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Siega Verde é candidato a Património da Humanidade

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Siega Verde é candidato a Património da Humanidade

O Governo espanhol e a Junta de Castela e Leão candidataram as gravuras rupestres de Siega Verde a Património Cultural da Humanidade da UNESCO, como extensão do Vale do Côa.

Assim, considerando os dois espaços arqueológicos e criando uma região transnacional, poder-se-á formar a maior rota e centro mundial de arte paleolítica ao ar livre.

A proximidade do Vale do Côa com o sítio arqueológico de Siega Verde tem levado Alexandra Lima, directora do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC), e o arqueólogo António Martinho Baptista a várias deslocações a este sítio que possui um Centro de Interpretação e uma Aula Arqueológica.

«O Parque Arqueológico do Vale do Côa e os responsáveis do Património Histórico da Junta de Castela e Leão têm neste momento em curso uma série de projectos conjuntos visando a valorização e difusão de ambos os nossos patrimónios rupestres», afirma Alexandra Lima.

Os espanhóis apresentaram, recentemente a candidatura a Património Mundial, como uma extensão do Côa, porque estão muito interessados em ter actividades conjuntas com o vale português, revela a directora do parque.

António Martinho Baptista, arqueólogo do PAVC, salienta que Siega Verde, no Águeda, um afluente do Douro, é o mais importante e denso conjunto de arte paleolítica ao ar livre em Espanha e que, em alguns aspectos, pode ser considerado um prolongamento do Côa.

«O que justifica plenamente, que o governo espanhol e a Junta de Castela e Leão tenham em curso um pedido de classificação do sítio à UNESCO, como Património da Humanidade, extensão do Côa», refere o arqueólogo.

A Estação Rupestre de Siega Verde está situada nas margens do rio Águeda, a 15 km de Cidade Rodrigo, e as suas gravuras, representando bisontes, renas e cavalos, datam do Paleolítico Superior, entre 20 mil e 12 mil anos antes de Cristo.

Embora tutelado pela Junta de Castela e Leão, a gestão do Centro Rupestre de Siega Verde está entregue a uma entidade privada de Cidade Rodrigo, «porque actualmente uma estrutura desse género vive e sobrevive de uma dinâmica muito grande do ponto de vista cultural, com actividades educativas», justifica Alexandra Lima.

Em 1994, altura em que foram identificadas as gravuras de arte rupestre no Vale do Côa, «entendeu-se que só a figura de Parque Arqueológico, não contemplada ainda pela legislação portuguesa, poderia salvaguardar os preciosos achados numa extensão que já se compreendia relativamente grande», recorda Alexandra Lima.

«Em 1996, adquiridos os guias e os jipes, começou a funcionar o Parque com uma estrutura de visitação pública, este prosseguiu entretanto a sua intervenção, adaptando-se ele próprio à posterior criação de legislação».

Já em 1998, no dia 3 de Dezembro, é oficializada pela UNESCO a classificação da Arte Rupestre do Vale do Côa como Património Cultural da Humanidade, comemorando este ano uma década.

Durante este mês de Dezembro, o PAVC vai organizar um conjunto de actividades, que culminam no dia 15 de Janeiro com a inauguração da Exposição conjunta «De Foz Côa a Siega Verde», na sede do PAVC e em Siega Verde (Espanha).




Diário Digital / Lusa
 
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