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Mais de 100 explosões com latas de refrigerante foram registados no mês de junho em voos da Southwest Airlines... mas porquê? De acordo com a CNN Internacional, as 'explosões' em voos desta companhia, que é uma das maiores dos Estados Unidos, sempre aconteceu, mas ultimamente têm sido mais frequentes.
De acordo com o presidente do sindicato dos assistentes de bordo da companhia, Bill Bernal, alguns destes profissionais sofreram mesmo algumas lesões devido ao acontecimento.
Bernal contou ainda à CNN Internacional que espera que os números com incidentes deste tipo registados até ao final deste mês chegue mesmo ao triplo, ou seja, ronde os 300 casos.
Mas qual o motivo destas explosões? E porquê só nesta companhia?
Segundo o que é explicado pela imprensa, a Southwest é a única companhia que não é obrigada a ter camiões ou armazéns refrigerados, o que pode expor as latas a condições extremas de calor em vários aeroportos. Fala-se, por isso, também das zonas mais quentes do país, como Las Vegas, Phoenix, Houston e Dallas.
Segundo o que uma professora da Universidade do Texas, em Austin, explicou à CNN, as latas contém bebidas gaseificadas, que estão sob uma pressão tão grande provocada pelo calor que são capazes de rebentar com o movimento, agindo como "pequenas bombas".
"Não quero assustar ninguém, mas é desta forma que se deve pensar nestas latas". acrescentou Kate Biberdorf.
A companhia aérea foi questionada pela publicação norte-americana, mas apesar de não dar detalhes sobre o número de incidentes, confirmou a situação. Um porta-voz deu conta de que estão a par do que se passa e que "estão a ser tomadas medidas para manter as bebidas a bordo mais frescas, especialmente nos nossos aeroportos que registam temperaturas extremas".
Têm vindo a ser registadas altas temperaturas por todo o mundo e, segundo a imprensa norte-americana, há cerca de 100 cidades dos Estados Unidos que registaram em 2024 o seu verão mais quente de sempre, incluindo Phoenix e Las Vegas.
Tanto o sindicato como a companhia em questão estão a trabalhar em conjunto para resolver a questão, e esses esforços incluem a utilização de camiões e reboques refrigerados para o transporte e armazenamento de bebidas gaseificadas e a utilização de pistolas de temperatura para medir as latas e determinar se podem ser carregadas num avião em segurança.
Kate Biberdorf explicou que em causa está o calor extremo e o processo de carbonatação, que 'não se misturam'. é graças a este processo que as bebidas gaseificadas ou água com gás são borbulhantes. Quando abertas por um determinado período, estas bebidas libertam todo o gás, ou seja o dióxido de carbono 'deixa' os líquidos.
Quando exposto ao calor, este gás 'separa-se' e expande, exercendo pressão sobre a lata, que ainda assim está preparada para ficar 'sob pressão'. Mas se os níveis de pressão forem muito superiores, serão como "mini-bombas", reforçou. E a especialista deixa o aviso de que o mesmo pode acontecer a bebidas deixadas em carros sujeitos a altas temperaturas.
“No verão, as pessoas guardam (as latas) no carro e normalmente não há problema, mas assim que se começa a andar, acrescenta-se um pouco de força extra - talvez a lata bata contra o lado (do carro) - e depois explode”, explicou Biberdorf.
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