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Uma exposição para ler na Gulbenkian

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Uma exposição para ler na Gulbenkian


ANA VITÓRIA

A literatura também se expõe e esse roteiro pode não ser feito apenas com livros. Isto mesmo é o que se prova com "Weltliteratur - Madrid, Paris, Berlim, São Petersburgo, o Mundo", que inaugura depois de amanhã, em Lisboa.

"Esta é uma exposição para ser lida. O esforço que exige é esse, o da leitura. Estamos, por isso, a expor leitura, a tornar ostensiva a leitura. O título, 'Weltliteratur', usa o termo criado por Goethe para evocar a vertente cosmopolita e transnacional da literatura. O subtítulo é de um verso de Cesário Verde e sublinha, de uma forma poética, essa mesma ideia", explica o comissário da mostra da Fundação Gulbenkian, o professor universitário António M. Feijó.

A exposição, que se desenrola por 11 salas, inclui vários textos literários seleccionados, pinturas, fotografias, excertos de filmes (em que se inclui o mais recente realizado por Manoel de Oliveira), esculturas e alguns documentos inéditos que se cruzam entre si, procurando nexos e, muitas vezes, relações antagónicas.

O comissário da exposição escolheu como protagonistas principais Fernando Pessoa e os escritores da sua geração, bem como alguns dos seus mais originais seguidores, "para mostrar um momento da nossa literatura em que foi verdadeiramente do Mundo, sem deixar de ser portuguesa".

Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Teixeira de Pascoaes, Camilo Pessanha e Vitorino Nemésio, entre outros, serão apresentados em 11 salas autónomas, num espaço especialmente concebido e desenhado para o efeito pelos arquitectos Manuel e Francisco Aires Mateus.

"Esta exposição não é propriamente bibliófila, não é para expor manuscritos, embora tenha alguns", adianta o comissário.

A exposição é sobre sobre Fernando Pessoa e alguns contemporâneos, alguns previsíveis, como é o caso de Mário de Sá-Carneiro, Almada… mas outros que o não são. Um deles é Teixeira de Pascoaes, autor que António M. Feijó considera "de uma audácia especulativa extraordinária".

A mostra inaugura às 22 horas e abre ao público na quarta-feira.


JN​
 
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