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Portugal e Espanha mais próximos na gestão dos rios

Satpa

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Portugal e Espanha mais próximos na gestão dos rios

Portugal e Espanha estão mais próximos na gestão dos rios comuns, defendeu o presidente do Instituto da Água, um bom entendimento que permitiu chegar a acordo sobre a regularização dos caudais, satisfazendo uma reivindicação antiga dos portugueses.

No passado mês de Fevereiro os governos dos dois países acordaram um novo regime de caudais, após a segunda conferência das partes da Convenção de Albufeira, um acordo bilateral que regula o uso e aproveitamento dos cinco rios partilhados: Douro, Lima, Minho, Tejo e Guadiana.

«Foi dado um novo impulso à implementação da Convenção», declarou à Lusa o presidente do Instituto da Água (Inag) e vice-presidente da Comissão para a Aplicação e Desenvolvimento da Convenção (CADC), Orlando Borges.

A regularização dos caudais, que passou de um regime anual, para valores mínimos trimestrais ou semanais era um dos objectivos a alcançar neste encontro bilateral.

«Antes, teoricamente, Espanha poderia debitar todo o caudal anual de uma só vez, ou seja, podia ser concentrado no tempo. Conseguiu-se, com o novo regime, fazer uma gestão mais adequada dos rios, quer do ponto de vista ambiental, quer do ponto de vista do aproveitamento eléctrico e do abastecimento», explicou.

A monitorização contínua e o facto de serem estabelecidos prazos mais curtos facilita o cumprimento da transferência de água com os valores dos caudais previstos, acredita Orlando Borges.

«Há um maior acompanhamento, por isso, tenho a certeza de que os incumprimentos vão ser menores».

No passado, verificaram-se incumprimentos do regime previsto, sobretudo no rio Douro, onde um convénio anterior estabelecia determinados valores para fins hidroeléctricos.

«Por vezes, havia uma décalage», reconheceu o presidente do Inag, adiantando que nunca se colocou a questão de pedir indemnizações financeiras.

«As situações sempre se resolveram. Pedíamos informações a Espanha e os caudais em falta eram repostos».

Embora o acordo sobre os caudais tenha resultado após «um trabalho intenso e de grande complexidade», Orlando Borges frisou que «a grande proximidade dos grupos técnicos» minimizou as dificuldades.

A Convenção mantém os mecanismos de excepção que permitiram a Espanha debitar caudais inferiores aos estipulados em 2005, devido à seca.

«O acordo foi posto à prova e mostrou a adequação técnica das suas disposições, nomeadamente durante a seca de 2005. Foi possível fazer transferências de agua quase normais», afirmou o presidente do Inag, fazendo um balanço «claramente positivo» dos últimos três anos de vigência da Convenção, assinada em 1998.

«Para já, destaco a sobrevivência do Convénio, que podia ter sido denunciado. Pelo contrário, ficou demonstrada a sua validade e foi reforçado o acordo», considerou.

Orlando Borges assinalou ainda a grande relevância desta Convenção no que respeita ao controlo das cheias.

«A gestão e descarga de águas tem sido controlada, o que nos permitiu evitar situações que poderiam ter tido consequências desastrosas».

A grande «aproximação a nível do trabalho técnico» é agora mais evidente e permitiu mesmo criar um secretariado técnico conjunto «para tudo o que seja medidas e planeamento» e «desencadear um processo de participação efectiva e divulgação das nossas actividades».

Os rios internacionais da península Ibérica vão estar em evidência na Expo 2008 que decorre em Saragoça, Espanha, entre 13 de Junho e 14 de Setembro deste ano, e que é dedicada ao tema da água.

Nos pavilhões espanhol e português são destacados os principais rios partilhados - Douro, Tejo e Guadiana - que suscitam relacionamentos «emotivos» e também «racionais e de gestão», nas palavras do comissário português, Rolando Borges Martins.

Este é, aliás, um dos temas que servirá de fio condutor aos debates científicos na Expo 2008 a que Portugal se associará durante os três meses que durará a iniciativa.


Diário Digital / Lusa
 

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Portugal e Espanha ajustam utilização de rios comuns

Portugal e Espanha ajustam utilização de rios comuns

Os governos de Espanha e de Portugal realizaram um acordo sobre um novo regime dos caudais, tendo em vista regulamentar a utilização e aproveitamento dos cinco rios partilhados: Douro, Minho, Tejo, Lima e Guadiana.Neste sentido, os caudais passaram de um regime anual para trimestral ou mesmo semanal, pelo que, com o novo regime, conseguiu-se fazer «uma gestão mais adequada dos rios» em termos ambientais, aproveitamento eléctrico e de abastecimento, afirmou o vice-presidente do Instituto da Água (Inag), Orlando Borges.

Os prazos mais curtos facilitam a execução dos prazos previstos para a transferência de água devido a um maior acompanhamento.

Os mecanismos de excepção que permitem a Espanha debitar caudais inferiores devido à seca, determinados em 2005, permanecem nesta Convenção.

Orlando Borges sublinhou a sobrevivência do Convénio, pois «ficou demonstrada a sua validade e foi reforçado o acordo», relembrando ainda a importância do acordo para o problema das cheias, noticia a Lusa.

O vice-presidente do Inag explicou, também, que «a gestão e descarga de águas tem sido controlada, o que nos permitiu evitar situações que poderiam ter tido consequências desastrosas». A maior «aproximação a nível do trabalho técnico» foi evidenciada, permitindo a criação de um secretariado técnico conjunto responsável por medidas e planeamento.
 
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