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Coelhos podem ser animais de estimação muito dóceis e amigáveis. Por isso, no Dia Mundial do Coelho, a 28 de setembro, a AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializado em cuidados médico-veterinários, ofereceu alguns "conselhos sobre como garantir um ambiente seguro e os cuidados adequados a estes animais", em comunicado.
Coelhos "são muito inteligentes, afetuosos e curiosos, sendo um membro muito interativo da família", afirma Susana Mendes, médica veterinária. É, no entanto, importante lembrar que "cuidar de um coelho como animal de companhia pode ser muito desafiante". Porquê? "Exigem cuidados particulares e uma vigilância apertada, pois tratando-se de espécies presa tendem a ocultar os sintomas de doença", acrescenta.
Que cuidados deve ter? Por exemplo, os coelhos são animais muito ativos e devem ter espaço para se movimentar, saltar e correr. "Não devem ser mantidos em gaiolas fechadas. Idealmente devem viver soltos numa divisão ou área da casa preparada de forma segura para eles", aconselha.
Podem "ser mantidos em cercados" e "as gaiolas podem ser mantidas abertas, com compartimento para a alimentação e WC". Tratam-se de "animais asseados, e o fundo da gaiola deve ser revestido por material fofo de forma a proteger as patas, mas os pellets de madeira ou papel devem ser mantidos apenas dentro do WC".
Deve colocar tudo isto "numa zona tranquila da casa, bem ventilada, com temperatura amena e luz natural. É crucial ter especial atenção a fios, cabos, têxteis e outros objetos que possam roer", acrescenta.
É importante lembrar que "os coelhos são animais que carecem de tempo para interagir e brincar diariamente", ou seja, antes de adotar um deve avaliar a sua disponibilidade e condições.
Quanto à alimentação, a médica veterinária lembra que "precisam de uma dieta equilibrada, composta maioritariamente por feno Timóteo, sempre disponível e essencial para o desgaste dentário e saúde intestinal, uma quantidade moderada de vegetais frescos e ração homogénea de alta qualidade em quantidade calculada para o seu peso e idade”.
Já a saúde do coelho deve ser vigiada com regularidade. "São animais suscetíveis a problemas de saúde como o sobrecrescimento dentário, otites, neoplasias, certas doenças infeciosas e alterações gastrointestinais", afirma.
"É importante conhecer bem os hábitos do animal de estimação, de forma a detetar alterações subtis que poderão ser os primeiros sinais de doença. Um cuidador vigilante conseguirá agir rapidamente quando notar algo incomum."
Explica ainda que os 'check-ups' semestrais são "essenciais para detetar sinais de doença antes de agravarem", o mesmo com as vacinas. Por exemplo, "os coelhos devem ser vacinados contra a mixomatose e a doença viral hemorrágica (tipo 1 e tipo 2)".
Refere também a importância da esterilização de fêmeas, "uma vez que a incidência de adenocarcinoma uterino chega a 79,1% em coelhas entre os 5 e 6 anos de idade". Já nos machos "a castração pode ser útil em casos de alterações comportamentais e stress reprodutivo".
"É recomendável fazer estes procedimentos a partir dos 8-10 meses de idade de forma a permitir o normal desenvolvimento do animal na fase de crescimento."
IN:NM