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In Memoriam
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As enormes dimensões do túnel espacial vão permitir o testes de naves e satélites inteiros. [Imagem: DLR]
Simulador do espaço
A agência espacial alemã (DLR) concluiu a construção do primeiro túnel espacial.
Enquanto os túneis de vento conseguem gerar as condições de voo atmosférico, o simulador espacial consegue gerar as condições do espaço - 236 metros cúbicos de puro espaço em laboratório.
O objetivo é testar a propulsão elétrica, mais conhecida pelos motores iônicos.
O enorme tubo - 12 metros de comprimento por cinco metros de diâmetro - é uma estrutura parecida com uma panela de pressão às avessas, onde fortes bombas atuam para criar um vácuo quase perfeito.
Refrigeradores reduzem a temperatura interior para até -268ºC, para reproduzir com fidelidade as condições do espaço.
Para evitar que as partículas emitidas pelos motores iônicos ricocheteiem e atrapalhem as simulações, as paredes ultra-frias do simulador farão com que elas congelem e fiquem presas. [Imagem: DLR]
Motores iônicos
Os motores iônicos são excelentes alternativas para a exploração do espaço profundo porque geram uma aceleração constante usando uma quantidade de combustível muito pequena.
Mas o empuxo gerado por esta tecnologia é muito fraco para ser testado com eficiência na atmosfera, o que gerou a necessidade da construção do túnel espacial.
Além disso, o feixe de íons que gera o empuxo do motor pode danificar partes da nave - sobretudo os painéis solares -, e esses efeitos precisam ser mensurados antes que a nave seja lançada.
Missões como a sonda lunar SMART-1 e a exploradora de asteroides Dawn já usam motores iônicos.
O simulador alemão agora permitirá que as sondas inteiras - assim como satélites artificiais - sejam testados em condições reais.
Os motores iônicos são também considerados uma das alternativas para controlar o lixo espacial: todos os satélites artificiais teriam um minúsculo motor desses, que seria acionado ao final de sua vida útil, provendo uma reentrada controlada e evitando os sustos recentes do satélite UARS e do telescópio ROSAT.
Inovação Tecnológica