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"O nosso futuro será decidido apenas por nós": Zelensky voltou a pedir paz justa na Ucrânia no Dia da Independência
Presidente ucraniano promete "continuar a lutar" enquanto os seus apelos à paz não tiverem resposta
Um desafiante Volodymyr Zelensky prometeu este domingo, nas comemorações do 34ª aniversário da independência da Ucrânia, "continuar a lutar" até o país conseguir alcançar uma paz justa.
"Ainda não ganhámos, mas certamente não estamos derrotados", afirmou o presidente ucraniano num discurso na Praça da Independência, em Kiev, no qual prometeu que o país continuará a resistir à agressão russa enquanto os seus apelos à paz não tiverem resposta de Moscovo. "Precisamos de uma paz justa, uma paz em que o nosso futuro seja decidido apenas por nós. O mundo sabe disto. E o mundo respeita isto. Respeita a Ucrânia. Considera a Ucrânia como um igual", sublinhou Zelensky no seu discurso.
O presidente ucraniano esteve acompanhado nas cerimónias em Kiev pelo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e pelo enviado norte-americano Keith Kellog, o qual agraciou com a Ordem do Mérito, uma das mais altas condecorações do Estado ucraniano. Zelensky aproveitou para agradecer os esforços da Administração Trump para negociar um acordo de paz com a Rússia, ao que Kellog respondeu: "Vamos fazer isto funcionar".
Recorde-se que Donald Trump voltou na sexta-feira a mostrar-se descontente com a recusa do presidente russo, Vladimir Putin, em reunir-se com Zelensky, e prometeu tomar uma decisão nas próximas duas semanas. "Vou decidir o que vou fazer, vai ser uma decisão muito importante. Vou decidir se aplicamos sanções massivas ou tarifas massivas, ou ambas, ou se não fazemos nada e dizemos que a luta é deles", afirmou Trump.
EUA travam ataques em território russo
A Administração Trump impediu nos últimos meses a Ucrânia de usar os mísseis de longo alcance ATACMS fornecidos pelos EUA para lançar ataques contra o território russo, para não prejudicar os esforços do presidente norte-americano para conseguir trazer Vladimir Putin para a mesa das negociações, noticiou no domingo o ‘Wall Street Journal’. De acordo com a notícia, o Governo ucraniano terá pelo menos numa ocasião pedido à Administração Trump para abrir uma exceção para atacar um alvo importante, mas o pedido foi rejeitado ao abrigo de um “mecanismo de revisão” desenvolvido pelo Pentágono, no qual a responsabilidade máxima para dar luz verde aos ataques cabe ao Secretário da Defesa dos EUA, Peta Hegseth. Além dos mísseis ATACMS, que têm um alcance superior a 300 quilómetros, a proibição abrange ainda os mísseis de longo alcance britânicos ‘Storm Shadow’, uma vez que estes dependem de coordenadas e análise de dados sobre os alvos fornecidos pelos EUA.
No domingo, no seu discurso no Dia da Independência, Zelensky admitiu implicitamente as limitações afirmando que, neste momento, a Ucrânia tem usado exclusivamente “armas de produção nacional” para atacar o território da Rússia.
Na semana passada, recorde-se, Donald Trump deu a entender que poderia apoiar uma postura mais ofensiva por parte da Ucrânia, afirmando que Kiev não pode ganhar a guerra se apenas se limitar a defender. “É muito difícil, senão mesmo impossível, ganhar uma guerra sem atacar o território do inimigo. É como uma grande equipa desportiva que tem uma grande defesa mas não pode jogar ao ataque”, afirmou o presidente norte-americano.
Correio da Manhã

Presidente ucraniano promete "continuar a lutar" enquanto os seus apelos à paz não tiverem resposta
Um desafiante Volodymyr Zelensky prometeu este domingo, nas comemorações do 34ª aniversário da independência da Ucrânia, "continuar a lutar" até o país conseguir alcançar uma paz justa.
"Ainda não ganhámos, mas certamente não estamos derrotados", afirmou o presidente ucraniano num discurso na Praça da Independência, em Kiev, no qual prometeu que o país continuará a resistir à agressão russa enquanto os seus apelos à paz não tiverem resposta de Moscovo. "Precisamos de uma paz justa, uma paz em que o nosso futuro seja decidido apenas por nós. O mundo sabe disto. E o mundo respeita isto. Respeita a Ucrânia. Considera a Ucrânia como um igual", sublinhou Zelensky no seu discurso.
O presidente ucraniano esteve acompanhado nas cerimónias em Kiev pelo primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, e pelo enviado norte-americano Keith Kellog, o qual agraciou com a Ordem do Mérito, uma das mais altas condecorações do Estado ucraniano. Zelensky aproveitou para agradecer os esforços da Administração Trump para negociar um acordo de paz com a Rússia, ao que Kellog respondeu: "Vamos fazer isto funcionar".
Recorde-se que Donald Trump voltou na sexta-feira a mostrar-se descontente com a recusa do presidente russo, Vladimir Putin, em reunir-se com Zelensky, e prometeu tomar uma decisão nas próximas duas semanas. "Vou decidir o que vou fazer, vai ser uma decisão muito importante. Vou decidir se aplicamos sanções massivas ou tarifas massivas, ou ambas, ou se não fazemos nada e dizemos que a luta é deles", afirmou Trump.
EUA travam ataques em território russo
A Administração Trump impediu nos últimos meses a Ucrânia de usar os mísseis de longo alcance ATACMS fornecidos pelos EUA para lançar ataques contra o território russo, para não prejudicar os esforços do presidente norte-americano para conseguir trazer Vladimir Putin para a mesa das negociações, noticiou no domingo o ‘Wall Street Journal’. De acordo com a notícia, o Governo ucraniano terá pelo menos numa ocasião pedido à Administração Trump para abrir uma exceção para atacar um alvo importante, mas o pedido foi rejeitado ao abrigo de um “mecanismo de revisão” desenvolvido pelo Pentágono, no qual a responsabilidade máxima para dar luz verde aos ataques cabe ao Secretário da Defesa dos EUA, Peta Hegseth. Além dos mísseis ATACMS, que têm um alcance superior a 300 quilómetros, a proibição abrange ainda os mísseis de longo alcance britânicos ‘Storm Shadow’, uma vez que estes dependem de coordenadas e análise de dados sobre os alvos fornecidos pelos EUA.
No domingo, no seu discurso no Dia da Independência, Zelensky admitiu implicitamente as limitações afirmando que, neste momento, a Ucrânia tem usado exclusivamente “armas de produção nacional” para atacar o território da Rússia.
Na semana passada, recorde-se, Donald Trump deu a entender que poderia apoiar uma postura mais ofensiva por parte da Ucrânia, afirmando que Kiev não pode ganhar a guerra se apenas se limitar a defender. “É muito difícil, senão mesmo impossível, ganhar uma guerra sem atacar o território do inimigo. É como uma grande equipa desportiva que tem uma grande defesa mas não pode jogar ao ataque”, afirmou o presidente norte-americano.
Correio da Manhã