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Retrospectiva de Juan Muñoz em Serralves

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Exposição reúne 85 obras enigmáticas do escultor espanhol

Retrospectiva de Juan Muñoz em Serralves

Uma retrospectiva da obra do escultor espanhol Juan Muñoz é hoje inaugurada no Museu de Arte Contemporânea de Serralves.





O Museu de Arte Contemporânea de Serralves inaugura hoje a exposição retrospectiva sobre Juan Munõz, que reúne 85 obras, a maioria das quais esculturas, e estará patente até 18 de Janeiro.
A primeira grande exposição do escultor espanhol em Portugal é co-produzida pela Tate Modern e a Sociedad Estatal para la Acción Cultural Exterior de España – SEACEX, em associação com o MACS, e chega ao Porto depois de passar pela Tate Modern, em Londres, e pelo Museu Guggenheim, em Bilbao.
Juan Muñoz, que nasceu em Madrid em 1953, faleceu prematuramente, em Agosto de 2001, de ataque cardíaco. Na década de 70 viajou para Inglaterra para estudar no Croydon College e na Central School of Art and Design. Em 1982 viajou para os Estados Unidos prosseguindo os estudos no Pratt Centre de Nova Iorque.
Muñoz teve a sua primeira exposição em 1984 na galeria Fernando Vijande, de Madrid e, desde então expôs os seus trabalhos frequentemente na Europa e em outras partes do Mundo. Na altura da sua morte súbita, aos 48 anos, a sua obra «Double Bind» estava em exposição na Tate Modern, em Londres.
O director do Museu de Serralves, João Fernandes, frisou a ligação de Juan Muñoz ao Porto, onde criou algumas das suas últimas obras, nomeadamente a escultura que concebeu especificamente para o Jardim da Cordoaria.
'Foi no Porto que Juan Muñoz seguiu os primeiros passos deste museu, numa relação da amizade que jamais lhe suspendeu o juízo crítico afiado', disse João Fernandes, recordando ainda que o escultor era também profundo conhecedor da arte portuguesa.
'Ficou muito impressionado ao conhecer aqui neste museu a obra de Fernando Lanhas, que, apesar do seu profundo conhecimento da arte portuguesa, desconhecia', disse o director do Museu de Serralves.
Muñoz é conhecido mundialmente pelas suas enigmáticas instalações escultóricas, dominadas por estranhas e inquietantes figuras antropomórficas.
João Fernandes sublinhou que 'a teatralidade é intrínseca à obra de Juan Muñoz', que nos seus trabalhos situa a figura humana no quadro de cenários elaborados e complexos, nos quais a figura antropomórfica é colocada de forma a sugerir ao espectador que um drama se desenvolve no seu interior e/ou no seu entorno.
'Juan Muñoz faz parte de uma geração de artistas europeus dos últimos vinte anos, cuja obra alargou consideravelmente a linguagem da escultura. Recuperou a figura humana numa altura em que ela era praticamente uma questão tabu no panorama da escultura moderna', sublinhou.
A exposição em Serralves inclui obras chave de todos os aspectos do trabalho de Juan Muñoz, incluindo as bem conhecidas esculturas e instalações, mas também esculturas com som e os esboços dos desenhos Raincoat, entre outras séries.
'Esta mostra revela como a obra de Muñoz enquanto escultor é extraordinariamente inovadora e abrangente, criando, das varandas em ferro forjado ou dos corrimãos que por vezes escondem lâminas ou navalhas, formas inteiramente novas de ver e pensar', disse. Para a inglesa Sheena Wagstaff, comissária da exposição, Munõz era 'um escultor dotado de uma curiosidade intelectual sagaz um humor penetrante e um espírito aberto e perspicaz que o definem como um humanista moderno', cuja obra se apresenta 'como um labirinto, um jardim borgesiano com caminhos bifurcados, ao longo dos quais nos bifurcamos',
A Fundação EDP patrocina esta mostra no âmbito de um protocolo de mecenato assinado em Maio último com a Fundação de Serralves. Este documento determina que a Fundação EDP será mecenas exclusivo de uma importante exposição anual a realizar no Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

Juan Muñoz. «Many Times», de 1999, é uma das obras mais emblemáticas do escultor espanhol

D.R.



Fonte: o primeiro de janeiro
 
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