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Notícias Suspeita de envenenar o namorado não foi presa ao depor por falta de 'amparo legal', diz delegado

Roter.Teufel

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Suspeita de envenenar o namorado não foi presa ao depor por falta de 'amparo legal', diz delegado

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Quando Júlia prestou depoimento o caso ainda estava no começo das investigações

Rio - Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, principal suspeita de matar Luiz Marcelo Antônio Ormond, e 44, envenenado com um "brigadeirão", prestou depoimento dois dias após o corpo do namorado ter sido encontrado. Na ocasião, o delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), que investiga o caso, explicou que ela não foi presa por falta de "amparo legal".
"O corpo foi encontrado no dia 20. Intimamos todas as possíveis testemunhas. Júlia somente foi ouvida dias depois. A situação flagrancial não estava caracterizada. Nesses casos, não é permitido ao delegado lavrar auto de prisão em flagrante. É preciso representar pela decretação da prisão perante o Poder Judiciário e isso foi feito naquele mesmo dia", detalha ao DIA.

Ainda conforme o delegado, na época em que Júlia prestou depoimento, as investigações ainda estavam no início. O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado dentro de seu apartamento, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio, em estado avançado de decomposição.

"A morte era suspeita e sua própria causa indeterminada. Foi apenas diante das contradições entre os fatos noticiados por Júlia e os demais elementos reunidos é que a ocorrência de morte intencionalmente provocada se tornou clara. Mas, não havia amparo legal para deter Júlia. Seria ilegal. Por isso, ela foi liberada, como manda a lei", esclarece.
As investigações apontam que Júlia é suspeita de ter posto 50 comprimidos dentro de um brigadeirão e oferecido ao empresário, que em seguida foi dopado com remédios controlados. Contra ela, há um mandado de prisão temporária por homicídio qualificado. A mulher já é considerada foragida.

"Diante desse cenário, tratei de representar pela prisão temporária de Júlia. Há um rito processual específico para tanto. O mandado de prisão temporária foi expedido dia 28. Daí, com o mandado em mãos, partimos imediatamente para todos os endereços dela, inclusive em outros municípios, mas ela não foi encontrada", diz.

Nesta segunda-feira (3), depoimentos de novas testemunhas estão marcados para acontecerem na 25ª DP (Engenho Novo). Um deles é o do gerente de uma farmácia que teria vendido uma caixa de um remédio controlado sem receita para Júlia.

Depoimento

Júlia Andrade Cathermol Pimenta prestou depoimento na polícia dois dias após o corpo da vítima ter sido encontrado. Na ocasião, ela afirmou que foi agredida pelo namorado no dia 18. Parentes e amigos do empresário contam ainda que ele efetuou um pagamento de R$ 2.600 para um agiota após a namorada afirmar que, devido a uma dívida, queriam matá-la.

Ainda conforme os relatos de Cathermol, na manhã do dia 18, ela acordou com a sala de estar repleta de bolsas. A suspeita disse que Luiz Marcelo havia pedido que ela colocasse tudo dentro do carro e levasse para um ponto na Comunidade da Maré. Ainda conforme o depoimento, obedeceu o empresário mas, ao sair com o veículo da garagem, teria 'batido com o retrovisor'. A acusada contou que entregou o carro a um homem 'alto, magro, bochecha meio caída, com cerca de 40 a 50 anos, moreno' em um ponto da comunidade.
Ela contou aos policiais que, ao chegar no apartamento, disse ao namorado que havia entregue o veículo mas que bateu com o retrovisor ao sair do prédio. Foi então que Júlia afirmou que Luiz Marcelo ficou bravo e desferiu um tapa em seu rosto. Ela disse que essa havia sido a primeira vez que o homem a agrediu. Horas mais tarde, ainda conforme os relatos, ele pediu desculpas pelo ocorrido.

Conta conjunta

Ainda de acordo com o depoimento da suspeita, o empresário teria aberto uma conta conjunta em nome dos dois. Imagens das câmeras de segurança mostram ela, no mesmo dia, indo pegar o cartão dessa conta com o porteiro do prédio. Em depoimento, ela disse que entregou esse cartão a Marcelo e, logo em seguida, foi embora.
Disse ainda que excluiu o empresário de todas as redes sociais e não teve mais contato com ele. Ainda conforme as informações obtidas pela polícia, a mulher chegou a abrir o cartão no elevador, deixando o prédio minutos depois. Na ocasião, o corpo do empresário já estava em decomposição.

O Dia
 
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