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Paralisia cerebral superior na Região

ze.gaspar

GF Prata
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Jun 7, 2009
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No seu primeiro ano de actividade, a Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel identificou 124 casos da doença, só na ilha em que está sediada.

A média de casos de paralisia cerebral nos Açores é superior à média europeia. É o que revela o primeiro estudo realizado a nível nacional nesta área, feito com base nos nascimentos ocorridos em 2001. Embora o estudo esteja ainda em fase de conclusão, os dados que já foram recolhidos permitem tirar esta conclusão. Segundo a presidente da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel, Teresa Mota, tendo em conta a média de incidência da doença na Europa, “seria expectável que ocorressem entre cinco a seis casos de paralisia cerebral nos Açores, por cada ano”. No entanto, o estudo nacional que está em fase de conclusão já registou oito crianças portadoras da doença que nasceram em 2001. E Teresa Mota diz que este número pode mesmo ser ainda maior, uma vez que o estudo é feito com base em questionários enviados a médicos, ou seja, não há a garantia de que todos responderam, nem de que todos os casos da doença estão identificados. Para traçar um quadro mais preciso da situação actual nos Açores, a Direcção Regional da Saúde está a desenvolver um estudo específico que abrange todas as ilhaso arquipélago, que pretende, não só identificar todos os casos de paralisia cerebral, mas também averiguar quais são as necessidades reais desta população. Este estudo pode também vir a permitir um melhor conhecimento sobre as causas da elevada incidência da doença nos Açores. “Algumas poderão ser evitadas outras não...”, explica Teresa Mota. Desde o ano passado, altura em que a Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel deu início à sua actividade, foram já identificados 124 casos da doença na maior ilha açoriana, e “só entre a população que frequenta o sistema de ensino, ou seja, estes números não incluem todos aqueles que já não frequentam a escola ou que ainda não entraram”, explicou Teresa Mota. Quanto às respostas que o sistema de ensino dá aos portadores desta doença, a presidente da associação considera que já começam a aparecer, mas que “surgem principalmente nos próprios contextos em que as crianças se inserem”. Teresa Mota lembra que a paralisia cerebral afecta a função motora, causando dificuldades na linguagem: “os portadores de paralisia cerebral não conseguem verbalizar, nem comunicar da forma que a maioria das pessoas o faz, o que muito difícil a integração no sistema de ensino”. Segundo a responsável pela associação, a falta de recursos, a falta de formação e a dispersão dos meios são os principais problemas que a Região enfrenta nesta matéria. No entanto, Teresa Mota considera que os Açores estão “no bom caminho”, e salienta a importância de se realizar um trabalho em conjunto - entre a associação e as secretarias regionais da Segurança Social, Saúde e Educação - que permita optimizar os recusros existentes, assim como providenciar respostas adequadas às necesidades da população. “O principal objectivo é maximizar as capacidades destas crianças - que as têm!”, salienta a presidente da associação, referindo a importância de se realizar uma avaliação atempada - o mais cedo possível - para o desenvolvimento da criança.

Fonte:Açoriano Oriental
 
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