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Teatro: Animações de rua são novidade este ano do Festival de Máscaras e Comediantes de Lisboa
Lisboa, 15 Ago (Lusa) - O Festival Internacional de Máscaras e Comediantes de Lisboa começa segunda-feira com um estágio sobre a máscara, mas para o público a abertura é quinta-feira quando o Teatro Regional da Serra de Montemuro levar a cena "Splash".
Segunda-feira, o mestre da máscara Mário Gonzalez dirige, até ao dia 22, um estágio de máscaras para profissionais no Museu da Marioneta, à Madragoa.
"Mário Gonzalez vem pela terceira vez a Portugal, ele é o mestre da máscara, único. Nele encontram-se as bases de toda a representação com máscara. Eu próprio devo ao Mário a minha iniciação neste universo e tenho seguido o seu sistema de formação nos meus cursos e na minha prática profissional", afirmou à Lusa o director do Festival, Filipe Crawford.
A novidade da edição deste ano é a animação de rua que acontecerá no Castelo de S. Jorge, onde está instalado o palco principal.
"A animação acontecerá às 17:00 e às 18:30, antes das sessões da noite, que começam às 22:00, no castelejo, servindo como um aperitivo", precisou Filipe Crawford.
A animação de rua estará a cargo do Gazua Teatro de Rua e do actor Sérgio Fernandes.
"Nesta etapa, o Festival estagna ou cresce", assinalou Crawford, justificando esta afirmação pelas "contingências orçamentais".
Esta sétima edição tem um orçamento de 50.000 euros, sendo 35.000 de apoios institucionais, designadamente da EGEAC (Empresa municipal de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural) e do Ministério da Cultura.
"Tem de se ver o que se pretende fazer", ponderou o director do Festival, acrescentando que "o público corresponde e mostra interesse, mas, para crescer, o Festival precisa de um orçamento maior".
O ano passado, lembrou, "apesar de uma ligeira quebra no número de espectadores - e daí ter-se condensado o Festival este ano em duas semanas - registaram-se cerca de 3.000 espectadores".
Quinta-feira, a companhia da Beira Alta apresentará "Splash", uma criação colectiva com encenação de Nuno Pino Custódio, direcção musical de Carlos Adolfo e interpretação de Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte e Neusa Fangueiro.
Sexta-feira é a vez de "Bucket" pelo Teatro da Palmilha Dentada e no sábado, também no castelejo e às 22:00, apresenta-se, pela primeira vez em Portugal, a companhia francesa Java Rebelle, com "Dom Juan Impunti", uma versão de "D. Juan" de Molière.
Domingo, dia 24, para o público infantil, apresenta-se às 17:00 a Companhia Elefante Elegante com a peça "Tristan cara de can" na Capela do Museu da Marioneta, no Convento das Bernardas, o outro palco deste Festival.
A segunda parte do Festival começa dia 28, no castelejo, com "Novecentos, o pianista do oceano", pelo Teatro Peripécia.
Esta peça, baseada num texto de Alessandro Baricco, foi escrita pelo grupo de Macedo de Cavaleiros e é interpretada por Sérgio Agostinho, Ángel Fragua, Luis Filipe Santos e Tiago Abrantes.
Dia 29 sobe ao palco do castelejo Filipe Crawford para interpretar "A história do tigre", de Dario Fo.
"A História do Tigre" estreou-se em Janeiro de 1991 quando Crawford ainda dirigia a Meia Preta. A peça surge em substituição da programada "Otario Doing", também das FC Produções.
"Um problema de saúde de um dos actores torna impossível a sua apresentação neste Festival", explicou Crawford.
Nesta peça, que ele próprio encena, Crawford utiliza uma máscara do Bali (Indonésia) de autor anónimo.
Sábado, dia 30, ainda no castelejo, a Academie Internationale Des Arts Du Spectacle apresenta "Scaramuccia", com encenação de Carlo Boso.
O Festival encerra dia 31 com um espectáculo de Daniela Altieri, "Maga mariposa", na Capela do Museu das Marionetas.
"A Daniela - disse Crwaford - é uma actriz italiana que fez um trabalho na Venezuela e apresenta uma proposta de fusão entre a commedia dell'arte e as máscaras venezuelanas. Aliás, esta peça tem por base um texto de uma escritora daquele país sul-americano".
NL.
Lusa/Fim
Lisboa, 15 Ago (Lusa) - O Festival Internacional de Máscaras e Comediantes de Lisboa começa segunda-feira com um estágio sobre a máscara, mas para o público a abertura é quinta-feira quando o Teatro Regional da Serra de Montemuro levar a cena "Splash".
Segunda-feira, o mestre da máscara Mário Gonzalez dirige, até ao dia 22, um estágio de máscaras para profissionais no Museu da Marioneta, à Madragoa.
"Mário Gonzalez vem pela terceira vez a Portugal, ele é o mestre da máscara, único. Nele encontram-se as bases de toda a representação com máscara. Eu próprio devo ao Mário a minha iniciação neste universo e tenho seguido o seu sistema de formação nos meus cursos e na minha prática profissional", afirmou à Lusa o director do Festival, Filipe Crawford.
A novidade da edição deste ano é a animação de rua que acontecerá no Castelo de S. Jorge, onde está instalado o palco principal.
"A animação acontecerá às 17:00 e às 18:30, antes das sessões da noite, que começam às 22:00, no castelejo, servindo como um aperitivo", precisou Filipe Crawford.
A animação de rua estará a cargo do Gazua Teatro de Rua e do actor Sérgio Fernandes.
"Nesta etapa, o Festival estagna ou cresce", assinalou Crawford, justificando esta afirmação pelas "contingências orçamentais".
Esta sétima edição tem um orçamento de 50.000 euros, sendo 35.000 de apoios institucionais, designadamente da EGEAC (Empresa municipal de Gestão dos Equipamentos e Animação Cultural) e do Ministério da Cultura.
"Tem de se ver o que se pretende fazer", ponderou o director do Festival, acrescentando que "o público corresponde e mostra interesse, mas, para crescer, o Festival precisa de um orçamento maior".
O ano passado, lembrou, "apesar de uma ligeira quebra no número de espectadores - e daí ter-se condensado o Festival este ano em duas semanas - registaram-se cerca de 3.000 espectadores".
Quinta-feira, a companhia da Beira Alta apresentará "Splash", uma criação colectiva com encenação de Nuno Pino Custódio, direcção musical de Carlos Adolfo e interpretação de Abel Duarte, Eduardo Correia, Paulo Duarte e Neusa Fangueiro.
Sexta-feira é a vez de "Bucket" pelo Teatro da Palmilha Dentada e no sábado, também no castelejo e às 22:00, apresenta-se, pela primeira vez em Portugal, a companhia francesa Java Rebelle, com "Dom Juan Impunti", uma versão de "D. Juan" de Molière.
Domingo, dia 24, para o público infantil, apresenta-se às 17:00 a Companhia Elefante Elegante com a peça "Tristan cara de can" na Capela do Museu da Marioneta, no Convento das Bernardas, o outro palco deste Festival.
A segunda parte do Festival começa dia 28, no castelejo, com "Novecentos, o pianista do oceano", pelo Teatro Peripécia.
Esta peça, baseada num texto de Alessandro Baricco, foi escrita pelo grupo de Macedo de Cavaleiros e é interpretada por Sérgio Agostinho, Ángel Fragua, Luis Filipe Santos e Tiago Abrantes.
Dia 29 sobe ao palco do castelejo Filipe Crawford para interpretar "A história do tigre", de Dario Fo.
"A História do Tigre" estreou-se em Janeiro de 1991 quando Crawford ainda dirigia a Meia Preta. A peça surge em substituição da programada "Otario Doing", também das FC Produções.
"Um problema de saúde de um dos actores torna impossível a sua apresentação neste Festival", explicou Crawford.
Nesta peça, que ele próprio encena, Crawford utiliza uma máscara do Bali (Indonésia) de autor anónimo.
Sábado, dia 30, ainda no castelejo, a Academie Internationale Des Arts Du Spectacle apresenta "Scaramuccia", com encenação de Carlo Boso.
O Festival encerra dia 31 com um espectáculo de Daniela Altieri, "Maga mariposa", na Capela do Museu das Marionetas.
"A Daniela - disse Crwaford - é uma actriz italiana que fez um trabalho na Venezuela e apresenta uma proposta de fusão entre a commedia dell'arte e as máscaras venezuelanas. Aliás, esta peça tem por base um texto de uma escritora daquele país sul-americano".
NL.
Lusa/Fim