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Notícias Nicarágua expulsa embaixador do Brasil por ter faltado à festa da revolução sandinista

Roter.Teufel

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Nicarágua expulsa embaixador do Brasil por ter faltado à festa da revolução sandinista

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Lula da Silva exigiu o fim da perseguição política e policial a religiosos.

Numa medida radical que reflecte a crescente tensão entre os dois países não obstante a histórica relação entre os seus presidentes, Daniel Ortega e Lula da Silva, o governo da Nicarágua expulsou do país o embaixador do Brasil, Breno Souza da Costa. De acordo com a imprensa de Manágua, a capital nicaraguense, o governo local deu 15 dias para o diplomata brasileiro deixar o país.

A expulsão, uma das atitudes mais severas nas relações entre países, foi uma retaliação pela ausência do embaixador brasileiro na festa que no dia 19 de julho marcou a comemoração da chamada "Revolução Sandinista", que assinala a tomada de poder pela Frente Sandinista de Libertação Nacional, comandada há décadas por Daniel Ortega, após a derrubada em 1979 do governo do ditador Anastásio Somoza. Breno Souza da Costa faltou ao evento por determinação do próprio Lula da Silva, como forma de protesto do governo brasileiro por atitudes ditatoriais tomadas pelo aliado e amigo Daniel Ortega, nomeadamente contra religiosos.

Nos últimos dois anos, o governo da Nicarágua endureceu fortemente a repressão aos que contestam o radicalismo do partido no poder e tem tido como um dos principais alvos a Igreja Católica. Bispos e padres têm sido perseguidos, presos ou expulsos do país, e há relatos de que vários desses religiosos foram submetidos a torturas e outros maus tratos e até mortos.

Lula da Silva, que várias vezes defendeu Daniel Ortega, de quem é, ou era, um dos poucos aliados na América Latina, protestou junto ao governo de Manágua contra essas arbitrariedades e exigiu o fim da perseguição política e policial a religiosos e a outras vozes críticas ao executivo local. Ortega simplesmente ignorou os apelos de Lula, e o brasileiro, em resposta, determinou o congelamento das relações diplomáticas entre o Brasil e a Nicarágua por um ano, medida em que se insere a ausência do embaixador nas comemorações sandinistas, o que despertou a ira do antigo guerrilheiro.

Correio da Manhã
 
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