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O tempo médio de diagnóstico desta doença rara é de dois anos

Lordelo

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"O tempo médio de diagnóstico de hipertensão pulmonar após os primeiros sintomas, é de dois anos", refere Maria João Canas Saraiva, presidente da Associação Portuguesa de Hipertensão Pulmonar (APHP), num comunicado a propósito do Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar (HP), que se assinala a 5 maio.

Em Portugal, existem cerca de 300 pessoas diagnosticadas com HP, uma doença rara, progressiva e altamente incapacitante, sendo que os especialistas acreditam que este número seja superior ao registado. O subdiagnóstico leva a que muitos doentes levem anos a ser identificados e a iniciar o tratamento atempadamente.

Caracterizada pela pressão elevada (hipertensão) nos vasos que transportam o sangue do coração para os pulmões com o propósito de serem oxigenados. Com este quadro clínico, o lado direito do coração necessita de trabalhar em esforço para conseguir bombear o sangue através das artérias pulmonares.

Os sintomas mais comuns são a falta de oxigénio e dificuldade em respirar em situações normais do dia-a-dia, que não requerem muito esforço, como fazer a cama, lavar os dentes ou pentear-se. O desconforto torácico e algum inchaço nas pernas são outros sinais de alerta. Apesar de ser uma doença incurável, o diagnóstico precoce pode garantir o controlo da doença e permitir o alívio dos sintomas através de tratamentos eficazes. O atraso no diagnóstico pode levar o doente à classe IV, sendo esta a mais grave e que incapacita qualquer atividade física mínima.

"É nosso dever enquanto associação que luta por melhorar a qualidade de vida destes doentes, combater essa realidade e alertar para a importância de diagnosticar precocemente a patologia. Isso passa pela promoção de campanhas de sensibilização como a que vamos implementar este ano", acrescenta Maria João Canas Saraiva.

É a pensar nisso que a APHP vai promover uma campanha de sensibilização para esta patologia, com duas vertentes: educativa - dirigida a doentes, familiares e cuidadores, e desportiva - destinada à população geral. A vertente educativa, composta por várias sessões de formação, pretende elucidar a comunidade de HP - doentes, familiares e cuidadores – sobre a patologia e promover o acesso a informação relevante para melhorar a qualidade de vida das pessoas diagnosticadas com esta doença rara, incapacitante e de difícil diagnóstico. As sessões vão decorrer no auditório do Hospital Garcia de Orta, no dia 14 de maio, contando com a presença de especialistas desta área.

Por sua vez, a vertente desportiva, insere-se na campanha internacional #GetBreathlessForPH, dinamizada por todas as associações de doentes na Europa. Através da promoção de atividade física, o evento que pretende aproximar os cidadãos comuns da realidade destes doentes, vai decorrer em Leiria, no dia 28 de maio. As inscrições serão gratuitas.


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