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Notícias Polícia detido e ex-deputado suspeito de colaborar na fuga: Retomada operação para deter Puigdemont

Roter.Teufel

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Out 5, 2021
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Polícia detido e ex-deputado suspeito de colaborar na fuga: Retomada operação para deter Puigdemont

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Autoridades da Catalunha montaram grande operação, mas foram traídos por um agente que emprestou o carro ao independentista.

A Polícia da Catalunha recomeçou a 'Operação Jaula' que visa deter o independentista Carles Puigdemont, avança a imprensa espanhola. A operação policial esteve interrompida mais de duas horas.

Antes disso, foram quase quatro horas de controlo de fronteiras e estradas, mas sem sucesso. Na sequência da operação foi detido um agente dos 'Mossos d'Esquadra' por emprestar o carro usado para a fuga do catalão.

Apesar de desconhecer o paradeiro do catalão, a polícia sabe que está em fuga num Honda branco.

A polícia, inicialmente surpreendida pela fuga e, posteriormente, alegadamente traída por um dos seus, não conseguiu travar o político que esteve à vista de todos, discursando e caminhando com uma multidão de apoiantes.

Todavia, e face aos rumores que surgiram, a polícia negou a existência de um acordo prévio com Puigdemont. Os 'Mossos' afirmaram que agiram para proteger os interesses dos cidadãos e evitar desordens públicas.

Depois de Albert Batet, do Junts, ter declarado que Jordi Turull, ex-deputado do partido independentista, tinha recebido ordem de detenção, fontes policiais garantiram que tal não correspondia à verdade.

Turull foi, isso sim, obrigado a prestar declarações por suspeitas de ter colaborado na fuga de Puigdemont.

Como tudo se desenrolou:

Chegou cedo a Barcelona. Faltavam poucos minutos para 9h no país vizinho (8h em Portugal) quando surgiu, entre gritos de "Presidente" e "Independência", no paseo Lluís Companys.

Centenas de manifestantes festejaram o regresso de Puigdemont, há sete anos fora de Espanha em fuga à justiça. Começou a discursar pouco depois, sob o olhar atento de antigas e atuais figuras do parlamento catalão e do Junts - partido que fundou.

"Já estamos aqui. Já estou aqui. Não vamos renunciar, não podemos renunciar ao direito de autodeterminação", declarou, para gáudio dos independentistas presentes, o líder independentista que vive no exílio desde que em 2017 organizou um referendo separatista considerado ilegal.
"Não nos interessa estar num país em que a Lei da Amnistia não amnistia", referiu, em alusão à lei da Aministia acordada pelo líder do Governo, Pedro Sánchez.

O escudo humano que o acompanhou no resto do percurso serviria para impedir que fosse detido pelos Mossos d'Esquadra, a polícia da Catalunha. No entanto, apesar de ser esperada a sua presença no parlamento, Puigdemont desapareceu inesperadamente.

Desaparecimento motivou teorias

Desde o seu desaparecimento, foram várias as teorias que surgiram quanto ao seu plano: que se ia entregar, que iria entrar no parlamento por outra porta, ou que iria regressar ao exílio. Desconhecido o seu paradeiro, a última hipótese começou a ganhar forma.

Puigdemont escolheu este dia para regressar uma vez que, esta quinta-feira, terá lugar no parlamento da Catalunha uma sessão de investidura do novo governo regional.

O líder catalão regressou esta quinta-feira a Espanha, passados mais de sete anos. Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017, é procurado pela Justiça espanhola pelo crime de desvio de fundos.

Reações

Alberto Núñez Feijóo, líder do PP, principal partido da oposição ao Governo de Pedro Sánchez, apontou o dirigente socialista como "máximo responsável" pela "humilhação insuportável" com o aparecimento e fuga de Puigdemont.

"Uma humilhação insuportável. Outra. É doloroso assistir em direto a este delírio que tem Pedro Sánchez como máximo responsável. É imperdoável manchar assim a imagem de Espanha", escreveu Feijóo.

O porta-voz do Partido Popular (PP) apontou o líder do Governo, Pedro Sánchez, como "único responsável" do reaparecimento de Puigdemont. "Vergonha, indignação", escreveu Alicia García.

O secretário-geral do Vox, Ignacio Garriga, também concentrou as críticas em Sánchez, que acusa de permitir uma "humilhação" de Espanha com um "comício" de Puigdemont perto do parlamento catalão, sem ser detido.

"Tivemos que assistir a uma anomalia democrática. Ver um deliquente, a fugir à justiça, que teve um comício a poucos metros do parlamento, com a passividade do Governo, que mostrou, uma vez mais, que prioriza o interesse pessoal ao orgulho da pátria", acrescentou.

O grupo espanhol 'ultracatólico' 'Hazte Oír' [Faz-te ouvir, em português] anunciou que vai denunciar o ministro do Interior, Fernando Grande-Marlaska, o presidente da Generalitat, Pere Aragonès, e o chefe dos Mossos d'Esquadra, Ignasi Elena "por omissão do dever de perseguir criminosos".

As rápidas reações dos partidos contrastam com o silêncio total do PSOE, que ainda não se manifestou.

Correio da Manhã
 
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