Sporting – «Era o que faltava que Godinho Lopes abandonasse» - Eduardo Barroso

[RSCSA]

Eduardo Barroso manifesta-se contra a eventual demissão de Godinho Lopes da presidência do Sporting. Quanto ao seu futuro como presidente da Mesa da Assembleia Geral, diz que será o primeiro a tomar a iniciativa de sair se com isso ajudar «a pacificar» o ambiente que se vive no clube.

«Era o faltava que [Godinho Lopes] abandonasse. Há também a responsabilidade de um sportinguista que tem de mostrar força e convicção», salienta Eduardo Barroso, em declarações ao programa Prolongamento da TVI.

«Se houver a mínima tentação por parte de algumas personalidades do Sporting de que o problema está no presidente da Mesa da Assembleia Geral, sairei pelo meu pé. Se eu achar que para pacificar e ajudar é melhor encontrar outro perfil de presidente, sairei com todo o gosto mas não empurrado. Não quero ser parte do problema», frisa.

«Fomos eleitos por outra lista e outro projeto, mas portámo-nos de maneira impecável neste ano e meio. Quando votaram em mim sabiam as minhas características, ninguém votou ao engano», reforça.

Eduardo Barroso espera que as saídas de Luís Duque e Carlos Freitas, comunicadas na noite desta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, representem «o começo da definição de uma nova estratégia desportiva para cortar com o desastre a que se está a assistir, e de um novo rumo para a salvação financeira do Sporting».

«Não é preciso fazer mais ajustes de contas. A estratégia desportiva, com responsáveis, falhou. Onde estão os 19 jogadores jovens internacionais que se compraram? Todos diziam que tínhamos um plantel como há muito não se via e mesmo assim falhámos. Algo não correu bem», constata, argumentando que «Godinho Lopes tem todas as condições [para continuar como presidente do Sporting] se apresentar com transparência um projeto baseado numa reestruturação financeira e desportiva». «É isso que os sócios querem», vinca.

Eduardo Barroso não se opõe «a uma redução drástica nas despesas da SAD» porque, revela, foi-lhe transmitido «que pode haver um problema de sustentabilidade económico-financeiro do Sporting».

O presidente da Mesa da Assembleia Geral entende, de resto, que o clube «não precisa de um orçamento» como o que está em vigor para garantir o acesso à próxima edição da Liga dos Campeões.