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Países se unem para criar agência de energia renovável

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Países se unem para criar agência de energia renovável

Até agora, neste ano, mais de 75 países se juntaram para formar a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, na sigla em inglês) como uma forma de promover o desenvolvimento de energia limpa ao redor do mundo. Os Estados-membros ainda estão debatendo como exatamente a organização funcionará, mas seus deveres incluiriam a coordenação de informação, pesquisa sobre mercados de energia renovável e promoção de políticas que possibilitem a expansão dessas tecnologias.

A organização planeja se encontrar novamente em junho, quando mais questões básicas serão discutidas. Mas sua primeira tarefa é fazer com que os Estados-membros ratifiquem o tratado de fundação para criar a IRENA, que pode ocorrer ainda este ano.

Embora 120 países tenham sido representados na conferência de fundação em Bonn, Alemanha, em 26 de janeiro, muitos decidiram não se tornar membros-fundadores. A lista atual de signatários inclui Espanha, Dinamarca, França, Portugal e países escandinavos, bem como vários países do Oriente Médio, Ásia, África, América do Sul e Central.

Doações

No momento, a Irena está operando com doações, mas os Estados-membros se comprometeram até agora com US$ 25 milhões por ano uma vez que o tratado de fundação entrar em vigor. Notadamente fora da lista atual estão Estados Unidos, Reino Unido, China e Brasil.

A administração do ex-presidente americano George W. Bush não apoiou a proposta, mas acredita-se que a equipe de Barack Obama seja mais receptiva à idéia. A pergunta sobre se e quando esses países e outros se juntarão à agência permanece em aberto, mas uma coisa está clara: quanto maior o apoio, mais potencial a Irena terá para alcançar seus objetivos.

União
Já temos a Agência Internacional de Energia e a Agência Internacional de Energia Atômica. É necessária outra organização separada? Os defensores argumentam que a Agência Internacional de Energia está focada demais em combustíveis fósseis, particularmente o petróleo.

E, de fato, a agência foi fundada em 1974, amplamente em resposta ao embargo árabe de petróleo no ano anterior, como uma forma de coordenar as estatísticas de energia e reforçar a segurança energética em algumas das grandes economias de energia. Mas combustíveis fósseis e energias alternativas estão juntos num mercado energético cada vez mais globalizado, com preços e tendências de um setor afetando diversos outros.

Especialistas
A Agência Internacional de Energia possui inúmeros especialistas de energia renovável e está ocupada com o estudo do sistema como um todo. Mas os apoiadores da Irena dizem que as energias renováveis podem acabar sendo negligenciadas sem uma organização dedicada especificamente a elas.

O fato da energia nuclear possuir sua própria organização é citado como evidência de que um órgão similar deveria se focar inteiramente em energia renovável. Isso é certamente um argumento válido. No entanto, a energia atômica é diferente, pois a expansão de tecnologias nucleares avançadas representa perigos únicos nas mãos das pessoas erradas.

Dada a escala das potenciais armadilhas, é bem fácil justificar a manutenção de uma equipe de especialistas nucleares capaz de monitorar o mercado e investigar atividades ilícitas.

Origem
A Irena foi idealizada por Hermann Scheer, parlamentar alemão e um dos principais defensores de energia renovável no país. Scheer é presidente da Eurosolar, associação européia de energia renovável, com sede na Alemanha, e presidente do World Council for Renewable Energy (Conselho Mundial de Energia Renovável). Ele propôs a idéia em 1990 e tem feito pressão para torná-la realidade desde então.

A idéia chegou aos saguões do parlamento alemão em 2002, quando o Partido Social Democrata e o Partido Verde adotaram a Irena como parte de suas plataformas de energia. A proposta ficou em discussão até 2007, quando o governo alemão a adotou e iniciou conversas bilatérias com várias nações em um esforço para levar o projeto adiante. Essas conversas culminaram em duas conferências no ano passado, que acabaram levando à conferência de fundação em 26 de janeiro.

Os organizadores esperam concluir o processo de ratificação ainda este ano e planejam seu primeiro congresso formal em 2010. Nele, os Estados-membros adotarão os regulamentos da agência e designarão um diretor-geral para liderar a organização. Até lá, a missão da organização deverá estar mais clara. Mas a agência ainda terá que constituir sua equipe antes de poder realmente iniciar suas atividades.
 
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