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Transplante: um ano depois, David está feliz

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A mãe, Ana Antunes, deu parte do seu fígado ao filho. Criança sofria de cirrose hepática



Na sua casa em Alqueidão de Santo Amaro, aldeia do concelho de Ferreira do Zêzere, distrito de Santarém, Ana Antunes mostra as fotografias tiradas no hospital pediátrico de Coimbra, onde, faz este sábado um ano, deu parte do seu fígado ao filho quando se tornou evidente que nada travava a cirrose hepática de que David sofria, escreve a Lusa.

Passado um ano sobre o dia em que os dois estiveram 15 horas no bloco operatório, Ana encara com mais tranquilidade o futuro, embora mantenha cautelas porque tem a noção de que David pode ainda rejeitar o fígado transplantado.

Contudo, longe estão os tempos em que tinha de controlar quem podia chegar-se perto do filho. «Não podiam estar constipados e tinham de passar as mãos por álcool, não fossem passar-lhe algum vírus», diz.

David tinha de tomar 15 medicamente num só dia. «Agora toma dois», um dos quais, o que custa 200 euros a caixa, é dado pelo hospital.

Ana, operária de uma fábrica de aquecimentos centrais, caldeiras e cilindros, está de baixa médica até Maio, altura em que irá a uma junta médica que determinará ou não o regresso ao trabalho.

A família vive do seu salário reduzido, do ordenado do marido, Nuno, e do abono dado ao filho, cujo valor (80 euros) sofreu um corte no passado mês de Janeiro.

Por isso, Ana confessa que a conta bancária criada quando o caso de David se tornou público «tem sido uma grande ajuda».

«Ainda há quem lá ponha dinheiro», disse Ana, não escondendo a enorme curiosidade que tem em saber quem é o «senhor Ruben», que todos os meses continua a depositar uma soma em dinheiro para ajudar a família.

O fígado de Ana recuperou um mês após a operação. Este órgão tem capacidade para se regenerar, tendo, depois de amputado, capacidade para crescer até ao tamanho normal em ambos os pacientes. Apenas David vai de dois em dois meses ao hospital para controlo médico.

A festa do primeiro aniversário de David deu-se ainda no meio de muitas cautelas, pois tinha tido alta há apenas 20 dias, e só agora começa a ter contacto gradual com outras crianças, «o que o deixa muito feliz».

PD
 
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