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- Jun 7, 2009
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Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal vai promover em Coimbra uma Ceia de Reis às escuras, com chás biológicos acompanhados de bolo-rei e música, para “despertar todos os sentidos” e sensibilizar quem vê para os problemas que enfrentam os cegos
Imagine o que é ouvir música saboreando uma fatia de bolo-rei com uma xícara de chá mas num ambiente completamente às escuras. É este o desafio lançado pela delegação de Coimbra da ACAPO aos participantes na Ceia de Reis, que se realiza no Pavilhão Centro Portugal e cuja entrada custa dez euros.
A iniciativa, a 6 de Janeiro, fecha o ciclo “Uma questão de Visão”, que decorreu em Coimbra e inclui uma série de acções de sensibilização para a problemática da deficiência visual.
O objectivo desta Ceia de Reis é levar quem vê a exercitar e descobrir o valor de todos os seus outros sentidos. “As pessoas pensam que não conseguem fazer as coisas sem ver, mas na realidade fazem imensas no seu dia-a-dia sem precisar de ver e de forma inconsciente”, disse à Lusa José Mário Albino, psicólogo na ACAPO. Fechar um envelope ou imaginar o estado de espírito de quem está do outro lado do telefone são rotinas que não requerem a visão, referiu. Outra das mensagens que a ACAPO pretende incutir nos participantes é que “embora a visão seja solicitada em várias tarefas, a ausência dela não impede que sejam efectuadas de forma natural”. “Mais do que identificar dificuldades, [o objectivo] é reconhecer as potencialidades que existem quando a visão não está activada”, afirmou, sublinhando que a prova de chás poderá “levar a outros sentidos, como a orientação, o equilíbrio, a audição”. José Mário Albino considera que as dificuldades das pessoas cegas são proporcionadas pelo meio envolvente: “O cego tem dificuldades quando está em interacção com um ambiente organizado de forma agressiva, não acolhedora”. O psicólogo alerta por isso para a importância de ser criado um “espírito de abertura para as diferenças, em que cada um pode ser um factor facilitador”.
Fonte: Açoriano Oriental
Imagine o que é ouvir música saboreando uma fatia de bolo-rei com uma xícara de chá mas num ambiente completamente às escuras. É este o desafio lançado pela delegação de Coimbra da ACAPO aos participantes na Ceia de Reis, que se realiza no Pavilhão Centro Portugal e cuja entrada custa dez euros.
A iniciativa, a 6 de Janeiro, fecha o ciclo “Uma questão de Visão”, que decorreu em Coimbra e inclui uma série de acções de sensibilização para a problemática da deficiência visual.
O objectivo desta Ceia de Reis é levar quem vê a exercitar e descobrir o valor de todos os seus outros sentidos. “As pessoas pensam que não conseguem fazer as coisas sem ver, mas na realidade fazem imensas no seu dia-a-dia sem precisar de ver e de forma inconsciente”, disse à Lusa José Mário Albino, psicólogo na ACAPO. Fechar um envelope ou imaginar o estado de espírito de quem está do outro lado do telefone são rotinas que não requerem a visão, referiu. Outra das mensagens que a ACAPO pretende incutir nos participantes é que “embora a visão seja solicitada em várias tarefas, a ausência dela não impede que sejam efectuadas de forma natural”. “Mais do que identificar dificuldades, [o objectivo] é reconhecer as potencialidades que existem quando a visão não está activada”, afirmou, sublinhando que a prova de chás poderá “levar a outros sentidos, como a orientação, o equilíbrio, a audição”. José Mário Albino considera que as dificuldades das pessoas cegas são proporcionadas pelo meio envolvente: “O cego tem dificuldades quando está em interacção com um ambiente organizado de forma agressiva, não acolhedora”. O psicólogo alerta por isso para a importância de ser criado um “espírito de abertura para as diferenças, em que cada um pode ser um factor facilitador”.
Fonte: Açoriano Oriental