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Tabuaço:Primeiro núcleo do Museu do Douro abre hoje portas

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Tabuaço:primeiro núcleo do Museu do Douro abre hoje portas

Lendas, tradições, cancioneiro e romanceiro são algumas das manifestações do imaginário tradicional dadas a conhecer a partir deste sábado, no primeiro dos onze núcleos do Museu do Douro a abrir portas, em Tabuaço.

Além do Museu do Imaginário Duriense (MIDU), a região contará também com os do Pão e do Vinho (Favaios), da Gastronomia (Lamego), do Caminho de Ferro (Barca de Alva), da Electricidade (Vila Real), da Amêndoa (Vila Nova de Foz Côa), do Arrais e da Cereja (Resende), do Vinho (São João da Pesqueira), da Seda (Freixo de Espada à Cinta), do Somagre (Vila Nova de Foz Côa) e de Barqueiros (Mesão Frio).

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Câmara de Tabuaço, José Pinto dos Santos, salientou «o número de contos e lendas que têm passado de geração em geração» na região do Douro, e sobretudo no seu concelho, que, «talvez devido à sua localização e geografia, é um repositório deste saber popular».

«O Douro tem muito material neste campo que necessita de ganhar forma e feitio nos tempos de hoje», frisou.

Dada a sua riqueza nesta área, Tabuaço foi o primeiro concelho do Douro a ser alvo de uma recolha de património imaterial, que o investigador Alexandre Parafita compilou numa obra.

Em Tabuaço, as paisagens revelam «extravagâncias» da natureza, com muitas grutas, algumas com formatos estranhos, e também uma capela no cimo de uma escarpa que ninguém consegue explicar como ali foi construída, ingredientes suficientes para criar um ambiente misterioso que dá origem a muitas lendas.

São estas lendas, de Tabuaço e da restante região do Douro, que o Museu do Imaginário Duriense quer dar a conhecer, passando-as às novas gerações.

«Queremos que sejam conhecidas da nossa população, sobretudo da população escolar», afirmou José Pinto dos Santos.

É precisamente com base numa lenda, da construção da calçada de Alpajares (ou do Diabo, como também é conhecida) situada em Freixo de Espada à Cinta, que surge a primeira exposição do MIDU.

Segundo José Pinto dos Santos, a exposição «Olhares sobre Alpajares» não será mostrada da forma habitual, «mas mais voltada para as tecnologias multimédia».

A exposição apresenta diferentes visões deste que é considerado um importante património da região duriense, captadas pelas objectivas dos fotógrafos Egídio Santos, João Paulo Sotto Mayor e Luís Ferreira Alves.

Ao mesmo tempo, será exibida uma versão cinematográfica da lenda da construção da Calçada, realizada por Luís Saraiva.

O autarca avançou que uma das lendas que de futuro também serão dadas a conhecer no MIDU é a «de uma princesa Moura que se teria apaixonado por um fidalgo cristão, tendo sido decapitada e lançada às águas do Távora pelo seu pai, um emir de Lamego».

«Muitas destas lendas vêm apenas do imaginário das pessoas, outras baseiam-se em documentos históricos», referiu.

A inauguração do Museu do Imaginário Duriense será presidida pela secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos.


Diário Digital / Lusa​
 
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