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Teatro: "As Criadas", uma peça de Jean Genet representada por três homens no CCB
Lisboa, 13 Set (Lusa) - A peça "As Criadas", de Jean Genet, vai estrear-se hoje no Centro Cultural de Belém, com três homens a representar o papel de três mulheres, num espectáculo com encenação de João Garcia Miguel.
"Sufoco é a palavra-chave desta peça", disse à Lusa João Garcia Miguel encenador e um dos actores de "As Criadas", com Miguel Borges e Anton Skrzypiciel.
Os três já tinham trabalhado juntos anteriormente e procuraram uma peça com três personagens em que pudessem contracenar de novo.
Na peça de Genet, os actores enfrentaram o desafio acrescido de representarem o papel de mulheres (duas criadas e a senhora), para além da exploração de um texto que fala da relação entre escravos e senhores, entre dominados e dominadores.
João Garcia Miguel, Miguel Borges e Anton Skrzypiciel vão surgir em cena como homens que estão a fazer de mulheres mas "não é travestismo", explicou o encenador, que fez também a tradução e adaptação do texto e decidiu apresentá-lo num versão trilingue, colocando o português, o francês e o inglês "em confronto".
Segundo o encenador, esta versão "cria quase uma nova linguagem" e recorre à repetição, mas evita fazê-lo de forma exaustiva.
João Garcia Miguel considera a peça, que suscitou polémica aquando da sua estreia, em 1947, "bastante provocatória porque toca em dimensões que são um pouco tabu, como a ideia de escravidão".
Com música de Rui Lima e Sérgio Martins e figurinos de Ana Luena, a peça fica em cena no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém até 20 de Setembro.
EO.
Lusa/Fim
Lisboa, 13 Set (Lusa) - A peça "As Criadas", de Jean Genet, vai estrear-se hoje no Centro Cultural de Belém, com três homens a representar o papel de três mulheres, num espectáculo com encenação de João Garcia Miguel.
"Sufoco é a palavra-chave desta peça", disse à Lusa João Garcia Miguel encenador e um dos actores de "As Criadas", com Miguel Borges e Anton Skrzypiciel.
Os três já tinham trabalhado juntos anteriormente e procuraram uma peça com três personagens em que pudessem contracenar de novo.
Na peça de Genet, os actores enfrentaram o desafio acrescido de representarem o papel de mulheres (duas criadas e a senhora), para além da exploração de um texto que fala da relação entre escravos e senhores, entre dominados e dominadores.
João Garcia Miguel, Miguel Borges e Anton Skrzypiciel vão surgir em cena como homens que estão a fazer de mulheres mas "não é travestismo", explicou o encenador, que fez também a tradução e adaptação do texto e decidiu apresentá-lo num versão trilingue, colocando o português, o francês e o inglês "em confronto".
Segundo o encenador, esta versão "cria quase uma nova linguagem" e recorre à repetição, mas evita fazê-lo de forma exaustiva.
João Garcia Miguel considera a peça, que suscitou polémica aquando da sua estreia, em 1947, "bastante provocatória porque toca em dimensões que são um pouco tabu, como a ideia de escravidão".
Com música de Rui Lima e Sérgio Martins e figurinos de Ana Luena, a peça fica em cena no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém até 20 de Setembro.
EO.
Lusa/Fim