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Treze bombeiros para 105 mil habitantes
AMADEU ARAÚJO, Viseu
Viseu. Faltam efectivos nos bombeiros municipais
O reduzido número de profissionais dos Bombeiros Municipais de Viseu (CBM) está a impedir uma resposta pronta para as chamadas de urgência. Para os 105 mil habitantes do concelho de Viseu existem apenas 13 homens em condições de saída imediata.
Os bombeiros têm prestado serviço extraordinário mas a autarquia deixou de pagar as horas extra e passou a compensar os bombeiros com folgas, "facto que veio agravar o problema", acusa o Sindicato de Bombeiros Profissionais (SBP) que ameaça levar o caso a tribunal.
No espaço de uma semana foram duas as situações em que o CBM tardou a sair e sempre com equipas reduzidas. No concelho existe uma outra corporação, de voluntários, mas não tem sido chamada.
Na madrugada de terça-feira o mau tempo provocou o derrube de uma arvore para a EN 231, uma das principais vias do distrito que liga Viseu a Nelas e à serra da Estrela. A circulação esteve cortada e os bombeiros demoraram "mais de meia hora a normalizar a situação".
Segundo apurou o DN junto de um graduado, "o alerta chegou cerca das 04.46" mas os bombeiros tiveram "que esperar que chegasse uma ambulância e dois homens" para poderem avançar para o local. Outra situação ocorreu na madrugada do dia 17 quando os Municipais foram alertados para um acidente de viação.
O CBM enviou apenas uma ambulância e dois homens. A viatura com o material de desencarceramento saiu tarde - "só depois de chamarmos um bombeiro que estava de folga porque não havia mais ninguém no quartel", referiu a fonte. Esta viatura "recolheu dois bombeiros, de uma equipa de cinco que estavam a combater um fogo florestal", contou ao DN.
No concelho de Viseu existem duas corporações, uma profissional e outra voluntária, que servem 105 mil habitantes. Em ambos os casos os Bombeiros Voluntários de Viseu (BVV) dispunham de capacidade de resposta mas não foram alertados.
Fonte do comando dos Bombeiros Voluntários disse ao DN: "isto está sempre a acontecer. Nós temos equipas no quartel mas não somos accionados". Ambas as situações foram levadas ao conhecimento do Comando Distrital da Protecção Civil que contudo não accionou a outra corporação do concelho. O DN tentou, sem sucesso, ouvir os responsáveis da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
O SBP denuncia desde há muito a "crónica falta de homens nos Municipais". De acordo Sérgio Carvalho, presidente do SBP, "as viaturas têm que sair com guarnições completas porque se algo correr mal a responsabilidade é sempre dos bombeiros". |

AMADEU ARAÚJO, Viseu
Viseu. Faltam efectivos nos bombeiros municipais
O reduzido número de profissionais dos Bombeiros Municipais de Viseu (CBM) está a impedir uma resposta pronta para as chamadas de urgência. Para os 105 mil habitantes do concelho de Viseu existem apenas 13 homens em condições de saída imediata.
Os bombeiros têm prestado serviço extraordinário mas a autarquia deixou de pagar as horas extra e passou a compensar os bombeiros com folgas, "facto que veio agravar o problema", acusa o Sindicato de Bombeiros Profissionais (SBP) que ameaça levar o caso a tribunal.
No espaço de uma semana foram duas as situações em que o CBM tardou a sair e sempre com equipas reduzidas. No concelho existe uma outra corporação, de voluntários, mas não tem sido chamada.
Na madrugada de terça-feira o mau tempo provocou o derrube de uma arvore para a EN 231, uma das principais vias do distrito que liga Viseu a Nelas e à serra da Estrela. A circulação esteve cortada e os bombeiros demoraram "mais de meia hora a normalizar a situação".
Segundo apurou o DN junto de um graduado, "o alerta chegou cerca das 04.46" mas os bombeiros tiveram "que esperar que chegasse uma ambulância e dois homens" para poderem avançar para o local. Outra situação ocorreu na madrugada do dia 17 quando os Municipais foram alertados para um acidente de viação.
O CBM enviou apenas uma ambulância e dois homens. A viatura com o material de desencarceramento saiu tarde - "só depois de chamarmos um bombeiro que estava de folga porque não havia mais ninguém no quartel", referiu a fonte. Esta viatura "recolheu dois bombeiros, de uma equipa de cinco que estavam a combater um fogo florestal", contou ao DN.
No concelho de Viseu existem duas corporações, uma profissional e outra voluntária, que servem 105 mil habitantes. Em ambos os casos os Bombeiros Voluntários de Viseu (BVV) dispunham de capacidade de resposta mas não foram alertados.
Fonte do comando dos Bombeiros Voluntários disse ao DN: "isto está sempre a acontecer. Nós temos equipas no quartel mas não somos accionados". Ambas as situações foram levadas ao conhecimento do Comando Distrital da Protecção Civil que contudo não accionou a outra corporação do concelho. O DN tentou, sem sucesso, ouvir os responsáveis da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
O SBP denuncia desde há muito a "crónica falta de homens nos Municipais". De acordo Sérgio Carvalho, presidente do SBP, "as viaturas têm que sair com guarnições completas porque se algo correr mal a responsabilidade é sempre dos bombeiros". |
DN Online