Nelson14
GF Platina
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Quando uma pessoa possui algum tipo de deficiência física visível ou aparente (cadeirante, deficientes visuais, amputados, pessoas com Síndrome de Down, entre outros) é possível perceber facilmente. Por outro lado, existem pessoas que são portadoras de deficiências menos conhecidas e menos visíveis, e que nem por isso são menos importantes, já que essas pessoas também requerem adaptações que são fundamentais para conseguirem realizar, com tranquilidade, suas atividades diárias.
Portanto, ser uma pessoa com deficiência não implica, necessariamente, ter uma anomalia física visível ou aparente, como a falta de um membro, etc. Ser pessoa com deficiência, muitas vezes, é ser aparentemente perfeita física e psiquicamente, embora apresente uma anomalia imperceptível.
Essa definição deveria fazer a sociedade refletir muito sobre quem estaciona nas vagas especiais e sai andando do carro, quem utiliza banheiros especiais e é ostomizado... Muitas vezes a sociedade acha que essas pessoas são oportunistas e se revolta ao presenciar alguns destes fatos. As pessoas com deficiências não visíveis acabam passando por situações constrangedoras, sendo alvo de olhares de reprovação e/ou ofensas verbais, por falta de conhecimento e compreensão da sociedade.
Antes de julgar, as pessoas deveriam refletir e se perguntar: Será que esta pessoa não possui alguma patologia degenerativa? Será que esta pessoa possui uma deficiência não visível?
Estamos falando de deficiência física não visível e não de falta de caráter, como muitos pensam.
As pessoas deveriam compreender que ter uma deficiência não significa que essa pessoa necessariamente precisa usar uma cadeira de rodas ou precisa ser amputada. Precisamos desmistificar isso! Mas como, se nas filas, nas portas dos banheiros, nos estacionamentos e nos transportes públicos, os cartazes que identificam o uso preferencial de portadores de deficiência apresentam apenas um ícone de uma pessoa na cadeira de rodas? É lógico que ao ver estes cartazes, as pessoas sem deficiência pensarão que apenas cadeirantes tem esse direito.
Precisamos mudar isto! O que adianta os ostomizados terem direito de utilizar banheiro, fila, banco (transporte público) e vaga especial, se as outras pessoas não tem esse conhecimento? Se muitas não sabem nem o que é ser ostomizados?
Precisamos conquistar nosso lugar e fazer uso dos nossos direitos na sociedade!
Sabemos que conquistas não acontecem por acaso. Elas resultam de lutas, às vezes de uma única pessoa, outras vezes da coletividade.
Juliana Bimbatti/ostomiasemfronteiras