• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.
Portal Chamar Táxi

Solução | 1.º Problema Policiário - GForum : Singular

Status
Não está aberto para novas respostas.

billshcot

Banido
Entrou
Nov 10, 2010
Mensagens
16,632
Gostos Recebidos
158


NAQUELA NOITE DE TEMPORAL

1- O assassino de Jorge Neves foi Carlos Pinto.
2- Em primeiro lugar há que procurar se o assasino foi alguém da relações da vítima ou alguém estranho à casa, e que lá tivesse ido com a mira do roubo.

Para ser alguém de fora, teria de haver arrombamento de portas ou janelas, e o único indício que verificamos nesse sentido é a vidraça partida recentemente, e irregular, junto ao puxador que abria a porta-janela de deitava para a varanda.
Em face disto, não restaria qualquer dúvida de que o assassino teria de ser um estranho, só que, a fina alcatifa bem cuidada, não apresentava vidros partidos, o que logo nos garante que o vidro não foi partido de fora para dentro, e consequentemente, que aquela vidraça não fora partida por alguém entrar, logo, o assassino não foi ninguém estranho à casa.

Por outro lado, a não ser um estranho o assasino, a alcatifa apresentaria vestígios de chuva e possivelmente lama, uma vez que o crime se verificou quando já chovia, e não creio que um malfeitor tenha o cuidado de limpar os sapatos, quando entra numa casa para matar ou roubar.
E que dizer da vítima deixar que um estranho, que lhe parte um vidro para entrar, se aproxime de modo a desfechar-lhe um tiro à queima-roupa ? … Não tentaria tudo para o evitar, como por exemplo lutando ?... Creio que sim, e isso prova que o assassino era alguém conhecido da vítima, pois nada nos indica ter havido luta, bem pelo contrário.

Chegados a este ponto, temos de procurar o assassino entre as pessoas relacionadas com a vítima, assim temos :
Em relação aos criados, temos a veracidade das suas declarações através das confirmações de Carmelinda, ao dizer que o marido lhe foi abrir a porta, e se tal aconteceu é porque em casa não se encontravam os criados para o fazer, e Graciete, que diz que o Neves lhe chamou, um táxi em virtude de ter emprestado o carro dele aos criados e estar a chover .

Assim, para ser um criado o criminoso, teria de ter a conivência dos rstantes, o que seria muito arriscado.
Graciete, porque a sua visita ao Neves, foi anterior à de Carmelinda, e porque esta diz que o encontrou vivo, fica de imediato ilibada. Aliás, ela nada beneficiaria daquela morte, uma vez que em breve, logo após o divórcio, se tornaria a mulher do Neves.

Carmelinda, já que reivindicara publicamente as acções, já que a acção de divórcio, estava para breve a sua resolução, seria estupidez, assassinar o marido, pois que, após o divórcio transitado, haveria lugar à partilha, e então reclamaria parte do seu quinhão, as acções que pretendia, isto no caso da Relação sancionar o divórcio, pois em caso contrário ela continuaria a ser a legítima herdeira dos bens do casal.
O secretário Júlio Seixas não tem no seu texto, ponta por onde se pegue para o acusar.

Chegamos finalmente a Carlos Pinto, que se incrimina ao dizer que ás onze horas da noite, não viu qualquer luz, acontecendo que, quando os empregados chegaram, essa luz estava acesa, o que será dizer, que ela [ luz ] , nunca foi desligada, e como a sala da janela onde o João Neves foi assassinado, dava directamente para o caminho de acesso, por onde viera o Pinto, logo ele teria, forçosamente, de notar a luz acesa.

Por outro lado, o assunto que ele diz que motivou aquela visita, é descabido [ acertarem pormenores do depoimento que Pinto devia prestar ], uma vez que essa sessão teria lugar na Relação, onde já não têm lugar depoimentos, pois eles foram feitos na 1ª. Instância. Acrescento ainda, que na Relação é feita apenas análise documental do processado.

Pelo exposto, não resta qualquer dúvida ter sido Carlos Pinto, quem assassinou Jorge Neves, quem sabe se, por prtetender cobrar mais “algum”, além daquele que já tinha recebido quando do seu falso testemunho na 1ª. Instância.

Como Neves se teria recusado a esse pagamento, o Pinto não foi de cerimónias, saca da arma e mata o amigo com um tiro à queima-roupa. Depois foi a encenação, partir o vidro, para dar a aparência que quem entrou teve de o fazer ; violar o cofre, tirar as acções e as moedas de ouro, dando assim a entender que teria sido um vulgar ladrão ou quem sabe, se tentando incriminar a mulher da vítima uma vez que ela reivindicara as acções publicamente .
Disse eu, quando tentei justificar não ter sido alguém de fora, que se o tivesse sido, a alcatifa apresentaria vestígios de chuva e lama. Assim sendo, porque é que a referida alcatifa não apresentava esses vestígios, deixados pelo calçado de Carmelinda e de Pinto , se ambos estiveram na vivenda já depois de ter começado a chover ?

Muito simples, é que ambos teriam entrado pela porta principal [ a porta janela do salão onde a vítima foi encontrada, não era a entrada principal da casa ] , e como é lógico em pessoas normais, teriam limpo os sapatos no tapete da entrada da casa, logo quando estiveram no salão, o seu calçado já não deixou marcas.
 
Última edição:
Status
Não está aberto para novas respostas.
Topo