Escorpiões: Alimentação/Habitat/Importância ecológica e Inimigos/Espécies perigosas
Alimentação
Os escorpiões são carnívoros e alimentam-se exclusivamente de animais vivos. Fazem parte de sua dieta, cupins, baratas, grilos, aranhas e pequenos vertebrados. A visão, considerada precária, impede que os escorpiões captem imagens definidas. A localização das presas é percebida através das vibrações do ar e do solo captadas por cerdas sensoriais, distribuídas por todo o corpo do escorpião. Nem sempre utilizam o veneno para capturar suas presas. Espécies com pinças grandes e fortes são capazes de esmagar e devorar a presa dispensando o uso do veneno. Quando o telson é mutilado, o escorpião é capaz de sobreviver alimentando–se de pequenos animais que são aprisionados com o auxílio das pinças.
Vivem isolados ou em grupos, se as condições ambientais favorecerem sua instalação. Em cativeiro e outras situações estressantes, os escorpiões costumam praticar o canibalismo, ou seja, devoram-se mutuamente.
Habitat
Habitam todos os continentes, exceto a Antártida, ocupando quase todos os ecossistemas terrestres como savanas, desertos, cerrados, florestas temperadas e tropicais, enterrando-se no solo úmido das matas, na areia dos desertos, ao longo das praias, na zona entre marés ou em cavernas. Costumam abrigar-se em bromélias existentes no solo ou em árvores de grande altitude, sob pedras, madeiras, troncos podres ou em galerias no solo úmido das matas. Algumas espécies são mais ativas durante os meses quentes, porém nos trópico, os escorpiões permanecem ativos durante todo o ano.
Importância ecológica
Do ponto de vista biológico, os escorpiões representam um grupo importante e eficiente sendo considerados os principais predadores de insetos e outros pequenos animais, às vezes nocivos ao homem.
Inimigos
Na natureza, são conhecidos vários predadores dos escorpiões: lacraias, louva-deus, macacos, aranhas, sapos, lagartos, seriemas, corujas, gaviões, quatis, macacos, galinhas, camundongos, algumas formigas e os próprios escorpiões. Mas, alterações no meio ambiente provocadas pelo homem como, desmatamentos, utilização indiscriminada de agrotóxicos e crescimento urbano desordenado, parecem ser as principais causas de extermínio dos escorpiões.
ESPÉCIES PERIGOSAS
O problema quanto ao envenenamento humano causado por escorpiões é conhecido desde a antiguidade. As espécies perigosas podem ser encontradas nos desertos ou em regiões semi-áridas. No continente americano ocorrem no Sudeste dos Estados Unidos, México, América do Sul e Ilhas do Caribe. Há espécies que habitam as regiões Norte e Sul da África, Oriente Médio, Norte do Mediterrâneo, Irã, Ásia e Índia
Das 1600 espécies atualmente conhecidas no mundo, apenas 25 podem causar acidentes humanos graves. O crescimento desordenado de importantes centros urbanos propicia condições cada vez mais favoráveis à instalação e proliferação desses animais junto às regiões habitacionais em ambientes peri e intradomiciliares. Encontram esconderijos em terrenos baldios, velhas construções, sob o entulho, pilhas de madeira, tijolos, caixas de luz etc.
O manuseio inadequado de materiais de construção e entulho aumenta as chances de um acidente. No ambiente domiciliar, os cuidados devem ser redobrados quanto ao uso de roupas e calçados. O controle destes animais passa a ser fundamental, e sua eficácia depende de uma ação multidisciplinar envolvendo os órgãos públicos, a comunidade e o manejo ambiental para tornar desfavoráveis as condições de instalação, permanência e proliferação dos escorpiões.
Algumas das espécies consideradas perigosas:
Tityus serrulatus Lutz & Mello, 1922 : de 5 a 7 cm de comprimento; colorido geral amarelado; pernas e papos sem manchas; cefalotórax e abdômen escuros; presença de serrilha na face dorsal do 3 o e 4 o segmentos da cauda; presença de espinho subaculear no telson.
Tityus bahiensis Perty, 1833: de 5 a 7 cm de comprimento; colorido geral marrom avermelhado; cefalotórax e abdômen mais escuros e sem manchas; pernas com pequenas manchas escuras; presença de manchas mais escuras na tíbia e fêmur dos palpos; presença de espinho subaculear no telson.
Tityus stigmurus Thorell, 1876: de 5 a 7 cm de comprimento; colorido geral amarelado; pernas e palpos sem manchas; presença de um triângulo escuro na face dorsal anterior do cefalotórax; pré-abdômen com uma faixa escura central bem definida e duas laterais discretas na face dorsal; presença de serrilha na face dorsal do 3 o e 4 o segmentos da cauda; presença de espinho subaculear no telson.
Tityus cambridgei Pocock, 1897 : de 8 a 10 cm de comprimento; colorido geral castanho escuro avermelhado, com alguns pontos mais claros; o macho possui a cauda e os palpos mais finos e longos que a fêmea; presença de espinho subaculear no telson.
Cumps
Matapitosboss