• Olá Visitante, se gosta do forum e pretende contribuir com um donativo para auxiliar nos encargos financeiros inerentes ao alojamento desta plataforma, pode encontrar mais informações sobre os várias formas disponíveis para o fazer no seguinte tópico: leia mais... O seu contributo é importante! Obrigado.

Sidney condena caça nipónica de cetáceos que já matou 551 baleias esta temporada

Satpa

GF Ouro
Membro Inactivo
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
9,473
Gostos Recebidos
1
Baleias: Sidney condena caça nipónica de cetáceos que já matou 551 baleias esta temporada

Sidney, 15 Abr (Lusa) - O Governo da Austrália condenou hoje oficialmente a morte de 551 baleias caçadas por baleeiro japoneses na Antárctica e afirmou que continuará com os seus esforços para impedir a caça ilegal de cetáceos praticada pelo Japão.

Os ministros australianos dos Negócios Estrangeiros, Stephen Smith, e do Ambiente, Peter Garrett, declararam hoje num comunicado que a visão da Austrália continua a ser que "não há nenhuma justificação científica para a caça de baleias", como alega o Japão.

Na nota oficial, os ministros acrescentam que "o objectivo do Governo [australiano] é o de acabar com a caça às baleias por baleeiros japoneses no Oceano Antárctico".

Os governantes sublinham que, para conseguir a proibição, manterão conversas bilaterais com o Japão e colocarão em discussão novamente o assunto na reunião da Comissão Baleeira Internacional (CBI), em Junho próximo.

A 15 de Janeiro um juiz do Tribunal Federal da Austrália declarou ilegal a caça de baleias na reserva marítima australiana na Antárctica, abrindo um precedente que impedirá empresas baleeiras japonesas de continuar aquela prática na região.

Além de várias organizações internacionais ambientalistas, como a Greenpeace, a Austrália - um dos maiores críticos à caça de baleias - encontra-se a vigiar a frota pesqueira nipónica através de meios marítimos e aéreos, registando todas as ocorrências, bem como o número e as espécies de baleias capturadas.

Por causa da intervenção da Austrália, o Japão viu-se obrigado a suspender a caça de 50 baleias corcundas, que inicialmente tinha autorizado para este ano.

A Comissão Baleeira Internacional pediu em Junho passado ao Japão que suspendesse esse programa, após uma resolução não vinculativa patrocinada pela Austrália. Porém, o Japão continua com o seu alegado "programa científico", que lhe permite capturar quase mil cetáceos por ano e que tem causado muita polémica a nível internacional.

A CBI ratificou a moratória em vigor desde 1986 que proíbe a caça de baleias com fins comerciais, apesar das pressões japonesas para que seja levantado o veto para as capturas em pequena escala.

A Noruega é o único país do mundo que permite a caça comercial de cetáceos, mas o Japão e a Islândia caçam mais de 2.000 baleias por ano com fins "científicos", o que, segundo os grupos ecologistas, é uma forma encoberta de efectuar capturas comerciais.

Portugal também já foi um país dedicado à caça à baleia, principalmente nos Açores, mas acabou por suspender essa actividade e hoje é um dos defensores da proibição a nível internacional.

SK.

Lusa/Fim
 
Topo