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Pobreza no continente mais pobre do mundo: África!
A palavra "pobre" veio do latim "pauper", que vem de "pau" que significa "pequeno", e "pario" que significa "dou à luz" e originalmente referir-se-ia a terrenos agrícolas ou gado que não produziam o desejado. Apesar da pobreza mais severa se encontrar nos países subdesenvolvidos, esta existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos manifesta-se na existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres. A pobreza pode ser vista como uma condição colectiva de pessoas pobres, grupos, e mesmo de nações. Para evitar este estigma essas nações são chamadas normalmente países em desenvolvimento.
O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar por dia, e pobreza moderada como viver com 1 a 2 dólares por dia. Estima-se que 1 bilião e 100 milhões de pessoas a nível mundial tenham níveis de consumo inferiores a 1 dólar por dia e que 2 biliões e 700 milhões tenham um nível inferior a 2 dólares.
A percentagem da população dos países em desenvolvimento a viver na pobreza extrema diminuiu de 28% para 21% entre 1990 e 2001. Essa redução deu-se fundamentalmente na Ásia Oriental e do Sul. Na África sub-saariana (parte sul do continente africano) o PIB PER Capita diminuiu 14% e o número de pessoas a viver em pobreza extrema aumentou de 41% para 44% entre 1981 e 2001. Outras regiões conheceram poucas ou nenhumas melhorias. No início dos anos 90 as economias da Europa de Leste e da Ásia Central registaram reduções acentuadas no rendimento. As taxas de pobreza extrema chegaram aos 6% antes de começarem a diminuir no final da década.
Outros indicadores relativos à pobreza estão também a melhorar. A esperança de vida aumentou substancialmente nos países em desenvolvimento após a II Guerra Mundial e diminuíram a diferença face aos países desenvolvidos onde o progresso foi menor. Até na África sub-saariana, a região menos desenvolvida, a esperança de vida aumentou de 30 anos antes da guerra para 50 anos, antes de a epidemia da SIDA e outras doenças a terem feito recuar para o valor actual de 47 anos. A mortalidade infantil, por seu lado, diminuiu em todas as regiões.
A proporção da população mundial a viver em países onde a ingestão média de calorias é inferior a 2200 por dia diminuiu de 56% em meados dos anos 60 para menos de 10% nos anos 90.
Entre 1950 e 1999, o número de pessoas que sabem ler e escrever, aumentou a nível mundial de 52% para 81%, tendo o crescimento da população feminina que sabe ler e escrever, passado de 59% para 80% da masculina, sido responsável pela maior parte melhoria.
A percentagem das crianças fora da força de trabalho passou de 76% para 90% entre 1960 e 2000. As tendências relativas ao consumo de electricidade, aquisição de automóveis, rádios e telefones foram semelhantes, bem como as relativas ao acesso a água potável. Também a desigualdade parece ter vindo a diminuir a nível global.
A pobreza relativa é vista como dependente do contexto social e acaba por em grande medida ser uma medida de desigualdade. Assim, o número de pessoas pobres pode aumentar enquanto que o seu rendimento sobe.
Em muitos países a definição oficial de pobreza é baseada no rendimento relativo e por essa razão alguns críticos argumentam que as estatísticas medem mais a desigualdade do que as carências materiais.
A linha de pobreza nos EUA é mais arbitrária: por exemplo, de acordo com o Gabinete de Censos dos EUA: 46% dos "pobres" desse país têm casa própria, tendo as casas dos pobres, em média, 3 quartos de dormir, 1,5 casa de banho e garagem. Além disso, as estatísticas são normalmente baseadas no rendimento anual das pessoas sem considerar a sua riqueza.
Contudo, mesmo estando a diminuir, a pobreza global é ainda um problema enorme e dramático:
- Todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças.
- Todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos.
- 1 bilião e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia.
- Mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
Muitas das consequências da pobreza são também causas da mesma criando o ciclo da pobreza. Algumas delas são:
- Fome.
- Baixa esperança de vida.
- Doenças.
- Falta de oportunidades de emprego.
- Carência de água potável e de saneamento.
- Maiores riscos de instabilidade política e violência.
- Emigração.
- Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis.
- Existência de pessoas sem-abrigo.
- Depressão.
O combate à pobreza é normalmente considerado um objectivo social e geralmente os governos dedicam-lhe uma atenção significativa.
Medidas para melhorar o ambiente social e a situação dos pobres:
- Planeamento familiar.
- Habitação económica e regeneração urbana.
- Educação acessível.
- Cuidados de saúde acessíveis.
- Ajuda para encontrar emprego.
- Subsidiar o emprego para grupos que normalmente tenham dificuldade em consegui-lo.
- Encorajar a participação política e a colaboração comunitária.
- Trabalho social e voluntário.
- Instituições Sociais de qualificação de mão de obra.
A diminuição da pobreza extrema e da fome são um objectivo de desenvolvimento do milénio. Além de abordagens mais vastas, o Relatório Sachs (do Projecto do Milénio da ONU) propõe uma série de intervenções de ganho rápido, identificadas por especialistas em desenvolvimento, que custam relativamente pouco mas que têm um grande impacto na redução da pobreza. São elas:
- Eliminar as propinas escolares.
- Fornecer fertilizantes a agricultores pobres.
- Fornecer refeições escolares gratuitas.
- Promover a amamentação das crianças.
- Treinar técnicos locais de saúde pública.
- Fornecer redes mosquiteiras.
- Acesso a informação sobre saúde sexual e reprodutiva.
- Acesso a medicamentos para a SIDA, tuberculose e a malária.
- Investir nos bairros de lata e disponibilizar terrenos para habitação pública.
- Acesso a água potável, saneamento básico e electricidade.
- Legislação sobre os direitos das mulheres, incluindo o direito à propriedade.
- Acção contra a violência doméstica.
- Enviar conselheiros científicos aos governos.
- Plantar árvores.
A maioria dos países desenvolvidos enviam ajuda para as nações em desenvolvimento. Sondagens mostram que, em média, os norte-americanos acreditam que 24% do Orçamento Federal se destina ao apoio ao desenvolvimento. Na verdade, menos de 1% tem esse fim. De acordo com o Projecto Borgen, o custo anual de eliminar a fome é de 19 mil milhões de dólares. Por comparação, o governo norte-americano gasta 420 mil milhões em defesa.

A palavra "pobre" veio do latim "pauper", que vem de "pau" que significa "pequeno", e "pario" que significa "dou à luz" e originalmente referir-se-ia a terrenos agrícolas ou gado que não produziam o desejado. Apesar da pobreza mais severa se encontrar nos países subdesenvolvidos, esta existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos manifesta-se na existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres. A pobreza pode ser vista como uma condição colectiva de pessoas pobres, grupos, e mesmo de nações. Para evitar este estigma essas nações são chamadas normalmente países em desenvolvimento.
O Banco Mundial define a pobreza extrema como viver com menos de 1 dólar por dia, e pobreza moderada como viver com 1 a 2 dólares por dia. Estima-se que 1 bilião e 100 milhões de pessoas a nível mundial tenham níveis de consumo inferiores a 1 dólar por dia e que 2 biliões e 700 milhões tenham um nível inferior a 2 dólares.
A percentagem da população dos países em desenvolvimento a viver na pobreza extrema diminuiu de 28% para 21% entre 1990 e 2001. Essa redução deu-se fundamentalmente na Ásia Oriental e do Sul. Na África sub-saariana (parte sul do continente africano) o PIB PER Capita diminuiu 14% e o número de pessoas a viver em pobreza extrema aumentou de 41% para 44% entre 1981 e 2001. Outras regiões conheceram poucas ou nenhumas melhorias. No início dos anos 90 as economias da Europa de Leste e da Ásia Central registaram reduções acentuadas no rendimento. As taxas de pobreza extrema chegaram aos 6% antes de começarem a diminuir no final da década.
Outros indicadores relativos à pobreza estão também a melhorar. A esperança de vida aumentou substancialmente nos países em desenvolvimento após a II Guerra Mundial e diminuíram a diferença face aos países desenvolvidos onde o progresso foi menor. Até na África sub-saariana, a região menos desenvolvida, a esperança de vida aumentou de 30 anos antes da guerra para 50 anos, antes de a epidemia da SIDA e outras doenças a terem feito recuar para o valor actual de 47 anos. A mortalidade infantil, por seu lado, diminuiu em todas as regiões.
A proporção da população mundial a viver em países onde a ingestão média de calorias é inferior a 2200 por dia diminuiu de 56% em meados dos anos 60 para menos de 10% nos anos 90.
Entre 1950 e 1999, o número de pessoas que sabem ler e escrever, aumentou a nível mundial de 52% para 81%, tendo o crescimento da população feminina que sabe ler e escrever, passado de 59% para 80% da masculina, sido responsável pela maior parte melhoria.
A percentagem das crianças fora da força de trabalho passou de 76% para 90% entre 1960 e 2000. As tendências relativas ao consumo de electricidade, aquisição de automóveis, rádios e telefones foram semelhantes, bem como as relativas ao acesso a água potável. Também a desigualdade parece ter vindo a diminuir a nível global.
A pobreza relativa é vista como dependente do contexto social e acaba por em grande medida ser uma medida de desigualdade. Assim, o número de pessoas pobres pode aumentar enquanto que o seu rendimento sobe.
Em muitos países a definição oficial de pobreza é baseada no rendimento relativo e por essa razão alguns críticos argumentam que as estatísticas medem mais a desigualdade do que as carências materiais.
A linha de pobreza nos EUA é mais arbitrária: por exemplo, de acordo com o Gabinete de Censos dos EUA: 46% dos "pobres" desse país têm casa própria, tendo as casas dos pobres, em média, 3 quartos de dormir, 1,5 casa de banho e garagem. Além disso, as estatísticas são normalmente baseadas no rendimento anual das pessoas sem considerar a sua riqueza.
Contudo, mesmo estando a diminuir, a pobreza global é ainda um problema enorme e dramático:
- Todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças.
- Todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos.
- 1 bilião e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia.
- Mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.
Muitas das consequências da pobreza são também causas da mesma criando o ciclo da pobreza. Algumas delas são:
- Fome.
- Baixa esperança de vida.
- Doenças.
- Falta de oportunidades de emprego.
- Carência de água potável e de saneamento.
- Maiores riscos de instabilidade política e violência.
- Emigração.
- Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis.
- Existência de pessoas sem-abrigo.
- Depressão.
O combate à pobreza é normalmente considerado um objectivo social e geralmente os governos dedicam-lhe uma atenção significativa.
Medidas para melhorar o ambiente social e a situação dos pobres:
- Planeamento familiar.
- Habitação económica e regeneração urbana.
- Educação acessível.
- Cuidados de saúde acessíveis.
- Ajuda para encontrar emprego.
- Subsidiar o emprego para grupos que normalmente tenham dificuldade em consegui-lo.
- Encorajar a participação política e a colaboração comunitária.
- Trabalho social e voluntário.
- Instituições Sociais de qualificação de mão de obra.
A diminuição da pobreza extrema e da fome são um objectivo de desenvolvimento do milénio. Além de abordagens mais vastas, o Relatório Sachs (do Projecto do Milénio da ONU) propõe uma série de intervenções de ganho rápido, identificadas por especialistas em desenvolvimento, que custam relativamente pouco mas que têm um grande impacto na redução da pobreza. São elas:
- Eliminar as propinas escolares.
- Fornecer fertilizantes a agricultores pobres.
- Fornecer refeições escolares gratuitas.
- Promover a amamentação das crianças.
- Treinar técnicos locais de saúde pública.
- Fornecer redes mosquiteiras.
- Acesso a informação sobre saúde sexual e reprodutiva.
- Acesso a medicamentos para a SIDA, tuberculose e a malária.
- Investir nos bairros de lata e disponibilizar terrenos para habitação pública.
- Acesso a água potável, saneamento básico e electricidade.
- Legislação sobre os direitos das mulheres, incluindo o direito à propriedade.
- Acção contra a violência doméstica.
- Enviar conselheiros científicos aos governos.
- Plantar árvores.
A maioria dos países desenvolvidos enviam ajuda para as nações em desenvolvimento. Sondagens mostram que, em média, os norte-americanos acreditam que 24% do Orçamento Federal se destina ao apoio ao desenvolvimento. Na verdade, menos de 1% tem esse fim. De acordo com o Projecto Borgen, o custo anual de eliminar a fome é de 19 mil milhões de dólares. Por comparação, o governo norte-americano gasta 420 mil milhões em defesa.
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