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Polícia destrói resort de luxo erguido por traficante evangélico em favela do Rio de Janeiro
Álvaro Malaquias é o líder do chamado “Complexo de Israel”.
Um forte contingente de agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil (Judiciária) começaram na manhã desta terça-feira a destruir um luxuoso resort construído no ponto mais alto da favela de Parada de Lucas, na zona norte da cidade brasileira do Rio de Janeiro, por um traficante de droga que já foi pastor e hoje obriga todos os milhares de habitantes a serem evangélicos. Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, é o líder do chamado “Complexo de Israel”, grupo de cinco grandes comunidades na zona norte da cidade onde as modestas habitações têm de ostentar a bandeira de Israel ou a Cruz de David.
O “Resort Green”, que tem esse nome por ter sido construído numa região de preservação ambiental parcialmente destruída para o efeito, servia como área de refúgio e lazer para líderes e convidados da fação criminosa Terceiro Comando Puro, liderada com mão de ferro por Álvaro Malaquias. O complexo de lazer tem, além da elegante mansão ricamente mobilada, um sofisticado ginásio, com equipamentos de última geração, um mini-campo de futebol, um conjunto de piscinas, incluindo uma olímpica, e até um grande lago para criação de carpas.
Além de destruir boa parte da vegetação da área, o traficante chegou a desviar um ribeiro que passa perto para que o seu complexo de lazer fosse sempre abastecido por água corrente. Num outro ponto, foi criada mais uma opção de lazer, uma praia artificial, frequentada por criminosos que se exibiam em momentos de lazer ao lado de potentes armas de guerra.
Agora, tudo vai abaixo. A polícia foi pressionada para deixar as edificações do resort em pé e dar-lhes outros destinos, mas desistiu por avaliar que a fação criminosa, que continua a dominar o “Complexo de Israel”, assim que os agentes virassem as costas retomaria o controlo de tudo.
“Peixão”, que nunca foi preso mas tem contra si mais de 20 mandados de captura por tráfico de droga, homicídio, assaltos e extorsão, não ficou famoso somente pelo luxo do resort que mandou erguer no alto da favela, mas também pelo elevado poder de fogo do seu grupo, para quem adquiriu grande número de armas de uso militar e muita munição, e, ainda, pela intolerância religiosa. Filho de uma mulher ligada a crenças africanas e que nas suas celebrações dizia receber espíritos, Álvaro Malaquias tornou-se um evangélico fanático, chegou a ser pastor em templos de Duque de Caxias, cidade vizinha ao Rio de Janeiro onde nasceu, e ao assumir o domínio das favelas que compõem o “Complexo de Israel” determinou que todos os moradores teriam de ser obrigatoriamente evangélicos, expulsou quem não obedeceu, e mandou fechar centros ligados a crenças africanas e até uma igreja católica que havia na região.
Correio da Manhã

Álvaro Malaquias é o líder do chamado “Complexo de Israel”.
Um forte contingente de agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil (Judiciária) começaram na manhã desta terça-feira a destruir um luxuoso resort construído no ponto mais alto da favela de Parada de Lucas, na zona norte da cidade brasileira do Rio de Janeiro, por um traficante de droga que já foi pastor e hoje obriga todos os milhares de habitantes a serem evangélicos. Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como “Peixão”, é o líder do chamado “Complexo de Israel”, grupo de cinco grandes comunidades na zona norte da cidade onde as modestas habitações têm de ostentar a bandeira de Israel ou a Cruz de David.
O “Resort Green”, que tem esse nome por ter sido construído numa região de preservação ambiental parcialmente destruída para o efeito, servia como área de refúgio e lazer para líderes e convidados da fação criminosa Terceiro Comando Puro, liderada com mão de ferro por Álvaro Malaquias. O complexo de lazer tem, além da elegante mansão ricamente mobilada, um sofisticado ginásio, com equipamentos de última geração, um mini-campo de futebol, um conjunto de piscinas, incluindo uma olímpica, e até um grande lago para criação de carpas.
Além de destruir boa parte da vegetação da área, o traficante chegou a desviar um ribeiro que passa perto para que o seu complexo de lazer fosse sempre abastecido por água corrente. Num outro ponto, foi criada mais uma opção de lazer, uma praia artificial, frequentada por criminosos que se exibiam em momentos de lazer ao lado de potentes armas de guerra.
Agora, tudo vai abaixo. A polícia foi pressionada para deixar as edificações do resort em pé e dar-lhes outros destinos, mas desistiu por avaliar que a fação criminosa, que continua a dominar o “Complexo de Israel”, assim que os agentes virassem as costas retomaria o controlo de tudo.
“Peixão”, que nunca foi preso mas tem contra si mais de 20 mandados de captura por tráfico de droga, homicídio, assaltos e extorsão, não ficou famoso somente pelo luxo do resort que mandou erguer no alto da favela, mas também pelo elevado poder de fogo do seu grupo, para quem adquiriu grande número de armas de uso militar e muita munição, e, ainda, pela intolerância religiosa. Filho de uma mulher ligada a crenças africanas e que nas suas celebrações dizia receber espíritos, Álvaro Malaquias tornou-se um evangélico fanático, chegou a ser pastor em templos de Duque de Caxias, cidade vizinha ao Rio de Janeiro onde nasceu, e ao assumir o domínio das favelas que compõem o “Complexo de Israel” determinou que todos os moradores teriam de ser obrigatoriamente evangélicos, expulsou quem não obedeceu, e mandou fechar centros ligados a crenças africanas e até uma igreja católica que havia na região.
Correio da Manhã