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Ortoprotesia

migel

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Ortoprotesia

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Ortoprotesia é uma das 18 profissões que integram a carreira de Técnico de Diagnóstico e Terapêutica (TDT). O técnico formado em Ortoprotesia recebe o nome de ortoprotésico.

Segundo os Decretos-Lei 261/93 de 24 de Julho e 564/99 de 21 de Dezembro, cabe ao ortoprotésico a avaliação de indivíduos com problemas motores ou posturais, com a finalidade de conceber, desenhar e aplicar os dispositivos necessários e mais adequados à correcção do aparelho locomotor, ou à sua substituição no caso de amputações, e de desenvolvimento de acções visando assegurar a colocação de dispositivos fabricados e respectivo ajustamento, quando necessário.

A função do ortoprotésico baseia-se no estudo, construção, adaptação e aplicação de próteses e ortóteses a indivíduos com amputação, ausência por malformação congénita dos membros ou deficiência funcional total ou parcial do sistema neuro-músculo-esquelético. Os ortoprotésicos podem providenciar próteses adequadas aos diferentes pacientes de forma a substituir membros perdidos em acidentes, amputação devido a doença ou malformação congénita.

Fonte:Origem: Wikipédia
 

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História da Ortoprotesia e do seu ensino em Portugal

História da Ortoprotesia e do seu ensino em Portugal
A evolução histórica da formação dos diversos profissionais hoje integrados na carreira de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica (TDT), na qual se inclui o ortoprotésico, tem início em 1961, com a portaria 18523 de 12 de Junho. São criados os centros de preparação de Técnicos Auxiliares dos Serviços de Saúde do Ministério da Saúde. Dá-se a homogeneização da formação e o início da identificação da formação em espaço escolar.

Nesse mesmo ano, em 1961, o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão (CMRA) contacta quatro indivíduos e envia-os para os EUA e Reino Unido para adquirirem formação nas áreas de Próteses, Ortóteses, Cintas Medicinais e Calçado Ortopédico.

Quando regressaram ao CMRA, procederam à contratação de pessoal para o sector de Ortoprotesia. Este recrutamento foi feito segundo o requerido pela portaria nº19397 de 1962 para o Grupo I, cujas habilitações necessárias eram a 4ª classe, com 6 meses de formação, seguindo-se 3 meses de estágio. A formação deste pessoal foi feita com base na prática diária à bancada, excluindo-se qualquer contacto com o paciente. A sua actuação resumia-se ao papel de Auxiliar de Ortoprotesia.

Em 1977, o D.L. 87/77 de 30 de Dezembro dá início à criação da carreira dos Técnicos Auxiliares dos Serviços Complementares de Diagnóstico e Terapêutica. Fica assim imposto como condição de acesso a posse do 9º ano de escolaridade e a duração da formação nunca inferior a 5 semestres lectivos.

Entre 1977 e 1980 torna-se necessário integrar na carreira os indivíduos que até aí tinham trabalhado na profissão. Essa integração foi feita mediante a tutela do Departamento de Recursos Humanos (DRH), através da análise curricular.

Em 1982 sai o D.L. 371/82 de 10 de Setembro e são criadas as Escolas Técnicas dos Serviços de Saúde de Lisboa, Porto e Coimbra. Dá-se então a transição do modelo tradicional de formação essencialmente em meio hospitalar e em serviço, para o modelo escolar.

Ainda em 1982 é criado o primeiro curso de Ortoprotesia com a duração de 3 anos escolares, a funcionar na Escola Técnica dos Serviços de Saúde de Lisboa. O curso era constituído por um tronco comum a todos os cursos leccionados nessa escola, por um período de formação técnica e por um período de estágio. Os candidatos entravam efectuando provas gerais a nível nacional.

Em 1984 é feito o segundo curso de Ortoprotesia cuja condição de acesso passou a ser o 12º ano de escolaridade. Estabeleceu-se formalmente a necessidade de formar técnicos e não auxiliares.

Em 1987 surge o terceiro e último curso de Ortoprotesia, desta vez na Escola Técnica dos Serviços de Saúde do Porto.

Deu-se então um longo interregno sem formação superior ao nível da Ortoprotesia.

Só em 2003 e 2004, na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) e na Universidade do Algarve (Escola Superior de Saúde de Faro em parceria com a Escola Superior de Tecnologia), respectivamente, surgem novos cursos superiores de Ortoprotesia.

A criação destes novos cursos de Ortoprotesia veio colmatar um grande défice de profissionais neste sector em Portugal, pois apesar de Ortoprotesia estar integrada nas profissões das Tecnologias da Saúde, definidas no Decreto-Lei 320/99 de 11 de Agosto, não tinha sido contemplada com cursos de formação inicial no ensino, até agora.

Fonte:Wikipédia
 

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Função do ortoprotésico

Função do ortoprotésico

Uma das principais funções do ortoprotésico é saber tirar as medidas e traçados necessários para proceder à concepção das próteses e ortóteses conforme a prescrição efectuada pelo médico.

Dentre as diversas próteses e ortóteses que o ortoprotésico está habilitado a conceber podem-se enumerar:

- próteses para o membro inferior
- próteses para o membro superior
- ortóteses para o membro inferior
- ortóteses para o membro superior
- ortóteses do tronco ou coletes
- ortóteses de imobilização cervical
- ortóteses plantares ou palmilhas
- calçado ortopédico
- talas posteriores
- aparelhos de marcha curta
- aparelhos de marcha longa
- assentos moldados
- adaptações várias

O ortoprotésico tem de reconhecer a importância do utente como indivíduo, em todos os aspectos da relação terapêutica. Deve comunicar de forma aberta, frontal, profissional e clara. Os seus métodos de comunicação devem ir-se modificando até ir ao encontro com as necessidades do utente, certificando-se que há compreensão da parte deste.

Comunicações mais delicadas devem ser comunicadas em ambiente privado e deve-se pedir a autorização ao utente antes de discutir detalhes confidenciais com os seus familiares e amigos.

Deve estabelecer-se entre o ortoprotésico e o utente uma relação de confiança. No entanto, o ortoprotésico não deve participar em relacionamentos que explorem os utentes em termos sexuais, psicológicos, financeiros, sociais ou de outro modo que possa prejudicar sua opinião pessoal e objectividade.

O trabalho que o ortoprotésico realiza é muito importante para a vida futura do paciente. Deve existir por parte do profissional um cuidado especial e o máximo de atenção para com o paciente que aceita a sua intervenção, pois todo o processo de adaptação a uma prótese, assim como a uma ortótese, é um processo demorado, que pode ser doloroso, e que influencia o paciente quer em aspectos físicos, quer psicológicos, sendo por isso necessário ser-se sensível a todos estes factores.

É necessário dar a entender ao utente que pode contar com o ortoprotésico e que ele está lá precisamente para ajudar, pois compete-lhe prestar os cuidados directos de saúde necessários para o tratamento e reabilitação por forma a facilitar a reintegração social do utente.

O ortoprotésico deve informar o utente sobre todos os procedimentos, tendo em consideração a sua idade, estado emocional e capacidade cognitiva de modo a obter o seu consentimento claro e informado, antes de iniciar a sua intervenção. Após a informação dada deverá aceitar a opinião do utente e o que ele achar mais apropriado para si próprio consoante os seus meios e recursos.

É necessário ter também atenção e ser-se sensível a diferentes culturas e modos de viver dos utentes. O ortoprotésico não deve portanto deixar as responsabilidades profissionais serem afectadas por etnias, nacionalidades, religião ou factores extrínsecos. A partir do momento em que o utente aceita a intervenção é necessário dar-lhe todos os serviços/recursos necessários em seu máximo benefício.

Por fim, existe algo muito importante na relação entre o utente e o ortoprotésico: é fundamental mostrar ao indivíduo que apesar da sua “diferença”, ele pode agir como qualquer outra pessoa, realizando as mesmas actividades. Por isso é essencial ouvir os desejos e anseios do utente, mostrando sempre que existe a possibilidade de eles se realizarem. Para ajudar o utente nesses casos é necessário algo que é muito importante em Ortoprotesia: perseverança, e sobretudo criatividade, ou seja, a capacidade de inovar.

Fonte:Wikipédia
 

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Materiais usados em Ortoprotesia

Materiais usados em Ortoprotesia

Na primeira metade do século XX, as próteses e ortóteses eram confeccionadas principalmente em metal, madeira, couro e tecido. Nos últimos cinquenta anos, no entanto, o avanço da tecnologia permitiu a utilização de componentes mais leves e resistentes. A utilização de termoplásticos na Ortoprotesia permitiu o aumento da durabilidade e a melhoria da estética. Actualmente conta-se com inúmeros materiais específicos para a confecção de próteses e ortóteses, embora elementos anteriormente utilizados ainda continuem a ser aplicados. A escolha dos materiais e dos componentes apropriados para a confecção da prótese ou ortótese é decidida pelo ortoprotésico, levando em consideração a necessidade individual em cada situação clínica.



Tipos de materiais

Dentre os inúmeros materiais utilizados na Ortoprotesia, podemos citar as características de alguns deles, tais como couro, silicone, metais, termoplásticos, espumas, resinas e polímeros viscoelásticos.

Couro

Esta é uma matéria-prima ainda utilizada na confecção de próteses, sobretudo para efectuar suspensão da prótese. Dentre algumas das suas características há a realçar a boa resistência, a porosidade, a estética, o facto de ser um material não tóxico e de fácil manuseio. O couro é empregado também no revestimento de algumas estruturas metálicas e na confecção de correias.

Metais

Aço inoxidável, alumínio e dura-alumínio são os metais mais utilizados. O aço é um material rígido e bastante duradouro, porém pesado. O alumínio é um material bem mais leve, resistente à corrosão e com uma melhor aparência, apesar de também apresentar rigidez, ainda que esta seja menor do que no caso do aço. O titânio pode igualmente ser utilizado na confecção de próteses, apresentando peso reduzido e alta resistência, mas o seu elevado valor monetário, porém, justifica a sua pouca aplicação.

Termoplásticos

Os plásticos são materiais orgânicos sintéticos. Os termoplásticos quando aquecidos, permitem que as suas moléculas livres deslizem umas sobre as outras durante um processo de moldagem; após arrefecerem, fixam-se na posição final, ou seja, são materiais que se tornam moldáveis quando aquecidos e rígidos depois de arrefecidos. Estes podem ser classificados em materiais de alta e baixa densidade, o que permite variar a temperatura em que são manipulados. Os termoplásticos de alta e baixa densidade são também chamados de termoplásticos de alta e baixa temperatura.

Os de baixa temperatura ou de baixa densidade são manipulados e moldados em temperaturas inferiores a 80ºC, por terem as moléculas mais pequenas. Uma vantagem destes materiais é a boa memória, ou seja, a possibilidade de serem reaquecidos e remodelados inúmeras vezes, permitindo pequenos ajustes durante a confecção.

Dentre os termoplásticos de alta temperatura ou alta densidade, o polipropileno (PP) é um dos mais utilizados devido às características de excepcional resistência a rupturas por flexão e fadiga, resistência química, boa resistência a impactos, baixo peso, custo reduzido e fácil manipulação. Este material pode ser encontrado no mercado em chapas de várias espessuras, variando de 1 mm até mais de 10 mm. A escolha dependerá da resistência desejada durante a confecção e tipo de aplicação. Os termoplásticos de alta densidade, por necessitarem de temperaturas mais elevadas, são trabalhados sobre moldes positivos em gesso. É possível realizar a aplicação de tranfers coloridos nas placas termoplásticas, resultando em próteses ou ortóteses esteticamente mais agradáveis.

De forma geral, os plásticos são relativamente leves, facilmente moldáveis, de fácil limpeza, resistentes a impactos e à corrosão, e estão disponíveis em várias cores.

Carbono

A fibra de carbono é um material extremamente leve, durável e resistente, porém de alto custo. É utilizado quando se procura criar um componente que ofereça uma grande resistência em regiões sujeitas a enormes cargas de tensão.

Espumas

As espumas geralmente são utilizadas como uma interface de protecção entre as próteses e a pele do segmento envolvido, especialmente em áreas vulneráveis a lesões, como em proeminências ósseas. A ortopedia utiliza desde 1960 o polietileno expandido, comercialmente conhecido como Plastazote e Evazote. Este material apresenta na sua composição células fechadas e cruzadas, as quais evitam a absorção de líquidos, como suor, urina e exsudatos. Moldados em baixas temperaturas e bastante leves, estes materiais são encontrados em placas de diferentes espessuras e densidades, sendo os menos densos os mais flexíveis.
Os materiais de células abertas (poliuretano expandido) dissipam melhor o calor, quando comparados com os de células fechadas.

Resinas

As resinas são polímeros preparados via processos de polimerização por adição ou condensação. São utilizadas sobretudo para confeccionar os encaixes das próteses. São comercializadas na forma de soluções ou dispersões, que depois de aplicadas secam, ficando rígidas.

Polímeros

Os polímeros viscoelásticos são materiais com imensa capacidade de reabsorção de choques, apresentando, portanto, uma vasta aplicação para protetização de regiões submetidas a grandes pressões.

Silicone

O silicone é um polímero inorgânico formado por um núcleo de silício e oxigénio. Pela variação do tamanho da sua cadeia, podem-se manipular as características deste material, que podem variar desde uma consistência totalmente sólida até a um líquido viscoso. O silicone é sobretudo utilizado para a confecção de revestimento de próteses estéticas, pois as suas características permitem que seja trabalhado de uma forma que é possível criar a textura e o aspecto da pele. Apresenta ainda características importantes como o facto de ser resistente à água e a temperaturas extremas, ser inodoro e não tóxico.

Fonte:Wikipédia
 

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Áreas de actuação do ortoprotésico

Áreas de actuação do ortoprotésico
A Ortoprotesia é uma profissão autónoma e independente, que está legalmente enquadrada e funciona em complementaridade com diversos grupos de profissionais de saúde (equipa multidisciplinar).

O ortoprotésico está habilitado a trabalhar em:

- centros de saúde
- hospitais com departamentos de fisiatria, ortopedia e cirurgia
- hospitais com departamento de Ortoprotesia
- ortopedias privadas
- clínicas e centros de reabilitação
- farmácias que comercializem ajudas técnicas ou material ortopédico
- indústria e comércio de componentes e materiais de Ortoprotesia
- ensino
- investigação

Fonte:Wikipédia
 
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