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Tutorial Intermédio

helldanger1

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Introdução





O que é o PHP?

PHP é uma linguagem que permite criar sites WEB dinâmicos, possibilitando uma interacção com o utilizador através de formulários, parâmetros da URL e links. A diferença do PHP em relação a linguagens semelhantes como o Javascript é que o código PHP é executado no servidor, sendo enviado para o cliente apenas html puro. Desta mforma é possível interagir com bases de dados e aplicações existentes no servidor, com a vantagem do código fonte não ser exposto.
O que diferencia o PHP de um script CGI escrito em C ou Perl é que o código PHP fica embutido no próprio HTML, enquanto no outro caso é necessário que o script CGI gere todo o código HTML, ou leia apartir de um outro arquivo.

O que pode ser feito com PHP?

Basicamente, tudo o que pode ser feito por um programa CGI pode ser feita também com PHP, como recolher dados de um formulário, gerar páginas dinamicamente ou enviar e receber cookies.
PHP também tem como uma das características mais importantes o suporte de um grande número de base de dados, como dBase, Interbase, mSQL, mySQL, Oracle, Sybase, PostgreSQL e vários outros. Construir uma página baseada numa base de dados torna-se uma tarefa extremamente simples com PHP.
Além disso, PHP tem suporte a outros serviços através de protocolos como IMAP, SNMP, NNTP, POP3 e, logicamente, HTTP. Ainda é possível abrir sockets e interagir com outros protocolos.

Como surgiu a linguagem PHP?


A linguagem PHP foi concebida durante o Outono de 1994 por Rasmus Lerdorf. As primeiras versões não foram disponibilizadas, tendo sido utilizadas apenas na sua página pessoal para que ele pudesse ter informações sobre as visitas. A primeira versão utilizada por outras pessoas foi disponibilizada em 1995, e ficou conhecida como "Personal Home Page Tools" (ferramentas para página pessoal). Era composta por um sistema bastante simples que interpretava algumas macros e alguns utilitários que rodavam "por trás" das páginas: um livro de visitas, um contador e algumas outras coisas.
Em meados de 1995 o interpretador foi reescrito, e ganhou o nome de PHP/FI, o "FI" veio de um outro pacote escrito por Rasmus que interpretava dados de formulários HTML (Form Interpreter). Ele combinou os scripts do pacote Personal Home Page Tools com o FI e adicionou suporte a mSQL, nascendo assim o PHP/FI, que cresceu bastante, e as pessoas passaram a contribuir com o projecto.
Estima-se que em 1996 PHP/FI estava a ser utilizado por cerca de 15.000 sites em todo mundo, e em meados de 1997 esse número subiu para mais de 50.000. Nessa época houve uma mudança no desenvolvimento
 

helldanger1

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Sintaxe Básica
Limites do código PHP

O código PHP fica embutido no próprio HTML. O interpretador identifica o código PHP pelas seguintes tags:

<?php
comandos
?>

<script language="php">
comandos
</script>

<?
comandos
?>

<%
comandos
%>

O tipo de tags mais utilizado é o terceiro, que consiste numa "abreviação" do primeiro. Para utilizá-lo, é necessário atribuir a opção short-tags na configuração do PHP. O último tipo serve para facilitar o uso por programadores acostumados à sintaxe de ASP. Para o utilizar também é necessário configurar, através do ficheiro de configuração php.ini.

Separador de instruções

Entre cada instrução de PHP é necessário colocar ponto-e-vírgula(;), tal como em C, Perl e outras linguagens mais conhecidas. Na última instrução do bloco de script não é necessário o uso do ponto-e-vírgula, mas por questões estéticas recomenda-se, sempre, o seu uso.

Nomes de variáveis


Todas as variáveis em PHP têm o nome composto pelo caracter $ e uma string, que deve iniciar por uma letra ou o caracter "_". PHP é case sensitive, ou seja, as variáveis $vivas e $VIVAS são diferentes. Por isso é preciso ter muito cuidado ao definir os nomes das variáveis. É bom evitar os nomes em maiúsculas, pois como veremos mais adiante, o PHP já possui alguma variáveis pré-definidas cujos nomes são formados por letras maiúsculas.

Comentários

Há dois tipos de comentários em código PHP:

Comentários de uma linha

Marca como comentário até o final da linha ou até ao final do bloco de código PHP - o que aparecer primeiro. É defenido pelo caracter "#" ou por duas barras "//".

Exemplo:
<? echo "teste"; #isto é um teste ?>
<? echo "teste"; //este teste é similar ao anterior ?>

Comentários de mais de uma linha

É defenido com os caracteres "/*" no início do bloco e "*/" no final do comentário. Se o delimitador final do código PHP ( ?> ) estiver dentro de um comentário, não será reconhecido pelo interpretador.


Exemplos:

<?
echo "teste"; /* Isto é um comentário com mais
de uma linha, mas não funciona corretamente ?>
*/

<?
echo "teste"; /* Isto é um comentário com mais
de uma linha que funciona corretamente
*/
 

helldanger1

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Primeiros Scripts
Primeiro Exemplo


Neste exemplo, criaremos um script com uma saída simples, que servirá para testar se a instalação foi feita correctamente:

<html>
<head><title>Aprender PHP</title></head>
<body>

<?php
echo "Primeiro Script";
?>

</body>
</html>

Copia este código para um documento do notepad e grava como "primeiro.php3" no directório de documentos do Apache (ou o Web Server escolhido). Abra uma janela do browser e digite o endereço "http://localhost/primeiro.php3". Verifique se o HTML da página exibida é o seguinte:

<html>
<head><title>Aprender PHP</title></head>
<body>

Primeiro Script

</body>
</html>


Isto mostra como o PHP funciona. O script é executado no servidor, ficando disponível para o utilizador apenas o resultado. Agora vamos escrever um script que produza exactamente o mesmo resultado utilizando uma variável:


<html>
<head><title>Aprendendo PHP</title></head>
<body>

<?php
$texto = "Primeiro Script";
echo $texto;
?>

</body>
</html>

Utilizar formulários HTML

Ao clicar num botão "Submit" num formulário HTML as informações dos campos serão enviadas ao servidor especificado para que possa ser produzida uma resposta. O PHP trata esses valores como variáveis, cujo nome é o nome do campo definido no formulário. O exemplo a seguir mostra isso, e mostra também como o código PHP pode ser inserido em qualquer parte do código HTML:

<html>
<head><title>Aprendendo PHP</title></head>
<body>

<?php
if ($texto != "")
echo "Você digitou \"$texto\"<br><br>";
?>

<form method=post action="<? echo $PATH_INFO; ?>">
<input type="text" name="texto" value="" size=10>
<br>
<input type="submit" name="sub" value="Enviar!">
</form>

</body>
</html>

Ao gravar o ficheiro acima e carregá-lo no browser, o utilizador verá apenas um formulário que contém um espaço para digitar o texto. Ao digitar um texto qualquer e submeter o formulário, a resposta, será no mesmo ficheiro PHP (indicado pela constante $PATH_INFO, que retorna o nome do ficheiro).

Isto acontece porque o código PHP testa o conteúdo da variável $texto. Inicialmente o valor da variável é uma string vazia, e por isso nada é impresso quando a página é carregada a primeira vez. Quando algum texto é digitado no formulário e submetido, o PHP verifica novamente a variável, como no formulário o campo possui o nome "texto", a variável com seu conteúdo será $texto, assim o valor da variável será diferente de uma string vazia, e o PHP imprime um texto antes do formulário.

Interagir com o browser


O PHP permite interagir com informações do browser automaticamente. Por exemplo, o script a seguir mostra informações sobre o browser do utilizador.

<html>
<head><title>Aprendendo PHP</title></head>
<body>

<? echo $HTTP_USER_AGENT; ?>

</body>
</html>

O resultado mostra características de cada browser, como a versão, e no caso do Communicator até mostra o idioma ("en"). Com isto, podes criar uma página com recursos disponíveis so para Internet Explorer, por exemplo, podes esconder o código dos outros browsers, com um código semelhante ao seguinte:

<html>
<head><title>Aprendendo PHP</title></head>
<body>

<?
if (strpos($HTTP_USER_AGENT,"MSIE 5") != 0) {
echo "Você usa Internet Explorer";
} else {
echo "Você não usa Internet Explorer";
}
?>

</body>
</html>

Neste exemplo, será apenas exibido um texto informando se está sendo utilizado o Microsoft Internet Explorer ou não, mas para outras funções poderia ser utilizado algo semelhante.
É bom notar o surgimento de mais uma função no código anterior: strpos(string1,string2). Essa função retorna a posição da primeira aparição de string2 em string1, contando a partir de zero, e não retorna valor algum se não ocorrer. Assim, para testar se a string $HTTP_USER_AGENT contém a string "MSIE", basta testar se strpos devolve algum valor.

Aceder a Base de Dados


Neste documento todos os exemplos referentes a acesso de base de dados utilizarão o gerenciador de base de dados MySQL, que pode ser copiado gratuitamente no site http://www.mysql.org.
Para interagir com uma base de dados SQL existem três comandos básicos que devem ser utilizados: um que faz a ligação com o servidor de base de dados, um que seleciona a base de dados a ser utilizada e um terceiro que executa uma "query" SQL.

Ligação com o servidor

A ligação com o servidor de base de dados mySQL em PHP é feita através do comando mysql_connect, que tem a seguinte sintaxe:

int mysql_connect(string /*host [:porta]*/ , string /*login*/ , string /*senha*/ );

Os parâmetros são bastante simples: o endereço do servidor(host), o nome do utilizador (login) e a senha de ligação. A função retorna um valor inteiro, que é o identificador da ligação estabelecida e deverá ser armazenado numa variável para ser utilizado depois. No nosso exemplo, temos como servidor de base de dados a mesma máquina que corre o servidor http, como login o utilizador "root" e senha "phppwd":

$ligacao = mysql_connect("localhost", "root", "phppwd");

Assim, se a ligação for bem sucedida (existir um servidor no endereço especificado que possua o utilizador com a senha fornecida), o identificador da ligação fica armazenado na variável $ligação.

Seleção do base de dados

Uma vez ligado, é preciso selecionar o base de dados existente no servidor com o qual desejamos trabalhar. Isso é feito através da função int mysql_select_db, que possui a seguinte sintaxe:

int mysql_select_db(string /*nome_base*/, int /*ligacao*/ );

O valor de retorno é 0 se o comando falhar, e 1 no caso de sucesso. O nome da base de dados a selecionar é o primeiro parâmetro fornecido, seguido pelo identificador da ligação. Se este for omitido, o interpretador PHP tentará utilizar a última ligação estabelecida, é recomendável inserir sempre este valor, para facilitar a legibilidade do código. No nosso exemplo, a base de dados a ser selecionada possui o nome "ged":

mysql_select_db("ged", $ligacao);

Após a execução deste comando qualquer consulta executada para aquela ligação utilizará a base de dados selecionada.

Execução de queries SQL

Após estabelecida a ligação e selecionada a base de dados a ser utilizada, quase toda a interacção com o servidor mySQL pode ser feita através de consultas escritas em SQL (Structured Query Language), com o comando mysql_query, que utiliza a seguinte sintaxe:

int mysql_query(string consulta, int [ligacao] );

O valor de retorno é 0 se falhar ou 1 em caso de sucesso. Sucesso aqui significa que a consulta está sintaticamente correcta e foi executada no servidor. Nenhuma informação sobre o resultado é devolvido deste comando, ou até mesmo se o resultado é o esperado. No caso da consulta ser um comando SELECT, o valor de retorno é um valor interno que identifica o resultado, que poderá ser tratado com a função mysql_result() e outras. A string query não deve conter ponto-e-vírgula no final do comando, e o identificador da ligação é opcional. Vamos criar uma tabela como exemplo:

$cria = "CREATE TABLE exemplo (codigo INT AUTO_INCREMENT PRIMARY KEY, nome CHAR(40), email CHAR(50))";

mysql_query($cria, $ligacao);

Agora vejamos como ficou o código completo para executar uma query SQL numa base de dados mySQL, com um exemplo que cria uma tabela chamada exemplo e adiciona alguns dados:

$ligacao = mysql_connect("localhost", "root", "phppwd");
mysql_select_db("ged", $ligacao);

$cria = "CREATE TABLE exemplo (codigo INT AUTO_INCREMENT PRIMARY KEY, nome CHAR(40), email CHAR(50))";

$insere1 = "INSERT INTO exemplo (nome,email) VALUES ("Mauricio Vivas","vivas@usa.net");

$insere2 = "INSERT INTO exemplo (nome,email) VALUES ("Jose da Silva","jose@teste.com");

$insere3 = "INSERT INTO exemplo (nome,email) VALUES ("Fernando Henrique Cardoso","fhc@planalto.gov.br");

$insere4 = "INSERT INTO exemplo (nome,email) VALUES ("Bill Clinton","president@whitehouse.gov");

mysql_query($cria, $ligacao);
mysql_query($insere1, $ligacao);
mysql_query($insere2, $ligacao);
mysql_query($insere3, $ligacao);
mysql_query($insere4, $ligacao);

Tratamento de resultados de query SELECT

Ao executar uma query SQL SELECT através do comando mysql_query, o identificador do resultado deve ser armazenado numa variável que pode ser tratada de diversas formas. Duas maneiras interessantes de o fazer usam o comando mysql_result e o comando mysql_fetch_row, respectivamente.

O comando mysql_result tem a seguinte sintaxe:

int mysql_result(int resultado, int linha, mixed [campo]);

Onde resultado é o identificador do resultado, obtido com o retorno da função mysql_query, linha especifica o registo a ser exibido, já que uma query SELECT pode retornar diversos registos, e campo é o identificador do campo a ser exibido, sendo o tipo descrito como mixed pela possibilidade de ser de diversos tipos (neste caso, inteiro ou string). Vejamos um exemplo utilizando a tabela criada anteriormente:

$consulta = "SELECT nome, email FROM exemplo WHERE email LIKE 'vivas'";

$resultado = mysql_query($consulta, $ligacao);

printf("Nome: ", mysql_result($resultado,0,"nome"), "<br>\n");
printf("e-mail: ", mysql_result($resultado,0,"email"),"<br>");

Com o exemplo acima, o resultado será:

Nome: Mauricio Vivas<br>
e-mail: @usa.net<br>

É importante notar que a utilização desta função é um pouco trabalhosa, já que no caso de um resultado com várias linhas é preciso controlar o número de linhas para tratá-las (pode-se utilizar a função mysql_num_rows(int resultado), que retorna o número de linhas de um resultado), e no caso de uma alteração no nome do campo é preciso alterar também a maneira de tratá-lo. Por isso é mais aconselhável que se use uma outra função, como por exemplo mysql_fetch_row, que possui a seguinte sintaxe:

array mysql_fetch_row(int result);

A variável resultado é o identificador da memória de resultados, obtido como retorno da função mysql_query. O resultado produzido por esta função é de retirar a primeira linha da memória de resultados, se houver, e colocá-la num array. Assim torna-se mais fácil tratar um resultado com várias linhas, e sem utilizar os nomes dos campos na rotina de tratamento do resultado:

$consulta = "SELECT nome, email FROM exemplo";

$resultado = mysql_query($consulta, $ligacao);

echo "<table border=1>\n";
echo "<tr><td>Nome</td><td>e-mail</tr>\n";
while ($linha = mysql_fetch_row($resultado)) {
printf("<tr><td>$linha[0]</td>");
printf("<td>$linha[1]</td></tr>");
}
echo "</table>\n";

O código acima irá imprimir todos os registos da tabela exemplo numa tabela html. Se o programador desejar "saltar" alguma(s) linha(s) do resultado, poderá utilizar a função mysql_data_seek, que tem por objectivo definir qual será a próxima linha da memória de resultados a ser impressa. A sua sintaxe é:

int mysql_data_seek(int resultado, int linha);

Sendo resultado o identificador do resultado e linha o numero da linha. Retorna 0 em caso de falha, e um valor diferente de zero em caso de sucesso.
Existem diversas outras funções para o tratamento de resultados, que armazenam as linhas em arrays e objectos, assim como outras funções para administrar o base de dados, mas como este documento trata-se de uma introdução, inicialmente não tratará tópicos mais avançados.
 

helldanger1

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Tipos
Tipos Suportados


PHP suporta os seguintes tipos de dados:

Inteiro
Ponto flutuante
String
Array
Lista
Objecto
Booleano


O PHP permite que uma variável contenha valores de diferentes tipos em diferentes momentos da leitura de um script. Por este motivo não é necessário declarar o tipo da variável para a utilizar. O interpretador PHP decidirá qual o tipo daquela variável, verificando o conteúdo em tempo de execução.
Ainda assim, é permitido converter os valores de um tipo para outro, utilizando o typecasting ou a função settype.

Inteiros (integer ou long)

Uma variável pode conter um valor inteiro com atribuições que sigam as seguintes sintaxes:$vivas = 1234; # inteiro positivo na base decimal
$vivas = -234; # inteiro negativo na base decimal
$vivas = 0234; # inteiro na base octal-simbolizado pelo 0 - equivale a 156 decimal
$vivas = 0x34; # inteiro na base hexadecimal(simbolizado pelo 0x) - equivale a 52 decimal.


A diferença entre inteiros simples e long está no número de bytes utilizados para armazenar a variável. Como a escolha é feita pelo interpretador PHP de maneira transparente para o utilizador, podemos afirmar que os tipos são iguais.

Ponto Flutuante (double ou float)

Uma variável pode ter um valor em ponto flutuante com atribuições que sigam as seguintes sintaxes:

$vivas = 1.234;
$vivas = 23e4; # equivale a 230.000

Strings

Strings podem ser atribuídas de duas maneiras:

a) utilizando pelicas ( ' ) - Desta maneira, o valor da variável será exatamente o texto contido entre as aspas (com exceção de \\ e \' - ver tabela abaixo)

b) utilizando aspas duplas ( " ) - Desta maneira, qualquer variável ou caracter de saida será expandido antes de ser atribuído.

Exemplo:

<?
$teste = "Mauricio";
$vivas = '---$teste--\n';
echo "$vivas";
?>

O output deste script será "---$teste--\n".

<?
$teste = "Mauricio";
$vivas = "---$teste---\n";
echo "$vivas";
?>

A saída desse script será "---Mauricio--" (com uma quebra de linha no final).

A tabela a seguir lista os caracteres de saída:Sintaxe Significado
\n Nova linha
\r Retorno do cursor (semelhante a \n)
\t Tabulação horizontal
\\ A própria barra ( \ )
\$ O símbolo $
\' Aspa simples
\" Aspa dupla


No apêndice 01 está disponível uma lista das funções utilizadas no tratamento de strings.

Arrays

Arrays em PHP podem ser observados como mapeamentos ou como vetores indexados. Ou mais precisamente, um valor do tipo array é um dicionário onde os índices são as chaves de acesso. Vale realçar que os índices podem ser valores de qualquer tipo e não somente inteiros. Inclusivé, se os índices forem todos inteiros, estes não precisam formar um intervalo contínuo
Como a verificação dos tipos em PHP é dinâmica, valores de tipos diferentes podem ser usados como índices de array, assim como os valores mapeados também podem ser de diversos tipos.

Exemplo:

<?
$cor[1] = "vermelho";
$cor[2] = "verde";
$cor[3] = "azul";
$cor["teste"] = 1;
?>

É equivalente escrever:

<?
$cor = array(1 => "vermelho", 2 => "verde", 3 => "azul", "teste => 1);
?>

Listas

As listas são utilizadas em PHP para realizar atribuições múltiplas. Através de listas é possível atribuir valores que estão num array para variáveis. Vejamos o exemplo:


Exemplo:

list($a, $b, $c) = array("a", "b", "c");

O comando acima atribui valores às três variáveis simultaneamente. É bom notar que só são atribuídos às variáveis da lista os elementos do array que possuem índices inteiros e não negativos. No exemplo acima as três atribuições foram bem sucedidas porque ao inicializar um array sem especificar os índices eles passam a ser inteiros, a partir do zero. Um facto importante é que cada variável da lista possui um índice inteiro e ordenado, iniciado com zero, que serve para determinar qual valor será atribuído. No exemplo anterior temos $a com índice 0, $b com índice 1 e $c com índice 2. Vejamos um outro exemplo:

$arr = array(1=>"um",3=>"tres","a"=>"letraA",2=>"dois);
list($a,$b,$c,$d) = $arr;

Após a execução do código acima temos os seguintes valores:

$a == null
$b == "um"
$c == "dois"
$d == "tres"

Devemos observar que à variável $a não foi atribuído valor, pois no array não existe elemento com índice 0 (zero). Outro detalhe importante é que o valor "tres" foi atribuído à variável $d, e não a $b, pois seu índice é 3, o mesmo que $d na lista. Por fim, vemos que o valor "letraA" não foi atribuído a elemento algum da lista pois seu índice não é inteiro.
Os índices da lista servem apenas como referência ao interpretador PHP para realizar as atribuições, não podendo ser acedidos de nenhuma maneira pelo programador. De modo diferente do array, uma lista não pode ser atribuída a uma variável, servindo apenas para fazer múltiplas atribuições através de um array.

No apêndice 02 está disponível uma lista das funções mais comuns para o tratamento de arrays.

Objecto

Um objecto pode ser inicializado utilizando o comando new para instanciar uma classe para uma variável.

Exemplo:

class teste {
function nada() {
echo "nada";
}
}

$vivas = new teste;
$vivas -> nada();

A utilização de objectos será tratada com detalhe mais para a frente.

Booleano

PHP não possui um tipo booleano, mas é capaz de avaliar expressões e retornar true ou false, através do tipo integer: é usado o valor 0 (zero) para representar o estado false, e qualquer valor diferente de zero (geralmente 1) para representar o estado true.

Transformação de tipos


A transformação de tipos em PHP pode ser feita das seguintes maneiras:

Coerções

Quando ocorrem determinadas operações ("+", por exemplo) entre dois valores de tipos diferentes, o PHP converte o valor de um deles automaticamente (coerção). É interessante notar que se o operando for uma variável, o seu valor não será alterado.
O tipo para o qual os valores dos operandos são convertidos é determinado da seguinte forma: se um dos operando for ponto flutuante , o outro será convertido para ponto flutuante float, senão, se um deles for integer, o outro será convertido para integer.

Exemplo:

$vivas = "1"; // $vivas é a string "1"
$vivas = $vivas + 1; // $vivas é o integer 2
$vivas = $vivas + 3.7;// $vivas é o double 5.7
$vivas = 1 + 1.5; // $vivas é o double 2.5

Como podemos notar, o PHP converte string para integer ou double mantendo o valor. O sistema utilizado pelo PHP para converter de strings para números é o seguinte:
- É analisado o início da string. Se contiver um número, ele será avaliado. Senão, o valor será 0 (zero);
- O número pode conter um sinal no início ("+" ou "-");
- Se a string tiver um ponto na sua parte numérica a ser analisada, ele será considerado, e o valor obtido será double;
- Se a string tiver um "e" ou "E" em sua parte numérica a ser analisada, o valor seguinte será considerado como expoente da base 10, e o valor obtido será double;

Exemplos:

$vivas = 1 + "10.5"; // $vivas == 11.5
$vivas = 1 + "-1.3e3"; // $vivas == -1299
$vivas = 1 + "teste10.5"; // $vivas == 1
$vivas = 1 + "10testes"; // $vivas == 11
$vivas = 1 + " 10testes"; // $vivas == 11
$vivas = 1 + "+ 10testes"; // $vivas == 1


Transformação explícita de tipos

A sintaxe do typecast de PHP é semelhante ao C: basta escrever o tipo entre parenteses antes do valor

Exemplo:

$vivas = 15; // $vivas é integer (15)
$vivas = (double) $vivas; // $vivas é double (15.0)
$vivas = 3.9; // $vivas é double (3.9)
$vivas = (int) $vivas; // $vivas é integer (3)
// o valor decimal é truncado

Os tipos de cast permitidos são:(int), (integer) muda para integer
(real), (double), (float) muda para float
(string) muda para string
(array) muda para array
(object) muda para objecto


Com a função settype

A função settype converte uma variável para o tipo especificado, que pode ser "integer", "double", "string", "array" ou "object".

Exemplo:

$vivas = 15; // $vivas é integer
settype($vivas,double); // $vivas é double
 

helldanger1

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Constantes
Constantes pré-definidas


O PHP possui algumas constantes pré-definidas, indicando a versão do PHP, o Sistema Operativo do servidor, o ficheiro em execução, e diversas outras informações. Para ter acesso a todas as constantes pré-definidas, pode-se utilizar a função phpinfo(), que exibe uma tabela contendo todas as constantes pré-definidas, assim como configurações da máquina, sistema operativo, servidor http e versão do PHP instalada.

Definindo constantes


Para definir constantes utiliza-se a função define. Uma vez definido, o valor de uma constante não poderá mais ser alterado. Uma constante só pode conter valores escalares, ou seja, não pode conter nem um array nem um objecto. A função define-se do seguinte modo:

int define(string nome_da_constante, mixed valor);

A função retorna true se for bem-sucedida. Veja um exemplo de sua utilização a seguir:

define ("pi", 3.1415926536);
$circunf = 2*pi*$raio;
__________________
 

helldanger1

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Operadores
Aritméticos


Só podem ser utilizados quando os operandos são números (integer ou float). Se forem de outro tipo, terão seus valores convertidos antes da realização da operação.+ adição
- subtracção
* multiplicação
/ divisão
% módulo


Strings


Só há um operador exclusivo para strings:. concatenação


Atribuição


Existe um operador básico de atribuição e diversos derivados. Devolvem sempre valor atribuído. No caso dos operadores derivados de atribuição, a operação é feita entre os dois operandos, sendo atribuído o resultado para o primeiro. A atribuição é sempre por valor, e não por referência.= atribuição simples
+= atribuição com adição
-= atribuição com subtração
*= atribuição com multiplicação
/= atribuição com divisão
%= atribuição com módulo
.= atribuição com concatenação


Exemplo:

$a = 7;
$a += 2; // $a passa a conter o valor 9

bit a bit


Comparam dois números bit a bit.& "e" lógico
| "ou" lógico
^ ou exclusivo
~ não (inversão)
<< shift left
>> shift right


Lógicos


Utilizados para inteiros representando valores booleanosand "e" lógico
or "ou" lógico
xor ou exclusivo
! não (inversão)
&& "e" lógico
|| "ou" lógico


Existem dois operadores para "e" e para "ou" porque têm diferentes posições na ordem de precedência.

Comparação


As comparações são feitas entre os valores contidos nas variáveis, e não as referências. Sempre retornam um valor booleano.== igual a
!= diferente de
< menor que
> maior que
<= menor ou igual a
>= maior ou igual a


Expressão condicional


Existe um operador de seleção que é ternário. Funciona assim:

(expressao1)?(expressao2):( expressao3)

o interpretador PHP avalia a primeira expressão, se ela for verdadeira a expressão devolve o valor de expressão2, senão, devolve o valor de expressão3.

Incremento e decremento

++ incremento
-- decremento


Podem ser utilizados de duas formas: antes ou depois da variável. Quando utilizado antes, devolve o valor da variável antes de incrementá-la ou decrementá-la. Quando utilizado depois, retorna o valor da variável já incrementado ou decrementado.

Exemplos:

$a = $b = 10; // $a e $b recebem o valor 10
$c = $a++; // $c recebe 10 e $a passa a ter 11
$d = ++$b; // $d recebe 11, valor de $b já incrementado

Ordem de precedência dos operadores


A tabela a seguir mostra a ordem de precedência dos operadores no momento de avaliar as expressões;Precedência Associatividade Operadores
1. esquerda ,
2. esquerda or
3. esquerda xor
4. esquerda and
5 direita print
6 esquerda = += _= *= /= .= %= &= != ~= «= »=
7 esquerda ?:
8 esquerda ||
9 esquerda &&
10 esquerda |
11 esquerda ^
12 esquerda &
13 não associa == !=
14 não associa <<= >>=
15 esquerda << >>
16 esquerda +-
17 esquerda */%
18 direita !~++--(int) (double) (string) (array) (object) @
19 direita [
20 não associa new
 

helldanger1

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Estruturas de Controle
As estruturas que veremos a seguir são comuns para as linguagens de programação imperativas, bastando, portanto, descrever a sintaxe de cada uma delas, resumindo o funcionamento.

Blocos


Um bloco consiste em vários comandos agrupados com o objectivo de relacioná-los com determinado comando ou função. Em comandos como if, for, while, switch e em declarações de funções blocos podem ser utilizados para permitir que um comando faça parte do contexto desejado. Blocos em PHP são delimitados pelos caracteres "{" e "}". A utilização dos delimitadores de bloco numa parte qualquer do código não relacionada com os comandos citados ou funções não produzirá efeito algum, e será tratada normalmente pelo interpretador.

Exemplo:

if ($x == $y)
comando1;
comando2;

Para que comando2 esteja relacionado ao if é preciso utilizar um bloco:

if ($x == $y){
comando1;
comando2;
}

Comandos de seleção


Também chamados de condicionais, os comandos de seleção permitem executar comandos ou blocos de comandos com base em testes feitos durante a execução.

if

O mais trivial dos comandos condicionais é o if. Ele testa a condição e executa o comando indicado, se o resultado for true (valor diferente de zero).

Este comando possui duas sintaxes:

if (condição)
comando;


if (condição):
comando;
. . .
comando;
endif;

Para incluir mais do que um comando no if da primeira sintaxe, é preciso utilizar um bloco, demarcado por chaves.

O else é um complemento opcional para o if. Se utilizado, o comando será executado se a expressão retornar o valor false (zero).

Suas duas sintaxes são:

if (expressão)
comando;
else
comando;


if (expressão):
comando;
. . .
comando;
else
comando;
. . .
comando;
endif;



A seguir, temos um exemplo do comando if utilizado com else:

if ($a > $b)
$maior = $a;
else
$maior = $b;

O exemplo acima coloca em $maior o maior valor entre $a e $b

Em determinadas situações é necessário fazer mais do que um teste, e executar condicionalmente diversos comandos ou blocos de comandos. Para facilitar o entendimento de uma estrutura do tipo:

if (expressao1)
comando1;
else
if (expressao2)
comando2;
else
if (expressao3)
comando3;
else
comando4;

foi criado o comando, também opcional elseif. Ele tem a mesma função de um else e um if usados sequencialmente, como no exemplo acima. Num mesmo if podem ser utilizados diversos elseif's, ficando essa utilização a critério do programador, que deve cuidar a legibilidade do seu script.

O comando elseif também pode ser utilizado com dois tipos de sintaxe. Em resumo, a sintaxe geral do comando if fica das seguintes maneiras:

if (expressao1)
comando;
[ elseif (expressao2)
comando; ]
[ else
comando; ]



if (expressao1) :
comando;
. . .
comando;
[ elseif (expressao2)
comando;
. . .
comando; ]
[ else
comando;
. . .
comando; ]
endif;


switch

O comando switch actua de maneira semelhante a uma série de comandos if na mesma expressão. Frequentemente o programador pode querer comparar uma variável com diversos valores, e executar um código diferente a depender de qual valor é igual ao da variável. Quando isso for necessário, deve-se usar o comando switch. O exemplo seguinte mostra dois trechos de código que fazem a mesma coisa, sendo que o primeiro utiliza uma série de if's e o segundo utiliza switch:

if ($i == 0)
print "i é igual a zero";
elseif ($i == 1)
print "i é igual a um";
elseif ($i == 2)
print "i é igual a dois";

switch ($i) {
case 0:
print "i é igual a zero";
break;
case 1:
print "i é igual a um";
break;
case 2:
print "i é igual a dois";
break;
}


É importante compreender o funcionamento do switch para não cometer erros. O comando switch testa linha a linha os cases encontrados, e a partir do momento que encontra um valor igual ao da variável testada, passa a executar todos os comandos seguintes, mesmo os que fazem parte de outro teste, até o fim do bloco. por isso usa-se o comando break, quebrando o fluxo e fazendo com que o código seja executado da maneira desejada. Veremos mais sobre o break mais a frente. Veja o exemplo:

switch ($i) {
case 0:
print "i é igual a zero";
case 1:
print "i é igual a um";
case 2:
print "i é igual a dois";
}


No exemplo acima, se $i for igual a zero, os três comandos "print" serão executados. Se $i for igual a 1, os dois últimos "print" serão executados. O comando só funcionará da maneira desejada se $i for igual a 2.
Em outras linguagens que implementam o comando switch, ou similar, os valores a serem testados só podem ser do tipo inteiro. Em PHP é permitido usar valores do tipo string como elementos de teste do comando switch. O exemplo abaixo funciona perfeitamente:


switch ($s) {
case "casa":
print "A casa é amarela";
case "arvore":
print "a árvore é bonita";
case "lampada":
print "joao apagou a lampada";
}


Comandos de repetição


while

O while é o comando de repetição mais simples. Ele testa uma condição e executa um comando, ou um bloco de comandos, até que a condição testada seja falsa. Assim como o if, o while também possui duas sintaxes alternativas:

while (<expressao>)
<comando>;


while (<expressao>):
<comando>;
. . .
<comando>;
endwhile;

A expressão só é testada a cada vez que o bloco de instruções termina, além do teste inicial. Se o valor da expressão passar a false no meio do bloco de instruções, a execução segue até o final do bloco. Se no teste inicial a condição for avaliada como false, o bloco de comandos não será executado.
O exemplo a seguir mostra o uso do while para imprimir os números de 1 a 10:

$i = 1;
while ($i <=10)
print $i++;


do... while

O ciclo do..while funciona de maneira bastante semelhante ao while, com a simples diferença que a expressão é testada ao final do bloco de comandos. O ciclo do..while possui apenas uma sintaxe, que é a seguinte:

do {
<comando>
. . .
<comando>
} while (<expressao>);

O exemplo utilizado para ilustrar o uso do while pode ser feito da seguinte maneira utilizando o do.. while:


$i = 0;
do {
print ++$i;
} while ($i < 10);

for

O ciclo mais complexo é o for. Para os que programam em C, C++ ou Java, a assimilação do funcionamento do for é natural. Mas para aqueles que estão acostumados a linguagens como Pascal, há uma grande mudança para o uso do for. As duas sintaxes permitidas são:

for (<inicializacao>;<condicao>;<incremento>)
<comando>;


for (<inicializacao>;<condicao>;<incremento>) :
<comando>;
. . .
<comando>;
endfor;

As três expressões que ficam entre parênteses têm as seguintes finalidades:

Inicialização: comando ou sequencia de comandos a serem realizados antes do inicio do laço. Serve para inicializar variáveis.

Condição: Expressão booleana que define se os comandos que estão dentro do laço serão executados ou não. Enquanto a expressão for verdadeira (valor diferente de zero) os comandos serão executados.

Incremento: Comando executado ao final de cada execução do laço.

Um comando for funciona de maneira semelhante a um while escrito da seguinte forma:

<inicializacao>
while (<condicao>) {
comandos
...
<incremento>
}


Quebra de fluxo


Break

O comando break pode ser utilizado em ciclo de do, for e while, além do uso já visto no comando switch. Ao encontrar um break dentro de um desses laços, o interpretador PHP pára imediatamente a execução do ciclo, seguindo normalmente o fluxo do script.

while ($x > 0) {
...
if ($x == 20) {
echo "erro! x = 20";
break;
...
}

Na porção de código acima, o ciclo while tem uma condição para seu fim normal ($x <= 0), mas foi utilizado o break para o caso de um fim não previsto no início do ciclo. Assim o interpretador seguirá para o comando seguinte do ciclo.

Continue

O comando continue também deve ser utilizado no interior dos ciclos, e funciona de maneira semelhante ao break, com a diferença que o fluxo em vez de sair do ciclo para o início dele. Vejamos o exemplo:

for ($i = 0; $i < 100; $i++) {
if ($i % 2) continue;
echo " $i ";
}

O exemplo acima é uma maneira ineficiente de imprimir os números pares entre 0 e 99. O que o ciclo faz é testar se o resto da divisão entre o número e 2 é 0. Se for diferente de zero (valor lógico true) o interpretador encontrará um continue, que faz com que os comandos seguintes do interior do ciclo sejam ignorados, seguindo para o inicio do ciclo.
 

helldanger1

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Funções
Definindo funções


A sintaxe básica para definir uma função é:

function nome_da_função([arg1, arg2, arg3]) {
Comandos;
... ;
[return <valor devolvido>];
}

Qualquer código PHP válido pode estar contido no interior de uma função. O tipo devolvido não deve ser declarado, sendo necessário que o programador esteja atento para que a função devolva o tipo desejado. É recomendável que esteja tudo bem documentado para facilitar a leitura e compreensão do código. Para efeito de documentação, utiliza-se o seguinte formato de declaração de função:

tipo function nome_da_funcao(tipo arg1, tipo arg2, ...);

Este formato só deve ser utilizado na documentação do script, pois o PHP não aceita a declaração de tipos. Isso significa que em muitos casos o programador deve estar atento aos tipos dos valores passados como parâmetros, pois se não for passado o tipo esperado não é emitido nenhum alerta pelo interpretador PHP, já que este não testa os tipos.

Valor de retorno

Toda a função pode opcionalmente devolver um valor, ou simplesmente executar os comandos e não devolver nenhum valor.
Não é possível que uma função devolva mais do que um valor, mas é permitido fazer com que uma função devolva um valor composto, como listas ou arrays.

Argumentos

É possível passar argumentos para uma função. Devem ser declarados logo após o nome da função, entre parênteses, e tornam-se variáveis locais da função. A declaração do tipo de cada argumento também é utilizada apenas para efeito de comentário.

Exemplo:

function imprime($texto){
echo $texto;
}

imprime("teste de funções");

Passagem de parâmetros por referência

Normalmente, a passagem de parâmetros em PHP é feita por valor, ou seja, se o conteúdo da variável for alterado, essa alteração não afeta a variável original.

Exemplo:

function mais5($numero) {
$numero += 5;
}

$a = 3;
mais5($a); //$a continua a valer 3

No exemplo acima, como a passagem de parâmetros é por valor, a função mais5 é inútil, já que após a execução sair da função o valor anterior da variável é recuperado. Se a passagem de valor fosse feita por referência, a variável $a teria 8 como valor. O que ocorre normalmente é que ao ser chamada uma função, o interpretador salva os conteúdos das variáveis. Se uma dessas variáveis for passada como parâmetro, o seu conteúdo fica preservado, pois a função irá trabalhar na verdade com uma cópia da variável. Porém, se a passagem de parâmetros for feita por referência, toda alteração que a função realizar no valor passado como parâmetro afetará a variável que o contém.
Há duas maneiras de fazer com que uma função tenha parâmetros passados por referência:indicando isso na declaração da função, o que faz com que a passagem de parâmetros seja sempre assim;e também na própria chamada da função. Nos dois casos utiliza-se o modificador "&". Vejamos um exemplo que ilustra os dois casos:

function mais5(&$num1, $num2) {
$num1 += 5;
$num2 += 5;
}

$a = $b = 1;
mais5($a, $b);

Neste caso, só $num1 terá seu valor alterado, pois a passagem por referência está definida na declaração da função.


mais5($a, &$b);

Aqui as duas variáveis terão seus valores alterados.


Argumentos com valores pré-definidos (default)

Em PHP é possível ter valores default para argumentos de funções, ou seja, valores que serão assumidos no caso de nada ser passado no lugar do argumento. Quando algum parâmetro é declarado desta maneira, a passagem do mesmo na chamada da função torna-se opcional.

function teste($vivas = "testando") {
echo $vivas;
}

teste(); // imprime "testando"
teste("outro teste"); // imprime "outro teste"

Quando a função tem mais do que um parâmetro, o que tem valor default deve ser declarado em último:

function teste($figura = circulo, $cor) {
echo "a figura é um ", $figura, " de cor " $cor;
}

teste(azul);

A função não vai funcionar da maneira esperada, ocorrendo um erro no interpretador. A declaração correcta é:

function teste2($cor, $figura = circulo) {
echo "a figura é um ", $figura, " de cor " $cor;
}

teste2(azul);

Aqui a funcao funciona da maneira esperada, ou seja, imprime o texto: "a figura é um círculo de cor azul"

Contexto


O contexto é o conjunto de variáveis e seus respectivos valores num determinado ponto do programa. Na chamada de uma função, ao iniciar a execução do bloco que contém a implementação da mesma é criado um novo contexto, contendo as variáveis declaradas dentro do bloco, ou seja, todas as variáveis utilizadas dentro daquele bloco serão eliminadas no final da execução da função.

Escopo

O escopo de uma variável em PHP define a porção do programa onde ela pode ser utilizada. Na maioria dos casos todas as variáveis têm escopo global. Entretanto, em funções definidas pelo utilizador um escopo local é criado. Uma variável de escopo global não pode ser utilizada no interior de uma função sem que haja uma declaração.

Exemplo:

$vivas = "Testando";

function Teste() {
echo $vivas;
}

Teste();

O codigo acima não produzirá saída alguma, pois a variável $vivas é de escopo global, e não pode ser referida num escopo local, mesmo que não haja outra com nome igual que tape a sua visibilidade. Para que o script funcione da forma desejada, a variável global a ser utilizada deve ser declarada.

Exemplo:

$vivas = "Testando";

function Teste() {
global $vivas;
echo $vivas;
}

Teste();

Uma declaração "global" pode conter várias variáveis, separadas por vírgulas. Uma outra maneira de aceder a variáveis globais dentro de uma função é utilizar um array pré-definido pelo PHP cujo nome é $GLOBALS. O índice para a variável referida é o proprio nome da variável, sem o caracter $. O exemplo acima e o abaixo produzem o mesmo resultado:

Exemplo:
$vivas = "Testando";

function Teste() {
echo $GLOBALS["vivas"]; // imprime $vivas
echo $vivas; // não imprime nada
}

Teste();
 

helldanger1

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Variáveis
Modificador static


Uma variável estática é visível num escopo local, mas é inicializada apenas uma vez e seu valor não é perdido quando a execução do script deixa esse escopo. Veja o seguinte exemplo:

function Teste() {
$a = 0;
echo $a;
$a++;
}

O último comando da função é inútil, pois assim que for encerrada a execução da função a variável $a perde o seu valor. Já no exemplo seguinte, a cada chamada da função a variável $a terá o seu valor impresso e será incrementado:

function Teste() {
static $a = 0;
echo $a;
$a++;
}

O modificador static é muito utilizado em funções recursivas, já que o valor de algumas variáveis precisa ser mantido. Ele funciona da seguinte forma: O valor das variáveis declaradas como estáticas é mantido ao terminar a execução da função. Na próxima execução da função, ao encontrar novamente a declaração com static, o valor da variável é recuperado.
Noutras palavras, uma variável declarada como static tem o mesmo "tempo de vida" que uma variável global, porém a sua visibilidade é restrita ao escopo local em que foi declarada e só é recuperada após a declaração.

Exemplo:

function Teste() {
echo "$a";
static $a = 0;
$a++;
}

O exemplo acima não produzirá saída alguma. Na primeira execução da função, a impressão ocorre antes da atribuição de um valor à função, e portanto o conteúdo de $a é nulo (string vazia). Nas execuções seguintes da função Teste() a impressão ocorre antes da recuperação do valor de $a, e portanto nesse momento o seu valor ainda é nulo. Para que a função retorne algum valor o modificador static deve ser utilizado.

Variáveis Variáveis


O PHP tem um recurso conhecido como variáveis variáveis, que consiste em variáveis cujos nomes também são variáveis. Sua utilização é feita através do duplo cifrão ($$).

$a = "teste";
$$a = "Mauricio Vivas";

O exemplo acima é equivalente ao seguinte:

$a = "teste";
$teste = "Mauricio Vivas";

Variáveis enviadas pelo browser


Para interagir com a navegação feita pelo utilizador, é necessário que o PHP possa enviar e receber informações para o browser. A maneira de enviar informações, como já foi visto anteriormente, geralmente é através de um comando de impressão, como o echo. Para receber informações vindas do browser através de um link ou um formulário html o PHP utiliza as informações enviadas através do URL. Por exemplo: se um script php está localizado em "http://localhost/teste.php3" e é chamado com a url "http://localhost/teste.php3?vivas=teste", automaticamente o PHP criará uma variável com o nome $vivas contendo a string "teste". Note que o conteúdo da variável está no formato urlencode. Os formulários html já enviam informações automaticamente nesse formato, e o PHP descodifica sem necessitar de qulquer tratamento por parte do programador.

URLencode

O formato urlencode é obtido substituindo os espaços pelo caracter "+" e todos os outros caracteres não alfa-numéricos (com exceção de "_") pelo caracter "%" seguido do código ASCII em hexadecimal.

Por exemplo: o texto "Testar 1 2 3 !!" em urlencode fica "Testar+1+2+3+%21%21"

O PHP possui duas funções para tratar o texto em urlencode. Seguem as suas sintaxes:

string urlencode(string texto);
string urldecode(string texto);

Essas funções servem respectivamente para codificar ou decodificar um texto passado como argumento. Para entender melhor o que é um argumento e como funciona uma função, leia o tópico "funções".

Variáveis de ambiente

O PHP possui diversas variáveis de ambiente, como a $PHP_SELF, por exemplo, que contém o nome e o path do próprio ficheiro. Algumas outras contém informações sobre o browser do utilizador, o servidor http, a versão do PHP e diversas informações. Para ter uma listagem de todas as variáveis e constantes de ambiente e seus respectivos conteúdos, deve-se utilizar a função phpinfo().

Verificando o tipo de uma variável

Por causa da atribuição dinâmica do tipo, utilizada pelo PHP, nem sempre é possível saber qual o tipo de uma variável em determinado instante se não contar com a ajuda de algumas funções que permitem verificar isso. A verificação pode ser feita de duas maneiras:

Função que retorna o tipo da variável

Esta função é a gettype. A sua sintaxe é a seguinte:

string gettype(mixed var);

A palavra "mixed" indica que a variável var pode ser de diversos tipos.
A função gettype pode devolver as seguintes strings: "integer", "double", "string", "array", "object" e "unknown type".


Funções que testam o tipo da variável

São as funções is_int, is_integer, is_real, is_long, is_float, is_string, is_array e is_object. Todas têm o mesmo formato, seguindo a sintaxe:

int is_integer(mixed var);

Todas estas funções devolvem true se a variável for daquele tipo, e false em caso contrário.

Destruir uma variável

É possível desalocar uma variável, se ela não for usada posteriormente, através da função unset, que tem a seguinte sintaxe:

int unset(mixed var);

A função destrói a variável, ou seja, liberta a memória ocupada por ela, fazendo com que ela deixe de existir. Se mais á frente a variável for chamada, será criada uma nova variável do mesmo nome e de conteúdo vazio, a não ser que a chamada seja pela função isset. Se a operação for bem sucedida, retorna true.

Verificar se uma variável possui um valor


Existem dois tipos de teste que podem ser feitos para verificar se uma variável tem um valor: com a função isset e com a função empty.

A função isset

Possui a seguinte sintaxe:

int isset(mixed var);

E retorna true se a variável estiver preenchida (ainda que com uma string vazia ou o valor zero), e false em caso contrário.


A função empty

Possui a seguinte sintaxe:

int empty(mixed var);

E retorna true se a variável não contiver um valor (não estiver preenchida) ou possui valor 0 (zero) ou uma string vazia. Caso contrário, retorna false.
 

helldanger1

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Classes e Objectos
Uma classe é um conjunto de variáveis e funções relacionadas com essas variáveis. A vantagem da sua utilização é poder usufruir do recurso de encapsulamento de informação. Com o encapsulamento o utilizador de uma classe não precisa saber como é que ela é implementada, bastando para a utilização conhecer a interface, ou seja, as funções disponíveis. Uma classe é um tipo, e portanto não pode ser atribuída a uma variável. Para definir uma classe, deve-se utilizar a seguinte sintaxe:

class Nome_da_classe {
var $variavel1;
var $variavel2;
function funcao1 ($parametro) {
/* === corpo da função === */
}
}

Objecto


Como foi dito anteriormente, classes são tipos, e não podem ser atribuídas a variáveis. Variáveis do tipo classe são chamadas objectos, e devem ser criadas utilizando o operador new, seguindo o exemplo abaixo:

$variavel = new $nome_da_classe;

Para utilizar as funções definidas na classe, deve ser utilizado o operador "->", como no exemplo:

$variavel->funcao1()

A variável $this


Na definição de uma classe, pode-se utilizar a variável $this, que é o próprio objecto. Assim, quando uma classe é instanciada num objecto, e uma função desse objecto na definição da classe utiliza a variável $this, essa variável significa o objecto que estamos a utilizar.

Como exemplo da utilização de classes e objectos, podemos utilizar a classe conta, que define uma conta bancária bastante simples, com funções para ver saldo e fazer um crédito.

class conta {
var $saldo;
function saldo() {
return $this->saldo;
}
function credito($valor) {
$this->saldo += $valor;
}
}

$minhaconta = new conta;
$minhaconta->saldo(); //a variavel interna não foi inicializada, e não contém nenhum valor
$minhaconta->credito(50);
$minhaconta->saldo(); // retorna 50

SubClasses

Uma classe pode ser uma extensão de outra. Isso significa que ela herdará todas as variáveis e funções da outra classe, e ainda terá as que forem adicionadas pelo programador. Em PHP não é permitido utilizar herança múltipla, ou seja, uma classe pode ser extensão de apenas uma outra.Para criar uma classe extendida, ou derivada de outra, deve ser utilizada a palavra reservada extends, como pode ser visto no exemplo seguinte:

class novaconta extends conta {
var $numero;
function numero() {
return $this->numero;
}
}

A classe acima é derivada da classe conta, tendo as mesmas funções e variáveis, com a adição da variável $numero e a função numero().

Construrores


Um construtor é uma função definida na classe que é automaticamente chamada no momento em que a classe é instanciada (através do operador new). O construtor deve ter o mesmo nome que a classe a que pertence. Veja o exemplo:

class conta {
var $saldo;

function conta () {
$this.saldo = 0;
}

function saldo() {
return $this->saldo;
}
function credito($valor) {
$this->saldo += $valor;
}
}

Podemos perceber que a classe conta, possui um construtor, que inicializa a variável $saldo com o valor 0.
Um construtor pode conter argumentos, que são opcionais, o que torna esta ferramenta mais poderosa. No exemplo acima, o construtor da classe conta pode receber como argumento um valor, que seria o valor inicial da conta.
Vale observar que para classes derivadas, o construtor da classe pai não é automaticamente herdado quando o construtor da classe derivada é chamado.
 
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