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Sociólogo considera que racismo em Itália é duplo e agravado com governo de Meloni
Leonardo Palmisano publicou um livro sobre a exploração sistémica e a segregação enfrentada pelos trabalhadores migrantes em Itália.
A Itália também enfrenta um problema grave a nível de racismo, que tem duas origens culturais e que tem sido de certa forma 'normalizado' pelo atual governo de direita e extrema-direita, considera o sociólogo Leonardo Palmisano.
Em entrevista à Lusa, numa altura em que o Reino Unido é agitado por protestos anti-imigrantes e motins violentos, o autor de "Italiapartheid", livro recém-publicado no qual denuncia a exploração sistémica e a segregação enfrentada pelos trabalhadores migrantes em Itália, aponta que a situação neste país é também alarmante, até porque o atual governo de coligação integra duas forças políticas, os Irmãos de Itália da primeira-ministra Giorgia Meloni e a Liga de Matteo Salvini, que herdaram diferentes formas de racismo que não renegaram.
"O racismo italiano é particular, pois tem duas origens culturais", diz Palmisano, apontando que "a primeira é fascista" e remete para as leis raciais promulgadas por Mussolini, enquanto "substância ideológica do fascismo", existindo ainda "o racismo setentrional, ou seja, contra o sul, que também já vem de longe e foi ideologicamente recuperado pela Liga Norte", fundada por Umberto Bossi, e que nos últimos anos se tornou na Liga de Salvini.
Correio da Manhã
Leonardo Palmisano publicou um livro sobre a exploração sistémica e a segregação enfrentada pelos trabalhadores migrantes em Itália.
A Itália também enfrenta um problema grave a nível de racismo, que tem duas origens culturais e que tem sido de certa forma 'normalizado' pelo atual governo de direita e extrema-direita, considera o sociólogo Leonardo Palmisano.
Em entrevista à Lusa, numa altura em que o Reino Unido é agitado por protestos anti-imigrantes e motins violentos, o autor de "Italiapartheid", livro recém-publicado no qual denuncia a exploração sistémica e a segregação enfrentada pelos trabalhadores migrantes em Itália, aponta que a situação neste país é também alarmante, até porque o atual governo de coligação integra duas forças políticas, os Irmãos de Itália da primeira-ministra Giorgia Meloni e a Liga de Matteo Salvini, que herdaram diferentes formas de racismo que não renegaram.
"O racismo italiano é particular, pois tem duas origens culturais", diz Palmisano, apontando que "a primeira é fascista" e remete para as leis raciais promulgadas por Mussolini, enquanto "substância ideológica do fascismo", existindo ainda "o racismo setentrional, ou seja, contra o sul, que também já vem de longe e foi ideologicamente recuperado pela Liga Norte", fundada por Umberto Bossi, e que nos últimos anos se tornou na Liga de Salvini.
Correio da Manhã