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O padre, o filho e a mãe. A irreparável solidão dos funerais em Itália

Lordelo

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As primeiras imagens da galeria acima mostram um homem, com uma máscara colocada, ao lado do caixão da sua mãe, escutando os ritos religiosos do padre encarregue do serviço fúnebre, num cemitério fechado em Seriate, perto de Bergamo, na Itália, uma cena que foi fotografada no passado dia 20 de março.

Esta é uma imagem que se repete em várias regiões italianas, fruto do número de mortes sem precedentes por causa da Covid-19. Embora os jornais indiquem que "a maior parte das pessoas prefere cremações", por causa do sufocante conjunto de restrições impostas, ainda se realizam alguns funerais.

Entre o conjunto de regras que têm que ser respeitadas está a limitação ao número de funerais (dois por dia) e a limitação de familiares por cerimónia. Significa isto que muitas famílias não têm sequer oportunidade de dizer um último adeus ao seus familiares falecidos, dado que só podem estar presentes uma ou duas pessoas.

Esta é a realidade depois de algumas semanas ou meses de afastamento no hospital, onde também não há hipótese de visita (a não ser chamada ou videochamada, quando é possível) nem nos últimos momentos. Os corpos, por segurança, não podem ser vestidos e são logo colocados dentro do caixão. A família pode, sim, enviar uma roupa, que os profissionais depois colocam por cima do cadáver como se estivesse vestido.

Recorde-se que Itália passou este sábado a barreira dos 10 mil mortos, totalizando ainda mais de 92 mil casos de infeção.


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