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Telescópio espacial quase colide com satélite espião russo
Uma manobra espacial de emergência feita pela NASA evitou que o telescópio espacial Fermi, de 690 milhões de dólares, se chocasse contra um velho satélite russo desativado. O evento ocorreu em 2012, mas só agora foi revelado pelas autoridades americanas.
No dia 29 de março de 2012, os controladores da missão detectaram uma aproximação extremamente perigosa entre o antigo satélite COSMOS 1805 e o telescópio espacial Fermi. De acordo com os dados, ambos estavam a apenas 213 metros de distância um do outro e se nada fosse feito, em poucos dias cruzariam o mesmo ponto no espaço com uma diferença de apenas 30 milissegundos.
Na ocasião, o satélite russo viajava no espaço a 44 mil km/h com relação ao telescópio Fermi. Seu peso é superior a 1500 quilos e o choque produziria uma explosão capaz de liberar o equivalente a 2500 toneladas de TNT, aumentando ainda mais a quantidade de lixo espacial na orbita da Terra.
"Minha reação imediata foi de espanto. Aquilo era totalmente diferente de tudo que já tínhamos visto", disse a cientista Julie McEnery, cientista da missão Fermi junto à NASA. "Era claro que tínhamos que fazer alguma coisa e tirar o telescópio dali", disse a pesquisadora.
Imediatamente, McEnery alertou a equipe de dinâmica de voo e após uma série de cálculos foi dado início ao plano de manobra do telescópio. O plano era disparar os foguetes usados normalmente para as pequenas correções, permitindo que o telescópio mudasse para uma altitude suficiente para se livrar do risco de colisão.
"O trabalho é semelhante à previsão de chuva para um determinado lugar em uma hora específica com uma semana de antecedência", disse Eric Stoneking, engenheiro-chefe para o controle de atitude do telescópio junto ao Goddard Space Flight Center, da Nasa. Atitude, que não deve ser confundido com altitude, é o termo usado para descrever a posição física de um satélite dentro da órbita.
"À medida que a data da manobra se aproxima as incertezas na previsão diminuem, mas os fatores levados em conta inicialmente podem mudar totalmente", explicou Stoneking.
A operação foi realizada com sucesso e em 3 de abril de 2012 os dois satélites se cruzaram com mais de 9 km de distância.
"A manobra foi feita com base em procedimentos que desenvolvemos há muito tempo. Era muito simples, basta disparar todos os propulsores por apenas um segundo. O problema é que essa operação é sempre cheia de suspense e tensão e só dá para respirar aliviado quando vemos que tudo correu bem", disse Stoneking.
A quantidade de lixo espacial é uma das maiores preocupações das autoridades espaciais em todo o mundo. Estima-se que pelo menos 17 mil objetos maiores que 10 centímetros estejam em órbita ao redor da Terra e apenas 7% deles são satélites ativos.
Artes: No topo, gráfico mostra a quase colisão entre o telescópio espacial Fermi e o satélite russo desativado Cosmos 1805. O vídeo apresenta detalhes da manobra de desvio.
Créditos: NASA,Apolo11.com.
[Apolo11.com]
Direitos Reservados
Uma manobra espacial de emergência feita pela NASA evitou que o telescópio espacial Fermi, de 690 milhões de dólares, se chocasse contra um velho satélite russo desativado. O evento ocorreu em 2012, mas só agora foi revelado pelas autoridades americanas.
No dia 29 de março de 2012, os controladores da missão detectaram uma aproximação extremamente perigosa entre o antigo satélite COSMOS 1805 e o telescópio espacial Fermi. De acordo com os dados, ambos estavam a apenas 213 metros de distância um do outro e se nada fosse feito, em poucos dias cruzariam o mesmo ponto no espaço com uma diferença de apenas 30 milissegundos.
Na ocasião, o satélite russo viajava no espaço a 44 mil km/h com relação ao telescópio Fermi. Seu peso é superior a 1500 quilos e o choque produziria uma explosão capaz de liberar o equivalente a 2500 toneladas de TNT, aumentando ainda mais a quantidade de lixo espacial na orbita da Terra.
"Minha reação imediata foi de espanto. Aquilo era totalmente diferente de tudo que já tínhamos visto", disse a cientista Julie McEnery, cientista da missão Fermi junto à NASA. "Era claro que tínhamos que fazer alguma coisa e tirar o telescópio dali", disse a pesquisadora.
Imediatamente, McEnery alertou a equipe de dinâmica de voo e após uma série de cálculos foi dado início ao plano de manobra do telescópio. O plano era disparar os foguetes usados normalmente para as pequenas correções, permitindo que o telescópio mudasse para uma altitude suficiente para se livrar do risco de colisão.
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"O trabalho é semelhante à previsão de chuva para um determinado lugar em uma hora específica com uma semana de antecedência", disse Eric Stoneking, engenheiro-chefe para o controle de atitude do telescópio junto ao Goddard Space Flight Center, da Nasa. Atitude, que não deve ser confundido com altitude, é o termo usado para descrever a posição física de um satélite dentro da órbita.
"À medida que a data da manobra se aproxima as incertezas na previsão diminuem, mas os fatores levados em conta inicialmente podem mudar totalmente", explicou Stoneking.
A operação foi realizada com sucesso e em 3 de abril de 2012 os dois satélites se cruzaram com mais de 9 km de distância.
"A manobra foi feita com base em procedimentos que desenvolvemos há muito tempo. Era muito simples, basta disparar todos os propulsores por apenas um segundo. O problema é que essa operação é sempre cheia de suspense e tensão e só dá para respirar aliviado quando vemos que tudo correu bem", disse Stoneking.
A quantidade de lixo espacial é uma das maiores preocupações das autoridades espaciais em todo o mundo. Estima-se que pelo menos 17 mil objetos maiores que 10 centímetros estejam em órbita ao redor da Terra e apenas 7% deles são satélites ativos.
Artes: No topo, gráfico mostra a quase colisão entre o telescópio espacial Fermi e o satélite russo desativado Cosmos 1805. O vídeo apresenta detalhes da manobra de desvio.
Créditos: NASA,Apolo11.com.
[Apolo11.com]
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