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Roter.Teufel

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Tempestade mata motorista, arranca 330 árvores e deixa 170 mil imóveis sem energia em São Paulo

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Força do mau tempo atingiu uma parte do Hospital da Santa Casa, um dos mais importantes da cidade, e obrigou ao encerramento da Faculdade Mackenzie.

A maior cidade do Brasil, São Paulo, amanheceu esta quinta-feira com um cenário de destruição depois da forte chuva e do vento que no final da tarde de quarta-feira deixaram uma pessoa morta, dezenas feridas, arrancaram pela raiz centenas de árvores e fizeram 170 mil imóveis ficar sem energia. Na manhã desta quinta, milhares ainda não tinham energia nas suas casas e empresas e dezenas de ruas continuavam bloqueadas por árvores gigantescas derrubadas ou arrancadas do chão como se fossem de papel.

A vítima fatal, Elton Ferreira de Oliveira, de 44 anos, era um motorista de táxi que trabalhava na área de comércio popular da região da Rua 25 de Março, no centro da cidade, e tinha acabado de iniciar mais uma corrida quando o automóvel dele foi atingido em cheio por uma árvore de grandes dimensões na Avenida Senador Queirós. Os dois passageiros, dois cidadãos chineses, mãe e filho, que têm um comércio na região, foram socorridos com vida e continuavam esta quinta-feira hospitalizados, mas Elton não resistiu e morreu no local dentro do carro, de onde os bombeiros só conseguiram retirar o corpo após seis horas, depois de cortarem a árvore que esmagou o carro.

Ao todo, de acordo com os Bombeiros, pelo menos 330 árvores, quase todas de grande porte, ou foram derrubadas pelo peso da violenta chuva nas suas copas ou arrancadas pelo vento. A queda de uma delas, um Chichá com mais de 30 metros de altura, espécie remanescente da Mata Atlântica que cobria boa parte do Brasil quando os portugueses chegaram, causou bastante consternação entre os moradores, pois era um ponto histórico e turístico do Largo do Arouche, no centro histórico, onde reinava há mais de 200 anos, sendo a terceira árvore mais antiga de que há registos na capital paulista.

Como sempre numa tempestade como a desta quarta-feira, rápida mas muito violenta, as árvores que caíram, além de bloquearem importantes ruas e avenidas e destruírem veículos, bancas de jornais e telhados e fachadas de imóveis, carregaram com elas postes e fios de energia, deixando vários bairros sem luz. A força do mau tempo atingiu até uma parte do Hospital da Santa Casa, um dos mais importantes da cidade, e obrigou ao encerramento da tradicional Faculdade Mackenzie, entre outros imóveis públicos e privados.

Estações do Metropolitano, como a de Pinheiros, na zona oeste, e que teoricamente seriam locais de refúgio, voltaram a ostentar falhas, e os passageiros passaram momentos de muita aflição quando verdadeiros rios de água da chuva tomaram conta das escadarias e até de algumas plataformas. São Paulo tinha um dos climas mais temperados e moderados do Brasil, mas as mudanças climáticas começaram a produzir fortes tempestades que de exceções passaram a ser a rotina e a cada dia de temperaturas elevadas castigam os seus 12 milhões de habitantes, que perdem móveis, carros, as casas e, às vezes, a vida.


Correio da Manhã
 
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