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- Set 24, 2006
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Por mais que a gravidez seja encarada como uma etapa normal, todas as mulheres são assaltadas por dúvidas. E todas queremos saber sempre mais sobre o significado de certos sintomas, sinais e riscos que surgem ao longo dos nove meses.
A gravidez é o momento de todas as alegrias e expectativas, mas também de muitas dúvidas e interrogações. As referências seguras do mundo que conhecemos são, momentaneamente, postas de lado, enquanto procuramos outras, totalmente novas. Atentas a todos os sinais, sentimentos, sensações e «filmes» imaginários em que nos projectamos, com o bebé que vai chegar, começamos então a fazer perguntas e a procurar respostas onde elas se encontrem. Das mais simples, às mais complexas, das mais ingénuas às mais inquietantes. A verdade é que é sempre tempo de aprender, mesmo sobre um tema que é mais velho que o mundo.
Quando chega o Verão, apetece-me passar os dias inteiros na praia. Estando grávida, que riscos corre o meu bebé com uma exposição tão prolongada?
As grávidas podem ir à praia, mas devem ter cuidados com as horas mais violentas de sol. Podemos aconselhar a futura mãe a comportar-se como se ela própria fosse um bebé. Ou seja, sugerimos que aproveite as primeiras horas da manhã, até às onze, e depois as do fim da tarde, ou seja, tudo aquilo que deveríamos, todos nós, fazer. E nunca se exponha directamente ao sol, sendo obrigatório o uso constante do protector solar. Com este tipo de conduta, pode-se ir à praia sem problema nenhum durante toda a gravidez. E saboreá-la inclui também o enorme prazer dos banhos de mar, desde que a grávida nade em águas calmas, claro.
A água de mar pode ser considerada um bom desinfectante?
Na verdade, hoje nem sempre é assim. Se formos para praias poluídas, corremos o risco de apanhar infecções na água do mar. Mas realmente desaconselhados são os banhos em lagos e lagoas, em que há riscos acrescidos de poluição. E a futura mãe também não deve tomar banho em águas muito geladas, o que a pode prejudicar em termos de circulação.
E nas piscinas? Há quem as considere perigosas por poderem ser focos de infecções, por serem excessivamente frequentadas.
Sob esse ponto de vista, as piscinas podem ser perigosas para todos nós, e não exclusivamente para as grávidas, que não estão mais sujeitas às infecções do que as outras pessoas. Frequentar a piscina, quando se está à espera de bebé, não faz mal. Afinal, não há contacto entre a água e o útero.
A incontinência urinária na gravidez pode tornar-se crónica?
A incontinência urinária deve-se ao facto de ter havido uma pressão grande sobre a bexiga, durante os meses de gestação, e também a um certo tipo de hormonas, próprias da gravidez, que condicionam os esfíncteres. Logo a seguir ao parto, estas ainda estão em circulação, o que induz a um certo relaxamento do esfíncter, mas com o tempo vão desaparecendo e a situação normaliza-se nas primeiras semanas. É uma situação frequente, o que não quer dizer que fique para o resto da vida.
Até à gravidez, nunca sofri de hemorróidas. Que devo fazer para as aliviar?
Nem todas as grávidas sofrem de hemorróidas, mas é frequente surgirem na altura da gestação, normalmente a partir do segundo trimestre, entre a 20ª e a 24ª semana. Muitas vezes são agravadas pelo peso da gravidez, e com o esforço da obstipação pioram ainda mais. Voltam a aumentar um pouco mais com o esforço do parto, e o pior é que nem sempre são completamente reversíveis. Se nalgumas mulheres acabam por passar, noutras, o plexo hemorroidário fica sempre um pouco aumentado. Há alguns fármacos sistémicos adjuvantes que favorecem a circulação e portanto diminuem o edema dessa varizes, por vezes associadas à gravidez.
Como se pode distinguir o líquido amniótico da urina?
O líquido amniótico é incolor e inodoro, a urina tem cor amarelada e tem cheiro próprio. Na dúvida, a grávida deve sempre dirigir-se a um serviço de urgência onde está um médico ou uma enfermeira obstetra, que a observarão e dirão se estão perante líquido amniótico ou não. Não deve ficar em casa è espera do que vai acontecer, porque está a correr um risco de infecção intra-uterina, caso se confirme a ruptura.
Que perigo representa para o bebé que vai nascer uma infecção vaginal da mãe?
Depende do tipo de infecção. Há vaginites a fungos, como a cândida, por exemplo, que não apresentam riscos de infecção uterina, mas podem ser desagradáveis pelos sintomas que apresentam. Mas é preciso ter atenção ao facto de que, qualquer infecção a nível sistémico, seja vaginal, urinária, ou até dentária, pode desencadear contracções fora da altura do trabalho de parto, o que não é desejável. Acontece que as infecções libertam um determinado tipo de substâncias que têm influência sobre o músculo uterino, e portanto urge serem avaliadas e tratadas pelo médico obstetra. Por outro lado, também é importante ter em conta que as infecções com tricomonas, streptococcus, e gardnarella, por exemplo, implicam riscos diferentes. O risco do strepcoccocus, em particular, só ocorre quando o bebé nasce. Não se deve tratar até ao momento do parto. E a razão é a seguinte: o streptococcus é um habitante que infesta o intestino, e que, de seguida, faz infestações na vagina. Se o tratarmos, ele pode voltar a fazer infestação, cinco ou seis semanas depois. Ora, os tratamentos repetidos provocam resistência ao antibiótico. Caso isto aconteça, ao passar pelo canal de parto, o recém-nascido infecta-se, e aí, o risco é grave, podendo desencadear infecções neo-natais susceptíveis de o levar à morte. Portanto, o streptococcus deve ser tratado com antibiótico próprio, mal a grávida entre em trabalho de parto, e não antes, para não criar resistências. Finalmente, em termos de prevenção geral, se houver queixas da grávida como corrimento, prurido, e ardor, deve ser feita uma análise bacteriológica do exsudado vaginal. Não havendo sintomas nem queixas, essa análise é efectuada no início da gravidez, e depois perto do seu final, ou seja, entre a 35º e a 36ª semana.
A gravidez é o momento de todas as alegrias e expectativas, mas também de muitas dúvidas e interrogações. As referências seguras do mundo que conhecemos são, momentaneamente, postas de lado, enquanto procuramos outras, totalmente novas. Atentas a todos os sinais, sentimentos, sensações e «filmes» imaginários em que nos projectamos, com o bebé que vai chegar, começamos então a fazer perguntas e a procurar respostas onde elas se encontrem. Das mais simples, às mais complexas, das mais ingénuas às mais inquietantes. A verdade é que é sempre tempo de aprender, mesmo sobre um tema que é mais velho que o mundo.
Quando chega o Verão, apetece-me passar os dias inteiros na praia. Estando grávida, que riscos corre o meu bebé com uma exposição tão prolongada?
As grávidas podem ir à praia, mas devem ter cuidados com as horas mais violentas de sol. Podemos aconselhar a futura mãe a comportar-se como se ela própria fosse um bebé. Ou seja, sugerimos que aproveite as primeiras horas da manhã, até às onze, e depois as do fim da tarde, ou seja, tudo aquilo que deveríamos, todos nós, fazer. E nunca se exponha directamente ao sol, sendo obrigatório o uso constante do protector solar. Com este tipo de conduta, pode-se ir à praia sem problema nenhum durante toda a gravidez. E saboreá-la inclui também o enorme prazer dos banhos de mar, desde que a grávida nade em águas calmas, claro.
A água de mar pode ser considerada um bom desinfectante?
Na verdade, hoje nem sempre é assim. Se formos para praias poluídas, corremos o risco de apanhar infecções na água do mar. Mas realmente desaconselhados são os banhos em lagos e lagoas, em que há riscos acrescidos de poluição. E a futura mãe também não deve tomar banho em águas muito geladas, o que a pode prejudicar em termos de circulação.
E nas piscinas? Há quem as considere perigosas por poderem ser focos de infecções, por serem excessivamente frequentadas.
Sob esse ponto de vista, as piscinas podem ser perigosas para todos nós, e não exclusivamente para as grávidas, que não estão mais sujeitas às infecções do que as outras pessoas. Frequentar a piscina, quando se está à espera de bebé, não faz mal. Afinal, não há contacto entre a água e o útero.
A incontinência urinária na gravidez pode tornar-se crónica?
A incontinência urinária deve-se ao facto de ter havido uma pressão grande sobre a bexiga, durante os meses de gestação, e também a um certo tipo de hormonas, próprias da gravidez, que condicionam os esfíncteres. Logo a seguir ao parto, estas ainda estão em circulação, o que induz a um certo relaxamento do esfíncter, mas com o tempo vão desaparecendo e a situação normaliza-se nas primeiras semanas. É uma situação frequente, o que não quer dizer que fique para o resto da vida.
Até à gravidez, nunca sofri de hemorróidas. Que devo fazer para as aliviar?
Nem todas as grávidas sofrem de hemorróidas, mas é frequente surgirem na altura da gestação, normalmente a partir do segundo trimestre, entre a 20ª e a 24ª semana. Muitas vezes são agravadas pelo peso da gravidez, e com o esforço da obstipação pioram ainda mais. Voltam a aumentar um pouco mais com o esforço do parto, e o pior é que nem sempre são completamente reversíveis. Se nalgumas mulheres acabam por passar, noutras, o plexo hemorroidário fica sempre um pouco aumentado. Há alguns fármacos sistémicos adjuvantes que favorecem a circulação e portanto diminuem o edema dessa varizes, por vezes associadas à gravidez.
Como se pode distinguir o líquido amniótico da urina?
O líquido amniótico é incolor e inodoro, a urina tem cor amarelada e tem cheiro próprio. Na dúvida, a grávida deve sempre dirigir-se a um serviço de urgência onde está um médico ou uma enfermeira obstetra, que a observarão e dirão se estão perante líquido amniótico ou não. Não deve ficar em casa è espera do que vai acontecer, porque está a correr um risco de infecção intra-uterina, caso se confirme a ruptura.
Que perigo representa para o bebé que vai nascer uma infecção vaginal da mãe?
Depende do tipo de infecção. Há vaginites a fungos, como a cândida, por exemplo, que não apresentam riscos de infecção uterina, mas podem ser desagradáveis pelos sintomas que apresentam. Mas é preciso ter atenção ao facto de que, qualquer infecção a nível sistémico, seja vaginal, urinária, ou até dentária, pode desencadear contracções fora da altura do trabalho de parto, o que não é desejável. Acontece que as infecções libertam um determinado tipo de substâncias que têm influência sobre o músculo uterino, e portanto urge serem avaliadas e tratadas pelo médico obstetra. Por outro lado, também é importante ter em conta que as infecções com tricomonas, streptococcus, e gardnarella, por exemplo, implicam riscos diferentes. O risco do strepcoccocus, em particular, só ocorre quando o bebé nasce. Não se deve tratar até ao momento do parto. E a razão é a seguinte: o streptococcus é um habitante que infesta o intestino, e que, de seguida, faz infestações na vagina. Se o tratarmos, ele pode voltar a fazer infestação, cinco ou seis semanas depois. Ora, os tratamentos repetidos provocam resistência ao antibiótico. Caso isto aconteça, ao passar pelo canal de parto, o recém-nascido infecta-se, e aí, o risco é grave, podendo desencadear infecções neo-natais susceptíveis de o levar à morte. Portanto, o streptococcus deve ser tratado com antibiótico próprio, mal a grávida entre em trabalho de parto, e não antes, para não criar resistências. Finalmente, em termos de prevenção geral, se houver queixas da grávida como corrimento, prurido, e ardor, deve ser feita uma análise bacteriológica do exsudado vaginal. Não havendo sintomas nem queixas, essa análise é efectuada no início da gravidez, e depois perto do seu final, ou seja, entre a 35º e a 36ª semana.