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Ruínas romanas de Miróbriga vão passar a Monumento Nacional

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Ruínas romanas de Miróbriga vão passar a Monumento Nacional

As ruínas romanas de Miróbriga (Santiago do Cacém) vão ser classificadas como Monumento Nacional no âmbito de um processo de reavaliação dos monumentos do Alentejo, revelou hoje o director regional da Cultura, José do Nascimento.

O processo de reclassificação de Miróbriga vai ter início em breve, podendo, no entanto, a decisão «demorar algum tempo», explicou à agência Lusa o responsável da Direcção Regional da Cultura do Alentejo (DRCALEN), à margem de uma reunião que decorreu hoje em Santiago do Cacém.

Classificadas, desde 1940, como Imóvel de Interesse Público, as ruínas romanas de Miróbriga serão o primeiro sítio arqueológico alentejano reclassificado.

O estatuto de Monumento Nacional vai ser alcançado no âmbito da reavaliação a fazer aos 40 monumentos sob gestão da DRCALEN, que se prevê seja iniciada «em breve».

«São classificações, na maior parte dos casos, feitas há várias décadas e que não obedecem a critérios científicos», justificou José do Nascimento.

Outro monumento que poderá vir a ser reclassificado é o Cromeleque dos Almendres, Imóvel de Interesse Público localizado no concelho de Évora, exemplificou o director regional, ressalvando que a decisão ainda não está tomada. No caso de Miróbriga, José do Nascimento salientou que a reclassificação é uma medida «clara» para a DRCALEN, visando dar «uma maior importância ao sítio arqueológico».

«É um monumento que merece essa reclassificação, sem qualquer dúvida», frisou.

Ainda relativamente a estas ruínas romanas, está em curso uma negociação entre a DRCALEN, o município de Santiago do Cacém e a Liga dos Amigos de Miróbriga no sentido de estabelecer um protocolo de parceria para a gestão conjunta do sítio arqueológico. Para o efeito, têm-se realizado diversos encontros e reuniões, a mais recente das quais hoje naquela cidade do Litoral Alentejano.

O director regional referiu ainda à Lusa que a DRCALEN está a instalar gabinetes de Actividades Sócio-Educativas, Associativismo e Voluntariado em todos os monumentos da região. «Trata-se de gabinetes criados para desenvolver um trabalho de animação sócio-cultural com as autarquias e as escolas, estimulando o voluntariado e associativismo», esclareceu.

Miróbriga terá sido habitada, pelo menos, desde a Idade do Ferro, partilhando as características das cidades provinciais romanas. As ruínas são compostas por um fórum com um templo dedicado ao culto imperial e um outro possivelmente dedicado a Vénus, além de uma zona comercial («tabernae»), uma hospedaria e termas, com zonas de banhos frios e quentes. O aglomerado urbano é atravessado por calçadas de xisto, que uniam os vários núcleos, além de uma ponte.

A cerca de um quilómetro do sítio arqueológico, encontram-se as ruínas de um hipódromo, destinado a corridas de carros puxados por dois ou quatro cavalos. O sítio possui um Centro de Acolhimento e Interpretação, onde está patente uma exposição permanente sobre o local.


Diário Digital / Lusa
 
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