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A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento da criança.
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Desde muito pequeno, a partir do quinto mês de gestação, o bebê já consegue ouvir a voz e o sons do corpo da mãe.
É por meio da experiência auditiva ocorrida dentro do ventre que o desenvolvimento da linguagem começa e, qualquer perda na capacidade de audição, por menos que seja, impedirá a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para a aquisição da linguagem.
Mas como saber se meu filho possui problemas auditivos? De acordo com a Dra. Karin Ziliotto Dias, fonoaudióloga e Diretora da Unidade de Audiologia do NESF - Núcleo de Estudos Fonoaudiológicos, fala-se muito da importância do teste do pezinho. “Poucas mães sabem que a incidência de perda auditiva durante a infância chega a ser mais alta do que as doenças decorrentes com o teste do pezinho”, ressalta.
O Teste da Orelhinha ou Exame de Emissões Otoacústicas Evocadas, apesar de ter o nome parecido com o teste do pezinho, o exame é indolor, feito de forma não invasiva, durante o sono do bebê. “Consiste na colocação de um fone na orelha do bebê acoplado a um computador que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna do bebê produz” explica a fonoaudióloga.
Quando pode ser efeito? “O ideal é que o exame seja feito logo após o nascimento, de preferência, nas 48 horas após o parto. Mas, caso haja alguma intercorrência no parto, o sugerido é que faça o teste perto da alta médica” afirma.
Segundo a especialista em audiologia, se o problema for diagnosticado e a intervenção fonoaudiológica ocorrer até os seis meses de idade, a criança poderá desenvolver uma linguagem muito próxima a de um ouvinte. “Mas o grande problema é que a maioria dos diagnósticos acontece tardiamente, quando o prejuízo no desenvolvimento da criança já está comprometido” ressalta.
Em casa
Não é porque o seu bebê teve bons resultados no exame e não apresentou nenhuma falha auditiva que você deve se despreocupar. Existem alguns detalhes importantes que devem ser observados.
0 a 6 meses
O bebê deve se assustar, chorar ou acordar com barulhos intensos e repentinos. Também reconhecer a voz da mãe e procurar a origem dos sons.
6 a 12 meses
Deve localizar rapidamente os sons de seu interesse e reagir se submetido a sons suaves. A criança precisa reconhecer seu nome quando é chamado, balbuciar pequenos sons e atender ordens simples.
12 a 30 meses
Aqui o bebê já começa a falar suas primeiras palavras soltas como mamãe e papai, até o uso de frases simples como dá a bola. Lógico que ainda é muito cedo para a criança falar corretamente, mas nunca incentive o filho a falar errado. Até pode parecer bonitinho, mas se ela fala que quer brincar com o “calo”, corrija-a de forma natural repetindo o que ela havia dito. Estimular uma pronúncia correta é fundamental para o aprendizado da criança.