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Pedro Tamen venceu o Prémio Literário Casino da Póvoa

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A obra O Livro do Sapateiro, de Pedro Tamen, recebeu hoje o Prémio Literário Casino da Póvoa, integrado no festival Correntes d Escritas, que decorre até sábado na Póvoa de Varzim.

O júri, constituído pelos escritores Almeida Faria, Fernando Pinto do Amaral e valter hugo mãe, pelo jornalista Carlos Vaz Marques e pela directora da Revista Egoísta, Patrícia Reis, elegeu por maioria o livro de Pedro Tamen para vencer o Prémio Literário Casino da Póvoa, que este ano é dedicado à poesia.

«É uma obra maravilhosa», afirmou Patrícia Reis, na sessão de abertura do 12.º encontro de escritores de expressão ibérica.

O prémio, que tem um valor de 20 mil euros, tinha como finalistas, além do premiado, Filipa Leal, Armando da Silva Carvalho, A. M. Pires Cabral, Margarida Ferra, Nuno Júdice, Luís Quintais, Jaime Rocha, Paulo Teixeira e José Tolentino Mendonça.

O festival literário também reservou espaço para os novos autores.

Sete histórias do vento Sal, de Ana Paula Morais Mateus venceu o Prémio Fundação Dr. Luís Raínha, que distingue, anualmente, um livro inédito, cujo autor seja poveiro ou residente no município há mais de cinco anos ou, não o sendo, concorra com trabalhos dedicados à Póvoa de Varzim.

Para além deste galardão, o Corrente d Escritas premiou Ana Filipa Caravina dos Reis com o Prémio Literário Correntes d Escritas/Papelaria Locus e os jovens da turma 15 da escola EB-1 JI de Medo de Riba de Âncora, de Vila Praia de Âncora com o Prémio Conto Infantil Ilustrado Correntes d Escritas/ Porto Editora.

Na sessão de abertura da 12.ª edição do evento, em que estiveram presentes a maioria dos 65 autores convidados, Eduardo Lourenço, representante dos escritores, destacou a importância do festival.

«O Correntes d Escritas é um fenómeno cultural que se tornou uma referência, não só por ser muito importante para o Norte, mas porque é um sítio de reunião de escritores da nossa língua», assegurou.

Para Eduardo Lourenço, o evento prova que, a partir de «um pequeno centro» se imagina um centro universal.

«O Correntes é uma espécie de Meca da criação literária», completou, assumindo que, para si, o festival literário da Póvoa de Varzim é «um suplemento de existência» pelo facto de, durante quatro dias, acontecer uma «reunião extraordinária» de «verdadeiros escritores».

Lusa /SOL
 
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