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O museu M de Lovaina, na Bélgica, inaugurou hoje a maior retrospectiva do artista plástico português Pedro Cabrita Reis, um evento muito concorrido para ver trabalhos dos últimos 30 anos daquele que é considerado uma referência na arte contemporânea.
«Vi o seu trabalho e muitas exposições [de outros artistas] em todo o mundo e penso que a linguagem visual que utiliza é muito interessante. E realmente penso que é um dos mais importantes artistas contemporâneos», disse a Curadora do Museu, Eva Wittocx.
A exposição One after another, a few silent steps (Um após outro, alguns passos silenciosos) é a maior retrospectiva da obra de Pedro Cabrita Reis.
O artista nasceu em 1956, em Lisboa, tendo estudado na Escola Superior de Belas Artes da capital portuguesa, cidade onde vive e trabalha.
A obra pictórica, produzida na década de 80, caracteriza-se pela grande dimensão dos suportes, onde se representam objectos do quotidiano, reordenados em ambientes enigmáticos.
«Tudo aquilo que é deixado para trás pode ser para um artista a matéria de qualquer coisa que vai para a frente e isso é uma riqueza a que não podemos virar as costas. Eu trabalho com isso», afirmou Pedro Cabrita Reis.
O artista «colecciona imensas coisas» que encontra, «seja no lixo seja na rua». Elementos que constituem «um vocabulário muito importante» para o seu trabalho, «porque as coisas que se encontram e que são deitadas fora são coisas que têm uma vida intrínseca».
À diversidade de formas apresentadas a partir de materiais como o chumbo, o vidro, o espelho, os objectos reutilizados, o ferro e a madeira, Pedro Cabrita Reis acrescenta jogos de luz.
Depois de ter estado no Kunsthalle de Hamburgo (Alemanha) e no museu Carré d Art de Nîmes (França), a exposição em Lovaina, de 24 de Fevereiro a 22 de Maio, é a terceira etapa de um périplo europeu que termina no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, entre 4 de Julho e 2 de Outubro.
«É sempre muito gratificante ver que um museu como este, M de Lovaina, que é um museu recente e magnífico museu dedica uma área tão grande a um grande artista português», sublinhou o embaixador de Portugal junto do Reino da Bélgica, Vasco Bramão Ramos.
SOL/Lusa