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O mais recente livro do brasileiro Paulo Coelho, intitulado 'O Aleph', como uma obra de Jorge Luis Borges, chega hoje às livrarias portuguesas, numa edição da Pergaminho.
Esgotam-se no título, porém, as semelhanças com O Aleph de Borges, que reúne pequenos contos fantásticos em que o escritor argentino destacou vários aspectos paradoxais da vida humana, das suas crenças, atitudes, desejos, medos, ideais e buscas do entendimento da sua condição.
No conto que dá nome ao livro, Borges narra a história de um escritor medíocre e incompreendido que escreve uma obra-prima depois de lhe ser dada a oportunidade de avistar toda a realidade do universo a partir de um ponto do espaço - baptizado como Aleph - que se situa na cave de uma casa de Buenos Aires prestes a ser demolida.
O Aleph de Paulo Coelho, de 63 anos, é um livro em que o fenómeno de vendas brasileiro relata uma viagem por três continentes - Europa, África e Ásia -, com o objectivo de «crescimento espiritual».
Segundo a editora, trata-se de um livro que «assinala o regresso de Paulo Coelho às suas origens», que, «num relato pessoal e surpreendente, revela como uma grave crise de fé o levou a procurar um caminho de renovação e crescimento espiritual».
«Para se reaproximar de Deus - prossegue a editora - o mago resolve começar tudo de novo: viajar, viver novas experiências, relacionar-se com as pessoas e o mundo. Assim, entre Março e Julho de 2006, guiado por sinais, visita três continentes, lançando-se numa jornada através do tempo e do espaço, do passado e do presente, em busca de si próprio».
Com 130 milhões de livros vendidos em todo o mundo, traduzidos em mais de 70 línguas, Paulo Coelho foi galardoado com diversos prémios internacionais - como o Crystal Award, distinção máxima do Fórum Económico Mundial de Davos - e obteve o título de Cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra, atribuído pelo governo francês, por ser um autor «capaz de inspirar nações».
É o titular da cadeira número 21 da Academia Brasileira de Letras e é também Embaixador Europeu do Diálogo Intercultural e Mensageiro da Paz das Nações Unidas.
Com a mulher, a artista plástica Christina Oiticica, fundou o Instituto Paulo Coelho, que tem por missão ajudar as franjas mais desfavorecidas da sociedade brasileira, sobretudo crianças e idosos.
Lusa / SOL