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Pneumonia mata seis mil portugueses em 2006

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Mortes por pneumonia em Portugal estão a aumentar e especialistas indicam que a subida se deve à maior resistência aos antibióticos e envelhecimento da população.
Em 2006, a pneumonia foi a causa de morte de seis mil portugueses e levou a um aumento de 6% de internamentos dos doentes infectados. Os dados são do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias (ONDR), que indica ainda que as regiões Norte e Centro são as que registam o maior número casos de internamento.

A tendência para um aumento de casos de pneumonia em Portugal tem sido uma realidade nos últimos anos, o que de acordo com Teles de Araújo, médico pneumologista e Presidente da Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias, deve-se sobretudo ao envelhecimento da população e a uma maior resistência das bactérias aos antibióticos.

Em declarações à TV Ciência on-line, Teles de Araújo, sublinha que «devido à auto-medicação muitas vezes praticada pelos indivíduos, as bactérias tornam-se resistentes aos antibióticos e mais facilmente se passa de uma simples constipação a uma pneumonia, sobretudo na população mais idosa».

De acordo com o estudo do Observatório, em 2006, cerca de 90% dos casos de morte ocorreram sobretudo em doentes com mais de 65 anos, uma vez que «as idades são cada vez mais avançadas», afirma o pneumologista e adianta que, «o facto de as defesas estarem muito mais reduzidas propicia o aparecimento da doença».

O especialista alerta que a prevenção é fundamental, sendo que para além da vacina para a gripe, «existe ainda a vacina contra o pneumococo que tem uma validade de cinco anos e pode ser uma importante forma de prevenção».

Teles de Araújo destaca que «o tabagismo é outro aliado poderoso das doenças respiratórias, porque ao perturbar as trocas respiratórias, facilita as infecções».

É sabido que as doenças respiratórias são uma importante causa de morte em Portugal. Os dados revelam que em 2006 a pneumonia foi a principal causa de morte de entre as doenças respiratórias, sendo mais fatal do que o cancro do pulmão ou o do cólon e recto.

No relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias, pode-se analisar a distribuição das doenças respiratórias no mapa de Portugal, onde se verifica que no Norte e Centro do país existem mais casos de internamento do que noutras regiões, mas que a mortalidade é maior no Centro e na Região Autónoma da Madeira.

Perante estes resultados, Teles de Araújo, mostra-se cauteloso e refere «que estes dados exigem um estudo mais aprofundado», mas adianta que «os factores comportamentais e ambientais têm certamente uma importância crucial». Refere ainda que «no Verão, acreditamos já ser possível apresentar, com mais exactidão, as causas de incidência da doença por cada região do país».

by tv ciencia​
 
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