os quatro pedaços de esferovite de forma que permita que a embalagem assente na totalidade.
Passo quatro:
Reveste as faces de esferovite e a embalagem (caso esta não seja de alumínio) com película de alumínio. Nas paredes da caixa, deverás fazer o revestimento até ao exterior, onde colarás com cola tudo.
Passo cinco:
Podes dar um pouco de cor ao teu forno, de forma a proporcionar-lhe um aspecto mais atraente. Para o efeito, usa guache líquido, ao qual deverás juntar uma porção de cola branca para madeira. Desta forma não alterarás a cor e evitas que depois de seca, a tinta estale e se desprenda.
Depois de tudo seco, adere fita adesiva de cor aos limites da película de alumínio, de forma a disfarçares as imperfeições e garantires um melhor reforço da área.
Passo seis:
Coloca a embalagem no seu devido local, tal como mostra a figura.
Passo sete:
Por cima da embalagem onde irás inserir os alimentos, deverás colocar um vidro que a cubra na totalidade.
Passo oito:
Por fim coloca o vidro maior por cima do teu forno. Se não tiveres oportunidade de arranjar um vidro, podes optar por um plástico transparente. Naturalmente quanto mais grosso for, maior será a retenção da temperatura dentro da caixa.
E eis o resultado de um dia de Primavera, em que não havendo muito calor se conseguiu já um perfeito cozinhado. Imagina como será num quente dia de Verão.
* Nota:
Deverás recorrer apenas a desperdícios de esferovite. Para isso poderás encontrá-los, por exemplo, no interior de embalagens de electrodomésticos, que podes encontrar no hipermercado mais próximo, num stand de peças para automóvel ou noutros espaços comerciais. Nunca compres esferovite de propósito, pois ao fazê-lo estarás a incitar a produção de um material poluente e indesejável ao meio ambiente. Com este procedimento estarás a aplicar um dos três R´s, ou seja ,a "REUTILIZAÇÃO" de um material que de outra forma iria directamente para o lixo.
Quim Ferreira
Naturlink