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A mutação de um gene de uma proteína que cobre o esperma pode ser a causa de grande parte dos casos de infertilidade masculina não explicada, segundo um estudo publicado na revista Science Translational Medicine.
Os cientistas recolheram amostras de DNA de homens dos Estados Unidos, Reino Unido, China, Japão e África, e descobriram que um quarto tem um gene defeituoso que afecta a proteína DEFB126, que por sua vez, se encarrega de cobrir a superfície do esperma ajudando os espermatozóides a nadarem mais rapidamente e a entraram mais facilmente na mucosa do útero.
Ao examinarem 500 casais chineses recém-casados, os cientistas descobriram que os homens com a mutação do DEFB126 tinham a fertilidade diminuída em 30 por cento.
Os investigadores da Universidade da Califórnia-Davis acreditam que esta descoberta pode abrir novos caminhos para resolver problemas de infertilidade que até agora não tinham explicação.
Ted Tollner, co-autor do estudo, lembrou ainda que o espermatozóides humanos, em comparação com o esperma dos macacos e de outros mamíferos, são, em geral, de má qualidade, nadam devagar e têm uma alta taxa de células defeituosas. Esta questão, acreditam os investigadores, pode estar relacionada com o facto de a perpetuação da espécie humana, ao contrário da maior parte dos mamíferos, estar muito ligada à monogamia e, por isso, «a qualidade do esperma não importa muito».