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O caso Rushdie
No princípio de 1989, o ayatollah Khomeiny, chefe espiritual da Revolução Islâmica no Irão desde há dez anos, condena à morte o escritor inglês Salman Rushdie, de origem indiana, por ter blafesmado - no seu romance Versículos Satânicos- contra Maomé, ao escrever que o profeta teria tido relações homossexuais e encorajando o a prostituição.
Sem se preocupar com as relações hostis da comunidade internacional, o chefe da Revolução Iraniana põe a cabeça de Rushdie a prémio, prometendo uma choruda recompensa a quem abater o escritor.
O mundo muçulmano entra em ebulição. Em Teerão e em Beirute, desfilam crianças com cartazes que proclamam :" Estamos prontos a matar Rushdie ".
Em Bradford, a cidade inglesa onde vive o escritor, muçulmanos queimam os seus livros na praça pública.
No Paquistão, são abatidas várias pessoas durante uma manifestação anti-Rushdie.
Em França e noutros países da Europa, os editores do livro recebem ameaças de morte.
O governo de Margaret Thatcher exige que os Iranianos retirem as suas ameaças.
Teerão replica decretando o corte de relações diplomáticas com a Inglaterra.
De então para cá, Salman Rushdie tem vivido escondido, enquanto vários escritores ocidentais, num gesto de solidariedade, leram extractos dos Versículos Satânicos em público.
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