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O instinto maternal

Luana

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O instinto maternal

Existe latente em todas as mulheres desde a infância. Segundo Darwin, o afecto pelas crias garante a sobrevivência pelas espécies.


Sabemos que a maternidade determina desde o momento da concepção um vínculo biológico muito forte entre mãe-filho. Este vínculo fortalece-se durante toda a gravidez e garante que a mãe desenvolva capacidades que lhe permitirão cuidar da sua cria até que ela consiga sobreviver por si própria. Esta ligação permite-lhe alimentá-lo e cuidá-lo.

Todavia, a mãe humana desenvolve não só este vínculo de maternidade como também um “mundo de afectos e emoções”.


A missão de mãe

Quando uma gatinha tem crias, manifesta o seu instinto maternal. Quando percebe que as suas crias já não necessitam dela, porque os gatinhos já não necessitam de mamar, a "sua missão de mãe" considera-se cumprida. Esta realidade acontece em quase todo o reino animal. Contudo, nos seres humanos a função da maternidade não se extingue no momento em que se deixa de amamentar. Na espécie humana, a maternidade inclui aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais. As funções de mãe dependem de afectos e emoções e variam de mãe para mãe dado terem personalidade e “bagagem histórica” próprias. Assim, poderemos dizer que a maternidade não é um acto meramente biológico sendo que o instinto maternal se mantem ao longo de toda a vida.



O instinto e o amor


O “instinto maternal” não depende de ser mãe. Está presente na mulher - com ou sem filhos - e a sua intensidade varia com a sua personalidade. O instinto maternal não é somente biológico e pode considerar-se, nos humanos como uma simbiose. Quando a mulher fica grávida, este “instinto” potencia-se e atinge o seu máximo depois do parto.

O “amor maternal” é um conjunto de sentimentos e afectos entre a mãe e o filho. Traduz-se como uma relação de carinho e ternura. Enquanto que o “instinto maternal” pode ser sentido por qualquer mulher - seja ou não mãe - e a sua protecção pode recair por filhos próprios ou de outrem - sobrinhos, netos, crianças da rua ou até adultos - o “amor maternal” recai sobre os seus próprios filhos. O amor para com os filhos é um sentimento que vai aumentando paulatinamente e não é raro que nos primeiros dias, esse tal "amor maternal" seja ainda ténue e insipido para, dias mais tarde, se tornar forte e inquestionável. Este vínculo não se extingue e perdurará para toda a vida. É aquele amor que vai suportar as noites em claro, as angústias, os temores, e muitas vezes, o amor pelo filho pródigo que se perdeu pelo mundo e a esqueceu durante anos..


A brincar ao "faz de conta"

Quando uma criança começa a brincar com as bonecas, podemos verificar o seu instinto maternal. Vivencia as vicissitudes da sua relação com a sua mãe e, com a sua “filha-boneca” dramatiza as situações - acaricia-a, dá-lhe banho, canta-lhe enquanto a embala, dá-lhe de comer...

Assim como a mãe estabelece relações emotivas com o seu filho, a criança, muito precocemente desenvolve este instinto que se intensificará para toda a vida, venha ela a ser ou não mãe.

O amor e os cuidados que a menina recebe da sua própria mamã influenciarão o seu instinto maternal.

Todavia, existem crianças que neste "faz de conta" não gostam de bonecas, nem de brincar às casinhas. No futuro, este instinto pode ou não surgir. Ser mãe, não é para toda a humanidade e benditas aquelas que com um grande coração podem albergar um amor infinito pelos seus filhos
 
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