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Rodrigo: um cantador de histórias

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Rodrigo cantou pela primeira vez um fado aos 20 anos. Nunca mais esqueceu a experiência que tomaria conta do resto da sua vida. Amanhã, pelas 21.30 horas, o fadista assinala, no Teatro São Luiz, em Lisboa, os 50 anos de carreira.


"A partir daquele momento em que cantei o fado pela primeira vez este tomou conta da minha vida", recorda. Ele, que nem era muito amante do género, e que na época integrava um conjunto mais vocacionado para os rtimos latino-americanos, viu-se de repente completamente absorvido pelo som das guitarras. "Lembro-me que cantei "Biografia do fado", o único tema que sabia de cor. O momento foi mágico para mim, era quase um reflexo da minha alma". E assim tem sido ao longo dos últimos 50 anos.

Rodrigo, sinónimo de tradição e de popularidade, celebra as bodas de ouro artísticas com um novo disco intencionalmente intitulado "Cantador de histórias". Porque para ele, fado é sobretudo a letra e a letra tem de contar uma história.

"O título do disco é para nãodeixar dúvidas a ninguém. Há aqueles que pensam que sempre cantei os poemas mais populares. Não. Cantei histórias. Acho que o fado não é mais do que isso, uma forma de contar uma história, enfeitada com música da guitarra. Não foi por acaso que, durante estes 50 anos, cantei o que cantei, gravei o que gravei. Foi opção e, hoje, estou contente, porque o que queria ser, sou. Cantador de histórias. E fadista claro".

Amanhã, pelas 21.30 horas, Rodrigo regressa mais uma vez ao palco do Teatro São Luiz, em Lisboa, para um concerto comemorativo dos 50 anos de carreira e que surge integrado na Candidatura do Fado a Património Imaterial da Humanidade.
O espectáculo servirá de pretexto para uma viagem pelo reportório mais conhecido do fadista mesclada com temas do novo disco. E, a acompanhá-lo em palco, terá como convidados Argentina Santos, Carminho e Ricardo Ribeiro.

"Nunca pensei fazer uma carreira de fado. Mesmo quando, no início do percurso, como amador, alguém foi ter comigo a propor-me que gravasse um disco, não levei o caso muito a sério. Perante a insistência lá acedi. E foi assim que me estreei com o EP "A última tourada real em Salvaterra". Gravei quatro temas, mas, aquilo, não era reportório, nem nada. Mesmo assim, o disco foi um sucesso na rádio. Depois deste gravei mais dois, sem contudo nunca deixar os empregos que tinha. Até que um dia recebi um convite do Casino da Figueira da Foz para ir lá cantar. Esse foi o meu primeiro grande espectáculo. No final, fui chamado 11 vezes ao palco. Foi então, no regresso a casa, que pensei em mudar de vida e dedicar-me exclusivamente ao fado. Portanto, decidi ser fadista e as coisas aconteceram".

JN
 
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