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- Set 24, 2006
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“ A placenta é um órgão presente na maior parte dos mamíferos, através do qual ocorrem as trocas entre a mãe e seu filho. É formada pelos tecidos do ovo, embriologicamente derivada do córion. Através da placenta o bebê "respira" (ocorrem as trocas de oxigênio e gás carbônico), se "alimenta" (recebendo diretamente os nutrientes por difusão do sangue materno) e excreta produtos de seu metabolismo (excretas nitrogenadas). A placenta é também órgão endócrino importante na gravidez, envolvida na produção de diversos hormônios: progesterona, gonadotrofina coriônica (HgC), hormônio lactogênio placentário, estrogênio (principalmente o estriol), etc .
É um órgão incrivelmente precioso e completo, sendo também o único órgão “usa e joga fora” que temos. Representa as raízes da criança no terreno da mãe. É feita de dois organismos diferentes e incompatíveis, mas funciona como um único órgão, em completa harmonia. Faz todas as funções de um corpo humano. É o pulmão, fornecendo à criança o oxigênio e todas as trocas gasosas; é o coração, ajudando-a a movimentar a massa sangüínea e mantendo a circulação entre ela e a mãe; é o rim, depurando e regulando os líquidos em seu corpo; é o aparado digestivo, procurando e fornecendo comida; é a glândula endócrina, produzindo todos os hormônios necessários à manutenção da gravidez e ao crescimento da criança; é cérebro, guiando com inteligência o sistema informativo entre mãe e bebê, e elaborando todos os dados; é o sistema imunológico, fornecendo à criança anticorpos, linfócitos e macrófagos, as grandes células que podem destruir ou construir o tecido, os monstros tão temidos pelo embrião; é também a fonte do líquido amniótico e o renova a cada duas horas completamente.
A placenta é um órgão ativo, tem capacidade de bombear glicose e oxigênio para a criança, conforme suas necessidades. Até o nascimento faz parte integrante do corpo da criança, também na sua parte materna. A placenta conserva o grande segredo da contemporânea unidade e dualidade entre mãe e bebê.
No momento do nascimento, a placenta continua desenvolvendo todas suas funções, ajudando a criança a regular seu metabolismo e seu organismo até o ponto de equilíbrio; a partir daí ela pode seguir autonomamente. Quando os pulmões respiram, quando o coração consegue regular a circulação sozinho, quando a criança recebe açucares, substâncias nutritivas e anticorpos do seio materno, quando os ácidos produzidos pelo parto são descarregados e os rins da criança funcionam, então (e somente então) pode-se deixá-la. Naturalmente, se o cordão permanecer íntegro.
Quando a criança não precisa mais da placenta, não somente interrompe a comunicação, e, portanto a circulação, mas faz destacar a placenta do corpo materno e a faz expelir. Somente então é o momento para cortar o cordão umbilical.”
Nas diferentes culturas as mulheres encontraram formas de guardarem uma recordação desse orgão tão importante.
Algumas fazem um agradecimento por escrito, como esse texto maravilhoso que a Kathy escreveu no mamiferas: Carta a minha placenta.
por: Kathy
Você que cuidou do meu pequenino ser por tantos meses, que nutriu, oxigenou e acompanhou meu neném dentro da minha barriga. Filtrou, trocou, foi minha ligação direta com o Sam desde quando ele ainda era um arrozinho, sementinha, feijãozinho ou todos os nomes fofos pelos quais ele era chamado quando estava aqui no quentinho. Cresceu com ele, cumpriu seu papel com louvor e ajudou a fazer de mim a pessoa mais feliz do mundo porque colaborou para a saúde e o perfeito desenvolvimento do meu filhote.
Venho aqui, publicamente, querida, e jamais poderia ter sido diferente, pedir-lhe desculpas. Não era minha intenção que você fosse eliminada, descartada e jogada fora assim, como se nada significasse. Você não fazia parte daquele lixo hospitalar todo, assim como eu não fazia parte daquele lugar de cheiro tão característico que até hoje consigo me lembrar exatamente dele como se estivesse lá.
Pelo menos pude me despedir. Foi rápido, eu sei, e acho que você também se lembra. Já estava com o Samzinho no colo e devidamente plugado em meu seio quando você saiu. A anestesia não me deixou sentir nada. E lá estava a enfermeira te carregando para longe quando eu pedi, quase supliquei: "Quero ver a minha placenta!!"
A cara da equipe foi cômica. Você devia ter visto... "O que??? Pra que???" Aí não dava... Berrei!! "É isso, eu quero ver a minha placenta, oras, ela é minha, acho que tenho direito, né??" A enfermeira fez aquela cara de quem não contraria louco e me mostrou você...
Foi rápido, mas foi legal. Lá estava você. Bonita eu não digo que era, e você por favor não se ofenda, mas nunca esqueci. Estava lá, emoldurada num daqueles lençóis hospitalares verde agua. Olhei o quanto a paciência da enfermeira permitiu. Nem foi muito. Pena. Lá se foi você pro lixo. Tsc...
Perdão pelo fim não muito digno. Queria muito ter te guardado e depois enterrado, com direito a plantar árvore em cima e tudo, mas não deu! Eu já tinha conseguido tantas vitórias naquela noite que achei que já estava bom. Mas nunca está. Mesmo assim, valeu mesmo, por tudo. Você foi parte integrante do nascimento do Sam e do meu renascimento, exatamente por isso, nunca vou te esquecer!
Outras usam-na como adubo para uma nova arvore frutifera no quintal de casa e associam o nascimento do filho aquela arvore.
O ator Matthew McConaughey contou em um programa da CNN, nos Estados Unidos, que guardou a placenta de seu filho com a modelo brasileira Camila Alves e que ia plantá-la em um pomar, seguindo tradições de diversas culturas, conforme noticiou o jornal “NY Daily News”.
"Quando eu estava na Austrália, eles tinham uma 'árvore de placenta' que ficava em um rio... e todas as placentas de toda a tribo, de todo o povo, de qualquer que fosse a tribo aborígene, iam para aquela árvore que era um enorme monumento para saúde e força. Essa árvore se tornou mais alta e mais forte que todas. Foi lindo", contou o ator.
Outras pessoas fazem um quadro, usando o sangue da placenta como tinta para a impressão ou tintas de cores diferentes e conseguem fazer essa linda "arvore da vida".
Agora aqui uma novidade que encontrei num site americano, um urso feito com a placenta. Não é o máximo?!
Texto inicial retirado do site Morada da floresta.
É um órgão incrivelmente precioso e completo, sendo também o único órgão “usa e joga fora” que temos. Representa as raízes da criança no terreno da mãe. É feita de dois organismos diferentes e incompatíveis, mas funciona como um único órgão, em completa harmonia. Faz todas as funções de um corpo humano. É o pulmão, fornecendo à criança o oxigênio e todas as trocas gasosas; é o coração, ajudando-a a movimentar a massa sangüínea e mantendo a circulação entre ela e a mãe; é o rim, depurando e regulando os líquidos em seu corpo; é o aparado digestivo, procurando e fornecendo comida; é a glândula endócrina, produzindo todos os hormônios necessários à manutenção da gravidez e ao crescimento da criança; é cérebro, guiando com inteligência o sistema informativo entre mãe e bebê, e elaborando todos os dados; é o sistema imunológico, fornecendo à criança anticorpos, linfócitos e macrófagos, as grandes células que podem destruir ou construir o tecido, os monstros tão temidos pelo embrião; é também a fonte do líquido amniótico e o renova a cada duas horas completamente.
A placenta é um órgão ativo, tem capacidade de bombear glicose e oxigênio para a criança, conforme suas necessidades. Até o nascimento faz parte integrante do corpo da criança, também na sua parte materna. A placenta conserva o grande segredo da contemporânea unidade e dualidade entre mãe e bebê.
No momento do nascimento, a placenta continua desenvolvendo todas suas funções, ajudando a criança a regular seu metabolismo e seu organismo até o ponto de equilíbrio; a partir daí ela pode seguir autonomamente. Quando os pulmões respiram, quando o coração consegue regular a circulação sozinho, quando a criança recebe açucares, substâncias nutritivas e anticorpos do seio materno, quando os ácidos produzidos pelo parto são descarregados e os rins da criança funcionam, então (e somente então) pode-se deixá-la. Naturalmente, se o cordão permanecer íntegro.
Quando a criança não precisa mais da placenta, não somente interrompe a comunicação, e, portanto a circulação, mas faz destacar a placenta do corpo materno e a faz expelir. Somente então é o momento para cortar o cordão umbilical.”
Nas diferentes culturas as mulheres encontraram formas de guardarem uma recordação desse orgão tão importante.
Algumas fazem um agradecimento por escrito, como esse texto maravilhoso que a Kathy escreveu no mamiferas: Carta a minha placenta.
por: Kathy
Você que cuidou do meu pequenino ser por tantos meses, que nutriu, oxigenou e acompanhou meu neném dentro da minha barriga. Filtrou, trocou, foi minha ligação direta com o Sam desde quando ele ainda era um arrozinho, sementinha, feijãozinho ou todos os nomes fofos pelos quais ele era chamado quando estava aqui no quentinho. Cresceu com ele, cumpriu seu papel com louvor e ajudou a fazer de mim a pessoa mais feliz do mundo porque colaborou para a saúde e o perfeito desenvolvimento do meu filhote.
Venho aqui, publicamente, querida, e jamais poderia ter sido diferente, pedir-lhe desculpas. Não era minha intenção que você fosse eliminada, descartada e jogada fora assim, como se nada significasse. Você não fazia parte daquele lixo hospitalar todo, assim como eu não fazia parte daquele lugar de cheiro tão característico que até hoje consigo me lembrar exatamente dele como se estivesse lá.
Pelo menos pude me despedir. Foi rápido, eu sei, e acho que você também se lembra. Já estava com o Samzinho no colo e devidamente plugado em meu seio quando você saiu. A anestesia não me deixou sentir nada. E lá estava a enfermeira te carregando para longe quando eu pedi, quase supliquei: "Quero ver a minha placenta!!"
A cara da equipe foi cômica. Você devia ter visto... "O que??? Pra que???" Aí não dava... Berrei!! "É isso, eu quero ver a minha placenta, oras, ela é minha, acho que tenho direito, né??" A enfermeira fez aquela cara de quem não contraria louco e me mostrou você...
Foi rápido, mas foi legal. Lá estava você. Bonita eu não digo que era, e você por favor não se ofenda, mas nunca esqueci. Estava lá, emoldurada num daqueles lençóis hospitalares verde agua. Olhei o quanto a paciência da enfermeira permitiu. Nem foi muito. Pena. Lá se foi você pro lixo. Tsc...
Perdão pelo fim não muito digno. Queria muito ter te guardado e depois enterrado, com direito a plantar árvore em cima e tudo, mas não deu! Eu já tinha conseguido tantas vitórias naquela noite que achei que já estava bom. Mas nunca está. Mesmo assim, valeu mesmo, por tudo. Você foi parte integrante do nascimento do Sam e do meu renascimento, exatamente por isso, nunca vou te esquecer!
Outras usam-na como adubo para uma nova arvore frutifera no quintal de casa e associam o nascimento do filho aquela arvore.
O ator Matthew McConaughey contou em um programa da CNN, nos Estados Unidos, que guardou a placenta de seu filho com a modelo brasileira Camila Alves e que ia plantá-la em um pomar, seguindo tradições de diversas culturas, conforme noticiou o jornal “NY Daily News”.
"Quando eu estava na Austrália, eles tinham uma 'árvore de placenta' que ficava em um rio... e todas as placentas de toda a tribo, de todo o povo, de qualquer que fosse a tribo aborígene, iam para aquela árvore que era um enorme monumento para saúde e força. Essa árvore se tornou mais alta e mais forte que todas. Foi lindo", contou o ator.
Outras pessoas fazem um quadro, usando o sangue da placenta como tinta para a impressão ou tintas de cores diferentes e conseguem fazer essa linda "arvore da vida".
Agora aqui uma novidade que encontrei num site americano, um urso feito com a placenta. Não é o máximo?!
Texto inicial retirado do site Morada da floresta.
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