Viana do Castelo
O distrito do Alto Minho, de características fortemente rurais, mas com uma grande ligação ao mar e aos dois rios mais importantes: o Lima e o Minho. Por isso aqui se encontram bons produtos regionais, como o presunto de Castro Laboreiro e do Soajo, o chouriço de cebola de Ponte de Lima, o chouriço de arroz de Caminha, o pão de mistura e a broa de milho.
Mas também o mar e os rios contribuem com géneros que fazem parte da gastronomia tradicional: o peixe fresco - robalo, sargo, goraz, linguado e pescada, mais a bela sardinha. E os mariscos deste mar batido de águas frias: percebas, amêijoas, búzios, mexilhões, santiaguinhos, navalheiras, camarão da pedra, sapateiras e santolas, lagosta e lavagante.
Dos rios vem a truta, a solha, o salmão (já uma raridade), o sável e a lampreia (na sua época). O sável frito com açorda, o arroz de debulho, feito com a cabeça do sável e as suas ovas, a lampreia à bordaleza e o arroz de lampreia são do melhor que se pode provar. As solhas do rio Minho são famosas, com arroz de tomate ou de ervilhas e até têm direito a festa popular, lá para Setembro. O bacalhau é dos pratos mais importantes em todo o Minho: assado na brasa, assado no forno, frito com cebolada e batatas às rodelas - este o mais popular - frito com broa ou à Margarida da Praça. Nas sopas, o caldo verde é rei e senhor.
Das cercanias dos montes vem a carne barrosã, tenra e saborosa, assada no forno, estufada ou grelhada na brasa, e os cabritos da serra de Arga de boa assadura no forno, numa terra onde a carne de porco reina, desde as papas de sarrabulho, os rojões e o arroz de sarrabulho, até às costelinhas e à perna assada. O galo e a galinha do campo são muito populares, e não há mesa que se preze por onde não passe uma bela galinha de cabidela ou um galo assado no forno.
Na doçaria o leite creme, a aletria, o pão de ló e as cavacas, além de alguns doces conventuais. Terras de vinho verde, o Alvarinho, de Monção e Melgaço, é rei incon-testado.