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O mar precisa respirar

xicca

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Os peixes também se afogam. O mar, coberto de verde, por mantos de algas, pode ocultar um cemitério enorme: não há oxigênio o suficiente na água salgada. Cientistas observaram um ciclo nas chamadas zonas mortas - na qual vivem apenas alguns microorganismos arcaicos. Elas aumentam exponencialmente desde os anos 60.


Um estudo publicado na revista "Science" mostra que entre 1995 e 1997 as zonas mortas já são totalizadas em 405. "Não existe outra variável de tamanha importância ecológica para os ecossistemas marinhos costeiros que tenha mudado tão rápido e drasticamente em tão pouco tempo como as zonas de oxigênio dissolvido", afirma Robert Díaz, do Instituto de Ciências Marinhas da Virgínia, nos Estados Unidos.


A origem de tal quadro está, mais uma vez, na atividade humana. A queima de combustíveis fósseis e, principalmente, os fertilizantes agrícolas são os responsáveis por extinguir o oxigênio do mar. Tais resíduos liberam quantidades muito grandes de fosfatos e nitratos que, trazidos pelos rios, provocam eutrofização - aumento descontrolado de algas microscópicas na água.


Mas o processo não acaba ai. O fitoplâncton, ao morrer, vai para o fundo do mar e ali se converte em banquete para bactérias. Estas, para decompor sua comida, absorvem altas quantidades de oxigênio, diminuindo o índice do gás na água disponível para a fauna marinha.


O estudo, liderado por Díaz, mostra que o mar perdeu cerca de 30% de sua energia da cadeia alimentar, o que gera um menor rendimento na pesca. "Se eliminassem as zonas mortas, o mar Báltico seria entre 33% e 50% mais produtivo (para a pesca)", explica Díaz.





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