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Nobel da Paz: Comunidade internacional reage à distinção de Martti Ahtisaari

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Nobel da Paz: Comunidade internacional reage à distinção de Martti Ahtisaari

Oslo, 10 Out 2008 (Lusa) - O prémio Nobel da Paz atribuído hoje ao antigo Presidente finlandês Martti Ahtisaari, pelos seus numerosos esforços em processos de mediação de paz no mundo ao longo de 30 anos, foi amplamente elogiado pela maioria da comunidade internacional.

O Presidente português, Aníbal Cavaco Silva, felicitou Martti Ahtisaari, sublinhando a "incansável dedicação" do antigo chefe de Estado da Finlândia "à causa da resolução pacífica dos conflitos internacionais".

Em Bruxelas, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, considerou justa a atribuição do galardão a Ahtisaari, "um europeu muito empenhado", pelo seu longo e bem sucedido currículo "ao serviço da comunidade internacional".

D. Ximenes Belo, galardoado em 1996 com o Nobel da Paz (em conjunto com José Ramos-Horta), destacou que "o prémio segue de novo as linhas fundamentais de Alfred Nobel ao ser concedido a uma pessoa que trabalha para a paz, para a concórdia e para a fraternidade", salientou o bispo em declarações à Lusa.

O Governo espanhol, pela voz da sua vice-presidente Maria Teresa Fernández de la Vega, felicitou Ahtisaari pelo "merecido galardão", e definiu-o como um "grande europeísta, um excelente mediador e, sobretudo, uma excelente pessoa".

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, felicitou em comunicado a "acção corajosa e determinada de Martti Ahtisaari na Namíbia, Kosovo, (no acordo de) Aceh e em outros lugares do mundo".

Também a secretária de Estado para os Direitos Humanos da França, Rama Yade, aplaudiu a escolha: "Impôs o seu talento de mediador indispensável na resolução de conflitos tão diversos como na Namíbia ou na Bósnia-Herzegovina (...) Foi o artesão determinado dos acordos de paz em Aceh e do estatuto final do Kosovo", disse em comunicado.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, felicitou o laureado, enaltecendo o papel de Ahtisaari nas negociações que conduziram à independência da Namíbia - e recordou que lhe atribuíram neste país uma distinção especial, dando o seu nome a uma escola.

"É um defensor acérrimo dos princípios e dos ideais das Nações Unidas", foi desta forma que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, definiu o antigo Presidente finlandês, num comunicado do seu gabinete.

O secretário-geral da NATO, Jaap de Hoop Scheffer, por intermédio do porta-voz da organização, "acredita que é muito merecida pela longa carreira dedicada à paz internacional".

O presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Poettering, depois de felicitar o galardoado, fez questão de salientar que o prémio Nobel da Paz agora atribuído constitui também "uma grande honra" para a União Europeia no seu conjunto.

A voz dissonante veio de Boris Milosevic, irmão do antigo dirigente sérvio Slobodan Milosevic, que condenou a escolha de Martti Ahtisaari - um ex-enviado especial da ONU para o Kosovo - devido ao falhanço negociativo entre o Kosovo e Sérvia, que é tido como o seu maior fracasso.

"É esquisito que o prémio Nobel seja utilizado para fins políticos", comentou à rádio Eco de Moscovo Borislav Milosevic, um antigo embaixador da Jugoslávia na Rússia.

O Comité Nobel norueguês distinguiu este diplomata de 71 anos pelos "seus esforços para resolver conflitos internacionais em vários continentes e há mais de três décadas".

Martti Ahtisaari foi Presidente da Finlândia entre 1994 e 2000, e ficou notado pelas suas missões de mediação de conflitos na Namíbia, Aceh (Indonésia), Kosovo e Iraque.

O prémio Nobel da Paz, consiste numa medalha, um diploma e um cheque de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,03 milhões de euros), e será entregue em Oslo a 10 de Dezembro próximo.


GZN.
Lusa/Fim
 
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